Durante entrevista concedida à rádio BBC em novembro de 2009, Dave Grohl (NIRVANA/FOO FIGHTERS/THEM CROOKED VULTURES), revelou que previu o futuro trágico do ex-companheiro de banda, Kurt Cobain.
"Existem certas pessoas que você simplesmente sabe que elas não vão chegar a cem anos de idade, por exemplo. E você acaba se preparando para viver com essa realidade", afirmou o ex-baterista do NIRVANA.
Grohl também falou sobre a horrível experiência que teve com o ocorrido.
"Foi uma surpresa horrenda, provavelmente a pior coisa que já aconteceu na minha vida. Eu levantei da cama no dia seguinte e pensei como era absurdo que a minha vida continuasse como antes, sendo que Kurt nunca mais veria a luz do dia", completou.
A música perdeu um grande nome. Na última segunda-feira do dia 15 de Janeiro, a vocalista da banda irlandesa The Cranberries, Dolores O’Riordan, morreu. A cantora tinha 46 anos e a causa de sua morte ainda não foi divulgada. Em um breve comunicado, a assessora de Dolores informou que a artista morreu em um quarto de hotel em Londres, onde se preparava para participar de uma gravação.
Após a morte, diversas informações acerca da vida pessoal da cantora começaram a ser novamente divulgadas. Dentre elas, relatos de assédio sofridos pela cantora. Durante sua carreira, Dolores concedeu algumas entrevistas em que confessou ter sido abusada dos 8 aos 12 anos de idade por uma pessoa próxima a família. Ela afirmou algumas vezes carregar um sentimento de culpa pelo ocorrido.
Em decorrência do trauma, em 1999, a cantora lançou uma música intitulada de Fee Fi Fo, que conta a história de uma menina que foi abusada sexualmente. Também foi noticiado que a artista sofria de transtorno de bipolaridade, além de alguns outros incidentes que marcaram sua vida pessoal.
Dolores também foi vítima de um transtorno alimentar: a anorexia. Ao longo de anos, esse problema também foi acompanhado por constantes crises nervosas, abuso de álcool e pensamentos suicidas.
Para eternizar as músicas dessa banda tão influente e, especialmente, de O’Riordan, elencamos aqui cinco músicas que devemos ouvir em repeat mode.
Linger
Ao longo de seus 28 anos de carreira a frente do grupo formado em Limerick, na Irlanda, Dolores O’Riordan deu voz a músicas que marcaram a década de 90. Em 1993, o grupo lançou seu primeiro álbum, intitulado Everybody else is doing it, so why can’t we?. Já no primeiro álbum, a banda emplacou um de seus maiores sucessos, a música Linger. A canção também fez parte da trilha sonora do filme Click.
Dreams
O grupo irlandês vendeu, ao longo de sua carreira, mais de 40 milhões de álbuns. No entanto, foi ainda no primeiro álbum que eles explodiram com uma outra música de grande repercussão. Dreams.
Ode to my family
Zombie
O disco foi lançado em 1994, mas a história de uma das músicas mais famosas da banda só ganhou notoriedade após a morte da vocalista. Zombie foi uma canção que ganhou o prêmio de melhor composição do EMA, o MTV Europe Music Award. Ela foi inspirada na triste história de duas crianças que foram mortas na Inglaterra, num incidente provocado pelo grupo armado da Irlanda do Norte, IRA.
Just my imagination
A última música da nossa lista é Just my Imagination, que está inserida no quarto álbum da banda, Bury the Hatchet, lançado no ano de 1999.
O guitarrista do AUDIOSLAVE, Tom Morello, falou sobre Chris Cornell em entrevista para o site Gitarre Bass. Seguem alguns trechos:
Jornalista: Entre 2001 e 2007 você tocou no AUDIOSLAVE ao lado do falecido Chris Cornell. Quanto o suicídio dele o surpreendeu - ou não?
Tom Morello: Ah, isso é uma tragédia, cara, e incrivelmente triste. Ele era um cara muito legal e um dos músicos mais talentosos com quem eu já trabalhei.
Jornalista: Você ficou chateado quando ele resolveu encerrar as atividades do AUDIOSLAVE por fax?
Tom Morello: Brevemente eu fiquei... Mas depois voltamos a nos falar e ficamos amigos novamente. Além disso, eu realmente gostava de fazer música com ele, sabe? Como em Janeiro/2017, em nosso 1º show do AUDIOSLAVE em 12 anos quando nos apresentamos em Los Angeles naquele concerto em protesto à Donald Trump. Chris e eu também fizemos outro show solo em Seattle onde ele me apoiou na minha causa referente ao salário mínimo dos trabalhadores. Portanto, em ambas situações, foram em causas beneficentes, sabe? Ele era realmente ótimo e marcou história no rock’n roll. Ele cantava muito bem, parecia ótimo e ficou muito feliz naquela última apresentação do AUDIOSLAVE. Nós conversamos que queríamos fazer mais daquilo e a última coisa que ele me disse, foi: "Passei um bom momento com vocês, caras”.
Confira a performance ao vivo do AUDIOSLAVE da canção "I Am The Highway", lançada no 1º álbum de estúdio em 2002, "Audioslave":
Quando o guitarrista do ALICE IN CHAINS, Jerry Cantrell, foi entrevistado pelo programa Let There Be Talk, ele também havia falado sobre a decisão do grupo em não fazer uma turnê do álbum “Alice in Chains” (5º trabalho de estúdio, 1995) - fora algumas raras performances em 1996 abrindo para o KISS, apresentações em programas de TV e o lendário concerto para o acústico da MTV.
O entrevistador mencionou que esse disco de 1995 foi pouco apreciado pelo público geral e Cantrell falou o quê a banda fez em 1995 e 1996.
"É um álbum absolutamente diferente. Provavelmente, eu acho que o motivo desse disco ser subestimado, foi porque ele foi o nº1 das paradas, sabe? Ele estreou no topo do ranking e foi realmente desse jeito, mas na sequência não fizemos uma turnê para promove-lo. É por isso que provavelmente ele é um álbum subestimado. Nós ficamos 02 anos e meio fazendo a turnê para o disco ‘Dirt’ (3º trabalho de estúdio, 1992) e 02 anos em turnê para o nosso 1º álbum, ‘Facelift’ (1990). Nós estávamos conhecidos em todos os lugares e estampados em vários veículos de comunicação, mas foi nesse ponto em particular quando tivemos a decisão em dar uma pausa, porque estávamos bastante queimados pela mídia".
"Nós realmente não fizemos uma turnê para o álbum de 1995 e aquilo foi praticamente o fim das coisas com Layne (vocalista)".
"Nós fizemos alguns shows abrindo para o KISS, o acústico da MTV e foi praticamente isso".
"O acústico foi um show muito legal de se fazer... É uma das coisas que você se arrisca quando é um artista, sabe? Você está se arriscando por aquilo, onde você não consegue planejar ou adivinhar o que vai acontecer, sendo que quando você está nesse ponto mágico na sua carreira, você simplesmente não pode fazer nada de errado. Você está apenas em sincronia e vai deixando a coisa rolar... É poderoso”.
“Foi o que esta apresentação foi, como um dia perfeito com uma experiência perfeita. O lado das brincadeiras que rolou entre nós e o público também foi divertido. Todo mundo estava numa sala para ensaio e o acústico é um dos nossos discos que as pessoas mais comentam comigo".
Confira a performance do ALICE IN CHAINS no acústico da MTV com a clássica canção “Would”:
O PEARL JAM foi introduzido no Rock’n Roll Hall of Fame no dia 07/04/17, e o 1º baterista da banda, Dave Krusen, estava entre os membros induzidos. Krusen trouxe um grande som de bateria para o PEARL JAM enquanto eles estavam gravando o álbum de estreia, “Ten” (1991), e antes num porão durante os primeiros dias de banda. Depois que ele deixou o grupo após gravar o disco, mais de 25 anos depois de sua partida o som da sua bateria continua sendo uma parte fundamental neste clássico álbum.
Krusen reuniu-se com o PEARL JAM para executar a canção "Alive" na cerimônia de indução do Hall of Fame, e como Krusen disse em entrevista exclusiva ao Alternative Nation: “parecia que o tempo não havia passado”.
Segue a entrevista na íntegra logo abaixo:
Jornalista: Como é que a banda chegou em você sobre a ideia de tocarem juntos no Hall of Fame?
Dave Krusen: Matt Cameron (baterista) foi o primeiro a falar comigo, e depois Jeff Ament (baixista). Eu fiquei tão feliz quando eles falaram sobre a ideia de tocarmos juntos, então Eddie Vedder (vocalista) me ligou e foi ótimo recuperar o atraso, tudo se tornou real para mim.
Jornalista: Como você se sentiu quando se viu novamente com a banda nos ensaios?
Krusen: Era como se nenhum tempo tivesse passado, me senti muito bem e eles foram muito legais. Sem contar que estou sóbrio, então, foi uma experiência melhor do que antigamente.
Jornalista: Do que vocês falaram?
Krusen: Nós conversamos sobre um monte de coisas, que obviamente eu não posso falar. Talvez numa outra entrevista onde eu possa me alongar no tempo.
Jornalista: Foi fácil obter a química musical de volta quando vocês começaram a tocar? Você notou alguma diferença no seu próprio manuseio ou em algum membro da banda? Como vocês se combinaram na música "Alive"?
Krusen: Nós temos um certo som quando tocamos juntos e parecia que todas as coisas consideradas ainda estavam lá. A grande diferença é que estamos todos melhores no que fazemos e foi incrível...
Jornalista: Alguma história legal sobre encontrar alguém no Hall of Fame? David Letterman fez o discurso, eu vi o ator Michael J. Fox (da trilogia “De Volta Para o Futuro”) com Eddie e claro, os membros das outras bandas induzidas como o JOURNEY, RUSH, YES e de todos os outros indicados.
Krusen: O meu filho conheceu Michael J. Fox quando tinha ido ao banheiro. Eu sou um grande fã desse cara.
Jornalista: Como você se sentiu quando chegou ao palco para dar o discurso e se apresentar? Você deu um discurso curto, mas formidável, além do seu desempenho que foi incrível!
Krusen: Obrigado, cara! Eu não sei o que eu disse, estava assustado... Eu estava de pé atrás da bateria e vi o meu nome no telão e foi como uma merda sagrada! Espero ter agradecido a todos.
Jornalista: Como foi ter estado com os outros bateristas do PEARL JAM na cerimônia, Matt Cameron e Jack Irons? Foi ótimo ver você e Jack lá, e de Eddie ter citado Dave Abbruzzese e Matt Chamberlain em seu discurso.
Krusen: Era tão reconfortante ter aquelas lendas da percussão ao meu lado na cerimônia. Todos gentis cavalheiros.
Jornalista: Jeff estava vestido com uma bela camisa cheia de grandes artistas e bandas que não estão no Hall of Fame. Alguém que você gostaria de ver entrar?
Krusen: O SOUNDGARDEN e o THE SONICS! Eu sempre voto neles todos os anos e acredito nisso.
Jornalista: Qual vai ser o seu próximo compromisso musical? Talvez um pouco mais de PEARL JAM como convidado ou colaborações com outros artistas/bandas?
Krusen: Eu trabalho com tantas pessoas talentosas e diferentes que eu odeio esquecer alguém, basta verificar as minhas mídias sociais. Sou tão grato por essa experiência, sabe? Sou um cara de sorte.
O baixista do PEARL JAM, Jeff Ament, falou sobre o baterista original da banda que gravou o álbum “Ten” (1º disco, 1991) e que foi induzido ao Rock’n Roll Hall of Fame em 2017 junto com o grupo, Dave Krusen, em entrevista para o programa The Powell Movement.
"Passamos algum tempo com ele em 2017 para o Hall of Fame... Esse cara lidou com todo o tipo de situação na sua vida e na época eu não conseguia imaginar mais ninguém que tivesse o seu manuseio com a bateria. Ele passou por um tratamento por muito tempo e nós o advertimos, o avisamos e advertimos novamente, até que chegou num ponto onde falamos: ‘Cara, você deve buscar ajuda, sabe? Temos turnês programadas e não podemos ficar cuidando de você. Você não pode ficar caindo da sua bateria todas as noites”.
“Nós fomos sérios nesse ponto e de repente nos ligamos de outra coisa... Nós tínhamos esse vocalista matador (Eddie Vedder) e estávamos compondo muitas músicas. Naquele ponto, estávamos escrevendo canções rapidamente e percebemos que não poderíamos bagunçar com tudo, sabe? Precisamos fazer o negócio com as pessoas certas envolvidas”.
“Mas sim, Dave depois nos falou: ‘Vocês me expulsaram da banda e salvaram a minha vida, porque realmente me ajudou a lidar com o que eu estava passando. Obtive ajuda e dentro de 01 ano ou mais, eu tive a minha decisão definitiva’”.
“Ele continuou tocando música com outras bandas naquele ponto e foi ótimo para nós tocarmos junto com ele no Hall of Fame. Não foi estranho ter uma pessoa chegando em nosso círculo, sabe? Não ficou nada de estranho sobre isso, o que foi uma situação realmente inacreditável".
Confira o áudio da música "Why Go", lançada no álbum "Ten":
O amigo de Kurt Cobain, John Purkey, lançou um vídeo em rede social e falou um pouco sobre o seu falecido amigo. Confira o que ele disse logo abaixo:
"Então, voltemos ao dia 05 de Abril/1994... Muitas pessoas provavelmente estão familiarizadas com o que essa data representa, certo? (Dia estipulado pelos médicos da morte do ex-frontman do NIRVANA, sendo que o corpo foi encontrado só no dia 08 de Abril). Bem, Kurt ainda estava desaparecido e eu estava indo para um show da banda MAZZY STAR em Seattle, no Teatro Moore. Numa certa hora resolvo ir ao banheiro e quem encontro lá? Krist Novoselic (baixista do NIRVANA)”.
“É claro, havia muitas notícias rolando na mídia sobre o que tinha acontecido com Kurt... Ele tinha ficado em coma 01 mês antes e todas aquelas histórias sobre a sua vida pessoal, sendo que eu estava realmente preocupado com ele. Lembro de ter perguntado para Krist: ‘Kurt está bem?’”.
“E Krist me repondeu: ‘Não acredite em nada do que você escuta na mídia, cara. Kurt está bem’. Então, aquela notícia me fez sentir muito bem na hora, sabe? Depois do show, fui para casa com esse pensamento e senti que Krist sabia do que estava falando. Talvez ele só achava que Kurt estava bem e olhando para trás hoje é uma coisa bastante perturbadora, porque foi o mesmo dia em que os médicos falaram que Kurt havia morrido”.
“Supostamente, naquela mesma hora Kurt estava na sua casa e tinha algo acontecendo lá".
Neste período, Kurt Cobain deveria estar na clínica de reabilitação, mas ele fugiu da clínica e foi dado como desaparecido, sendo que essa data foi o dia em que ele faleceu.
O lendário fotógrafo musical, Paul Natkin, foi entrevistado pela rádio WGN e falou sobre o incidente entre o frontman do QUEENS OF THE STONE AGE, Josh Homme, quando chutou a máquina fotográfica da jornalista Chelsea Lauren em recente show da banda na cidade de Los Angeles - divulgando o novo álbum de estúdio, “Villains” (7º disco, 2017), onde acabou ferindo o rosto da fotógrafa.
Natkin mencionou como as bandas adoravam os fotógrafos antes da MTV surgir e antes da crescente força midiática do entretenimento transformá-los em celebridades. Ele também mencionou que algumas bandas já chegaram a trata-lo mal, mas nunca passou por nenhum incidente como o de Josh Homme.
Seguem alguns trechos:
"Eu nunca tive problemas com Josh Homme, mas acho que ele está saindo muito com Dave Grohl para ter essas atitudes".
"Bem, Dave Grohl e o FOO FIGHTERS odeiam os fotógrafos mais do que qualquer outra banda do planeta, sabe? Eles não deixam ninguém tirar fotos deles e há uma história famosa onde um jornal chamado City Pages de Minneapolis tinha enviado um jornalista para fazer uma resenha sobre um show do FOO FIGHTERS, sendo que a banda não permitiu que o seu fotógrafo entrasse no camarim. Então, eles desenharam um ‘zé-palito’ com uma guitarra e colocaram na primeira página do jornal. Logo depois disso, eu conheci o editor do jornal e lhe dei um grande abraço, sabe?"
Natkin finalizou: "É apenas um rockstar maluco fazendo algo estúpido".
Foi durante conversa com a rádio australiana Triple M, Dave Grohl contou uma história envolvendo o Pantera e seu colega de banda, o baterista Taylor Hawkins.
"Então nos tornamos amigos do Pantera, e o lance deles era whiskey e bebidas e eles nos deram seu cartão, eles tinham seu próprio clube de striptease chamado Clubhouse em Dallas no Texas. Claro, é o que você faz. Eles disseram algo tipo ´Sempre que forem ao Texas vocês tem que ir ao Clubhouse, é ótimo!´. Dissemos ´Ok!´. Então terminamos a turnê, e eu estava morando em Los Angeles na época, estava me mudando de volta para a Virgínia, onde nasci, então coloquei todas minhas coisas num caminhão e eu e o Taylor fizemos uma viagem estilo ´Debi and Lóide´ pela América. Estávamos muito empolgados, era 1998 e estávamos basicamente escolhendo a nossa viagem passando onde moravam nossos amigos e onde ficavam os clubes de striptease. Era uma verdadeira viagem familiar".
Ele continua: "No primeiro dia estávamos tipo ´Woo! Estamos de fato fazendo isto cara, estamos fazendo isto!´. Paramos em Barstow, que fica a cinco horas de Los Angeles, para abastecer. Abastecemos e seguimos até Phoenix naquela noite. Fizemos o check-in no hotel e eu tinha deixado minha carteira em cima do tanque de gasolina em Barstow. Não estava mais com cartão de crédito, identidade nem nada. Então liguei para meu contador e pedi ´Ben, me mande um cartão de crédito, estou sem nada´. Ele mandou um cartão pelo FedEx, continuamos dirigindo e eu liguei pros caras do Pantera: ´Ok, estamos indo ao Clubhouse, estaremos lá na noite de terça. Terça à noite!´. Eles disseram algo tipo ´Isso aí, será ótimo!´. Então fizemos este desvio de 800 milhas (quase 1.300 kms) para chegar até o Clubhouse, o tal clube de striptease".
Prossegue Grohl: "Saímos pra jantar com a família de Taylor, e depois seguimos ´Ok, vamos para o clube de striptease´. chegando lá e eu pensei ´Esta será a melhor noite de nossas vidas! Será maravilhoso!´. Então estávamos lá e fomos entrando até que o cara da portaria disse ´Podemos ver suas identidades, por favor?´. Eu contei que havia perdido a identidade na viagem, mas ele foi irredutível: ´Não posso deixar você entrar sem identidade´. Eu disse ´Mas somos amigos do Pantera´ e ele respondeu: ´Todos são amigos do Pantera´. Não entramos, porra, não entramos, eu fiquei puto, que merda foi aquela!".
Depois Dave diz que 4 anos mais tarde estava numa loja de surf em Oxnard, e uma mulher que trabalhava lá perguntou se ele era Dave Grohl e ao concordar, ela lhe contou que seus pais eram donos do posto de gasolina em Barstow onde ele havia deixado a carteira, que ainda estava lá guardada. Algum tempo depois ela mandou para Grohl a carteira com tudo que estava nela em 1998.
O primeiro álbum de Thom Yorke e companhia faz 25 anos dentro de muito pouco tempo. Mas, no início dos anos 90, o grupo demorou a descolar e alguns meses antes nem sequer havia Radiohead: os cinco de Oxford chamavam-se On a Friday e faziam pela vida
O ponto zero da história dos Radiohead remonta à segunda metade dos anos 80, num liceu em Oxford, mas se procurarmos um primeiro vestígio público palpável, movemo-nos inevitavelmente para a discografia. A primeira edição comercial de Thom Yorke e comparsas dá-se em maio de 1992, há vinte anos, e tem como título Drill. Nove meses antes da estreia em formato LP (Pablo Honey sai em fevereiro de 1993), este EP de quatro canções (pouco mais de 10 minutos) abria caminho a um percurso que, inicialmente, não pode ser considerado fulgurante.
Lançado em maio de 1992, Drill é visto a esta distância o típico cartão-de-visita «envergonhado» de uma banda que até há bem pouco tempo tinha outro nome: On a Friday. Aliás, na altura da gravação de Drill (na verdade, uma maqueta editada comercialmente), a banda que regista, por exemplo, «You» (que, retrabalhada, viria a ser single) chama-se ainda On a Friday - o nome Radiohead surgiria apenas em março do mesmo ano. Com uma edição limitada de 3 mil cópias, Drill não conhece grande impacto nas tabelas inglesas (não chega ao top 100), apesar de vir com a chancela da Parlophone (que, por estes dias, tinha nos Blur uma esperança mais sólida).
Ainda em 1992, os recém-batizados Radiohead voltam a estúdio. Numa sessão com os produtores Sean Slade e Paul Q. Kolderie, o grupo resolve interpretar, sem aviso, uma canção que não está na ordem de trabalhos, anunciando-a apenas como «a nossa canção à Scott Walker». Os produtores percebem, erradamente, que é uma «canção [da autoria] de Scott Walker» e ficam convencidos de ter ouvido uma versão.
Depois de tentarem, sem sucesso, trabalhar nas canções «a sério» que os levavam - banda e produtores - a estúdio, é pedido à banda que toque «Creep» outra vez, como forma de «desbloquear» o restante material. O que sucedeu em seguida está espelhado nos 3 minutos e 55 segundos que conheceríamos, alguns meses mais tarde: em apenas um take, a versão de Scott Walker que, afinal, não era bem uma versão de Scott Walker (tinha mais parecenças com «The Air That I Breathe», dos Hollies) quebrou o enguiço e, desfeito o engano, levou Kolderie a pedir à EMI que considerasse «Creep» como o sucessor do EP Drill na ainda escassa lista de edições dos Radiohead.
Apesar de imediatamente se ter sentido que havia em «Creep» algo de distinto, um sintoma do sucesso que haveria de vir, o guitarrista Jonny Greenwood não foi, literalmente, na cantiga. A história, que já é de enciclopédia, é esta: quando a canção passa dos versos ao refrão, Greenwood faz ecoar três «trovões» (em notas «mortas» de guitarra) como manifestação de descontentamento, procurando sabotar a canção que Thom Yorke compôs no final dos anos 80, quando estudava na Universidade de Exeter. O guitarrista explicou a reação ao Chicago Sun Times, em 1993, num lacónico «descarreguei com toda a força na guitarra». Ed O'Brien, o outro guitarrista, reconhece que «aquele é o som do Johnny a tentar dar cabo da canção». O resultado foi, sabemo-lo hoje, o inverso: não se concebe «Creep» sem aquele falso arranque antes do refrão.
Considerada demasiado depressiva pela rádio britânica aquando da primeira edição em single (setembro de 1992), a canção versa - diz Yorke - sobre um homem que tenta atrair a atenção do seu alvo amoroso, seguindo-o para todo o lado (mas, no fim, sem coragem para enfrentá-lo). Jonny Greenwood encontra-lhe uma certa resignação («é sobre o reconhecimento de quem és, na verdade»), mas Yorke, autor da letra, parece reclamar-lhe um caráter autobiográfico. «É um problema ser homem nos anos 90», declara ao Boston Globe em 1993. «Não é fácil assumir a masculinidade sem parecer que estamos numa banda de hard rock».
Sem o «empurrão» radiofónico, «Creep» pena nas tabelas inglesas (posição 78, 6 mil cópias vendidas) e a banda lança, depois, «Anyone Can Play Guitar», procurando uma melhor promoção para Pablo Honey, o primeiro LP. A mudança de «espírito» começa em Israel, onde «Creep» roda incessantemente no final de 1992, tornando-se um êxito à escala nacional e levando os Radiohead a dar alguns concertos num território não propriamente prioritário para o sucesso de uma banda rock. Os países escandinavos e a Península Ibérica «acordam» pouco depois e, na primeira metade de 1993, a costa oeste norteamericana adiciona a canção à «playlist» das rádios locais. Pressionados pela editora para relançar «Creep» no país natal, os Radiohead primeiro torcem o nariz para, depois, anuir.
O sucesso na América é fulcral: «validado» por um público mais grunge (a estética rock dominante à época), «Creep» chega, agora, à sétima posição no top de singles inglês e a segunda metade do ano cimenta o estatuto do grupo como uma das mais promissoras forças do novo rock inglês (apesar de Yorke nunca se ter sentido confortável com a demanda popular de «Creep», temendo a ofuscação do restante repertório). Um ano depois dos primeiros discos - e, recordemos, da assunção de um novo nome -, os cinco de Oxford (os irmãos Jonny e Colin Greenwood, Thom Yorke, Ed O'Brien e Phil Selway) experimentavam assim o sabor do sucesso - não sem o ardor dos inconformados.
OS CINCO NA SALA DOS FUNDOS
Recuemos um pouco. No verão de 1991, então com 22 anos, Thom Yorke dissolvia os Headless Chickens, projeto que formara na universidade, em Exeter, e acumulava com a «banda de casa», os On a Friday, com quem só ensaiava nas pausas escolares. Regressava a Oxford com um curso de Artes e convencia os restantes On a Friday, exceto Jonny Greenwood (mais novo dois anos, ainda com estudos por «resolver»), a partilharem uma casa perto do centro da cidade. Na bagagem coexistiam «Creep», do repertório dos On a Friday, e «High and Dry», dos Headless Chickens, que anos depois viria a tornar-se um êxito dos Radiohead, integrada no segundo álbum do grupo.
Os futuros Radiohead conseguiam, assim, encontrar uma base comum para desenvolver uma cumplicidade nascida meia década antes, numa sala de música na Abingdon School, em Oxford. O nome On a Friday nasce da uma inevitabilidade: os amigos só podiam ensaiar à sexta-feira nesse «cubículo» de Abingdon. O mais velho, Phil Selway (19 anos em 1986), foi resgatado à cultura «bully» e, antes de pegar nas baquetas, tinha tornado a vida escolar um bocadinho mais difícil a Colin Greenwood (baixista, 17 anos) e ao irmão mais novo deste, Jonny (guitarrista, 15 anos). Ed O'Brien (guitarrista, 18 anos), amigo de Colin, conhecia Thom Yorke (vocalista, 18 anos) através da sua irmã (pela qual Yorke teve uma paixoneta).
Jovem problemático («algo violento», assume, mas longe de ser antissocial), Yorke encontrava naquela pequena sala de ensaio um refúgio de eleição. Filho de um vendedor de equipamento para a indústria química, teve uma infância itinerante (fez parte do ensino primário na Escócia) com poucos amigos. «Há uma solidão que sinto desde o que dia que nasci», admitiria. Com uma deficiência na pálpebra do olho esquerdo, cedo foi sujeito a um número de operações cirúrgicas incompatível com a manutenção de uma estabilidade emocional - chegou mesmo a usar uma pala durante algum tempo. Na escola, era conhecido como «Salamandra» e respondia às ofensas com recursos de pugilista («não vencia, mas era agressivo, gostava de lutar», assume). O talento artístico era reconhecido: antes de sair para a faculdade, ganhou prémios e atuou, com uma guitarra acústica, na festa de encerramento do ano letivo 1986/1987.
No início dos anos 80, encontrou em Colin Greenwood um cúmplice: o amor pelos Joy Division aproximou-os; juntos formariam a fugaz banda punk TNT, também em conjunto transitariam para os On a Friday, assim batizados em 1986, à qual se juntariam os restantes elementos que hoje compõem os Radiohead (incluindo um muito jovem mas bastante talentoso Jonny Greenwood). Yorke assumia a liderança, como compositor principal, e a sua influência seria fulcral para a marcação do primeiro concerto, em 1987, no pub Jericho's Tavern, da cidade-natal.
A banda evoluiria ao ritmo de um calendário ditado pelos afazeres escolares dos seus elementos e, repetimos, encontraria uma base quatro anos depois, numa casa «típica de estudantes» onde, por fim, os (em breve) Radiohead podiam parar para criar, e onde um financeiramente depauperado Thom Yorke não tinha sequer um quarto para dormir (a cama do vocalista estava instalada na sala de estar). Aí nasceria a primeira maqueta do grupo (com «You», «I Can't» e «Thinking About You», entre outras), aí se apurariam também canções como «Creep».
O site Pitchfork informou no final de 2017, que MUDHONEY anunciou o lançamento do álbum ao vivo “LiE” (Live in Europe), gravado durante a turnê européia de 2016.
Além das músicas de todo o catálogo da banda, o disco também inclui um cover da canção "Editions of You" da ROXY MUSIC.
Confira o tracklist do álbum e ouça a versão ao vivo da música "Judgment, Rage, Retribution e Thyme" logo abaixo. O álbum “LiE” deve sair em 18 de Janeiro/2018 via Sub Pop.
A banda também anunciou em um comunicado de imprensa que lançará um novo álbum de estúdio em 2019 e que será o 10º de sua discografia. O último disco foi lançado em 2013, “Vanishing Point”. Em 2014 eles lançaram o seu LP “Live at Third Man”.
LiE:
01 Fuzz Gun ‘91
02 Get Into Yours
03 Poisoned Water
04 The Final Course
05 What to Do With the Neutral
06 I’m Now
07 Judgement, Rage, Retribution and Thyme
08 I Like It Small
09 Suck You Dry
10 Editions of You
11 Broken Hands
Michael Allan Patton nasceu em Eureka, California, em 27 de janeiro de 1968. Além de seu trabalho mais célebre como frontman do Faith No More, participou ou participa de projetos como Mr. Bungle, Fantômas, Peeping Tom, Tomahawk, e ainda se envolveu em projetos paralelos como John Zorn, Dan the Automator, Kool Keith, The X-Ecutioners, Team Sleep, Björk, Subtle, Rahzel, Amon Tobin, Eyvind Kang, Lovage e Kaada.
Tom Morello comparou as 03 bandas na qual fez/faz parte: AUDIOSLAVE, RAGE AGAINST THE MACHINE e PROPHETS OF RAGE - em uma recente entrevista para o site Guitariste:
"Eu já toco guitarra há muito tempo e quando tocava com o RAGE AGAINST THE MACHINE algo muito particular saía de mim. Quando tocava com o AUDIOSLAVE percebia que existia algo a mais em mim... Com o PROPHETS OF RAGE não quer dizer que seja depreciativo em relação às outras 02 bandas, mas me leva para outras coisas também. Eu sempre procuro experimentar e expandir as minhas possibilidades. Sempre quero fazer um álbum com muita guitarra, mas sem me repetir, sabe? Embora eu obviamente sempre quero incorporar as minhas características com grandes riffs, porque é importante para mim manter essa linhagem. Quando eu toco com Brad Wilk e Tim Commerford (baterista e baixista das 03 bandas citadas), é importante para nós termos esses grandes e super efetivos riffs! Mas também queremos trazer novas cores e novos sabores para todo o lado".
Morello também falou sobre a sua clássica guitarra “Soul Power” que ele usa para homenagear Chris Cornell nos shows do PROPHETS OF RAGE quando tocam o cover do AUDIOSLAVE, a canção "Like a Stone".
“Eu também uso a ‘Soul Power’ para o tributo que fazemos todas as noites para Chris Cornell quando interpretamos a música ‘Like a Stone'. A tocamos de forma instrumental para permitir que o público cante para nós. Eu também uso uma Gibson para algumas músicas, por causa da sua sonoridade e por ser um grande fã de Jimmy Page! E finalmente, também a Ibanez vermelha e preta para tocar a música do RAGE AGAINST THE MACHINE, 'Guerilla Radio'. A Ibanez tem vários efeitos embutidos nela e é uma guitarra muito legal!"
Vamos encarar os fatos. No clima musical atual, cada vez menos novas bandas alternativas surgem no meio do caminho e que realmente lhe cativam ao seu verdadeiro núcleo, sendo que há muita coisa em jogo que podemos apontar para alguns fatores determinantes.
Por um lado, a indústria da música está muito longe do que era e somente no auge da década de 90 era onde (também) brotavam sinceras bandas, quando mais parecia que o próximo grande grupo ou um novo álbum surgia quase que semanalmente.
Eram pequenos intervalos de atenção, sob um fluxo de demanda incessante numa variedade de mídias e estilos de banda. Sem dúvida, todos desempenharam um papel fundamental para aquela época de ouro, mas seja o que for, desde o século atual o rock está plastificado e artificial (salvo algumas exceções).
O que precisamos desesperadamente mais do que qualquer coisa agora no mundo do rock e na música alternativa é um grande espetáculo. Algo para virar as coisas de cabeça para baixo e voltar à atenção para a glória da música rock.
Precisamos de um campeão. Precisamos de um herói! Atualmente, mais do que tudo, precisamos da volta da formação original do SMASHING PUMPKINS.
Não me interpretem mal, mas Billy Corgan (frontman) tem sido um dos nomes mais prolíficos do rock na última década. Desde 2007, quando o SMASHING PUMPKINS retornou do seu hiato (separado desde 2000), eles explodiram novamente à cena com o seu 6º álbum de estúdio e o mais pesado de toda a sua discografia, “Zeitgeist”, com somente Corgan e o baterista Jimmy Chamberlin como membros originais.
Em 2009, Chamberlin pediu para sair da banda amigavelmente e com um elenco rotativo de músicos em diferentes graus de aclamação da crítica, o SMASHING PUMPKINS lançou mais 02 discos, “Oceania” (2012) e “Monuments to an Elegy” (2014). Lembrando que mesmo assim, estes 02 últimos álbuns também foram aclamados pela crítica especializada e obtiveram algumas das análises mais fortes e positivas desde os discos lançados nos anos 90. Foi uma boa corrida de retorno para o SMASHING PUMPKINS e se você pesquisar a opinião da maioria das bandas deste século, elas assinaram embaixo quanto a qualidade dessa última trinca.
Corgan não precisa – e nunca fez – ceder a nada perante aos críticos. Qualquer um com metade de uma boa orelha atesta que o homem é um dos maiores compositores de sua geração, mas há algo sobre este fascínio de banda original semeada pelos fãs que o catapulta para outro nível. Mesmo que o grande Jimmy Chamberlin - e na minha medíocre opinião, um dos melhores bateristas do rock de todos os tempos – tenha estado na banda destruindo a bateria como um gorila do rock’n roll quando retornaram do seu hiato, ainda era apenas 50% da formação clássica.
Lembrando que Chamberlin retornou à banda em 2015!
Chegou a hora de Billy Corgan, Jimmy Chamberlin, James Iha (guitarrista) e D'arcy Wretzky (baixista) deixarem para trás as suas desavenças e de uma vez por todas dar aos fãs o que tanto desejam: uma reunião completa! As sementes de uma reunião parecem terem sido plantadas com o guitarrista James Iha fazendo 03 aparições nos palcos em shows da banda no ano de 2016.
O próprio Corgan até alimentou fogo com comentários de que as relações deturpadas entre os membros da banda eram agora uma coisa do passado. Sobreviventes do grunge como o PEARL JAM, ALICE IN CHAINS e o STONE TEMPLE PILOTS (até recentemente o SOUNDGARDEN também), eles conseguiram manter vivo o sonho do rock alternativo, com o FOO FIGHTERS, RADIOHEAD e o QUEENS OF THE STONE AGE também assumindo o posto.
Ou seja, não há melhor momento para que isso aconteça com o SMASHING PUMPKINS.
Abrindo um parênteses agora (desabafo): queria tanto que Chris Cornell estivesse entre nós para encorpar a turma citada acima, mas infelizmente ele levou consigo ao túmulo o SOUNDGARDEN, AUDIOSLAVE, TEMPLE OF THE DOG e os lampejos que o MAD SEASON estava novamente fornecendo...
SMASHING PUMPKINS eram mágicos. Eles ainda ressoam nas rádios alternativas mundo afora e se eu ganhasse R$ 1,00 por cada vez que as clássicas músicas “1979”, “Today” ou “Zero” foram tocadas na rádio, eu conseguiria comprar muitos presentes para o Natal (citei somente 03 canções, ok?) Os 03 primeiros álbuns da banda são clássicos do rock alternativo – e por quê não do grunge também? Eles são obrigatórios para os fãs do gênero e da música em geral.
Mesmo reconhecido na história do rock, o SMASHING PUMPKINS não experimentou a mesma explosão e choque cultural que o NIRVANA proporcionou na época e que será relevante até o fim dos tempos – não concorda sobre o NIRVANA? Pergunte a Paul McCartney como um beatle foi parar no line-up da banda então?
Voltando ao tema acima, darei o fato também de que eles não receberam na mesma proporção aquela enxurrada de holofotes e flechadas da mídia do ponto de vista social a la PEARL JAM e NIRVANA. Mas quem se importa? O negócio é e sempre deve ser sobre a música, ponto final! Os seus álbuns foram paixões súbitas que pescaram cada adolescente que viveu essa última explosão na história do rock que foi os anos 90.
E sobre a sua personalidade? Corgan era um louco controlador? Talvez, por mais que flutuem informações de que ele gravou todas as linhas de guitarra e baixo nos 02 primeiros discos, mas alguém fala mal de Dave Grohl? Dave foi louvado por ter gravado todos os instrumentos no álbum de estréia do FOO FIGHTERS, certo? E por acaso foi infame por sua atitude e manipulação na gravação da bateria em seu 2º disco?
De novo sobre Corgan: as suas ações foram mal-intencionadas? Duvidoso... O cara começou a criar algumas das canções rock mais viciantes e reconhecidas instantaneamente do seu tempo - e ele conseguiu! Toda banda possui um capitão, assim como qualquer time esportivo, e Corgan fez o que ele achou certo para a banda e a prova está na história. Com o benefício do retrospecto, Billy Corgan de 2017 não é o mesmo Billy Corgan de 1997 – assim como nem os outros membros são as mesmas pessoas que eram há 20 anos atrás. O tempo cura todas as feridas e o SMASHING PUMPKINS ainda tem a chance de proporcionar tanta alegria, ousadia e um som estridente para a faceta do rock, que os fãs e os seus mentores iriam agradecer por mais esse fôlego para o rock’n roll.
Então, vamos plantar mais 01 rock no mapa, porque essas músicas significam muito para tanta gente... Elas são muito boas para não serem mais tocadas pelos seus criadores originais.
Nada é garantido e o amanhã não é exceção - não existe tempo real como o presente. Então, vamos dar aos fãs do rock o que eles realmente querem: a reunião original do SMASHING PUMPKINS para 2018!
O frontman do QUEENS OF THE STONE AGE, Josh Homme, falou mais sobre o tempo que passou como 2º guitarrista do SCREAMING TREES nos anos 90 e sobre o vocalista dessa banda, Mark Lanegan, em uma recente entrevista para a revista Mojo.
"Eu me dei bem com cada um deles individualmente e eles não se comportavam muito bem entre eles. Eles tiveram problemas para se comunicar, coisa que eu não tinha. Eles tiveram problemas para ouvir uns aos outros, coisa que eu não tinha também. Eu andava mais com Lanegan naquele tempo, que por sinal estava passando por uma época sombria”.
O entrevistador acrescentou: "Lanegan descreveu a banda nessa época como uma prisão sem sexo".
Homme respondeu em gargalhadas: "Mas veja, é por isso que eu não tive escolha ... Então, tudo o que eu queria fazer era ouvir comentários desse tipo. Não me importo se são comentários horríveis, desde que seja possível rir do assunto. Um barco remando para o inferno pode ser maravilhoso até chegar ao seu destino”.
“Lanegan e eu éramos inseparáveis. Nós nos entendemos logo de cara e não ficávamos julgando um ao outro. Eu não sei o que qualquer outra pessoa deve fazer com a sua vida e nunca fui de ficar julgando os outros. Eu pensava, tipo: 'Ele é uma pessoa normal e que está passando por problemas. Ele provavelmente não deveria estar fazendo aquelas coisas, mas ele é um sujeito adulto e por que diabos iria julga-lo?'".
Confira a performance do SCREAMING TREES com Josh Homme na 2ª guitarra em 1996, da música "All I Know":
Uma parceria inusitada quase se concretizou no passado. Por meio do Twitter, o vocalista Mark Lanegan (Screaming Trees, Queens Of The Stone Age) revelou que discutiu a possibilidade de gravar um disco com "Fast" Eddie Clarke, guitarrista do Motörhead falecido no último dia 10 de janeiro
A informação foi revelada por Mark Lanegan após ele ter homenageado "Fast" Eddie Clarke no Twitter. "Descanse em paz, Fast Eddie Clarke. Nunca vou me esquecer do jantar que tivemos juntos. Um legítimo cavalheiro e um dos meus heróis do rock", disse, em uma publicação.
Um internauta, então, respondeu que teria sido incrível uma parceria entre os dois. Mark, em seguida, disse: "Nós jantamos juntos e discutimos sobre fazer um disco, mas não era para ser"
The Breeders confirmou o que inicialmente se tinha pensado com o seu regresso ao estúdio no final do ano passado, tendo anunciado o lançamento de All Nerve. Com data marcada para dia 2 de Março, será o quinto disco do quarteto liderado pela baixista e vocalista Kim Deal, adorada pelos seus trabalhos com os lendários Pixies. Esta também é a primeira vez em 10 anos que o seu projecto lança novo material, depois de Mountain Battles.
Não fosse isto suficientemente bom para abrir o apetite aos fãs, o novo registo também é especial por marcar o regresso do alinhamento que esteve por detrás do seu maior sucesso comercial; falamos de Last Splash, de 1993, que – com grandes cartões de visita como “Cannonball”, “Divine Hammer” ou “Saints” – constituiu o seu auge em termos de exposição. Tanya Donelly, que participou no icónico álbum de estreiaPod (que Kurt Cobain notoriamente mencionou como um dos seus álbuns preferidos de todos os tempos num nos seus diários), volta a não marcar presença, no entanto.
Kurt Cobain e Kim Deal, em 1993
A banda partilhou ontem a faixa-título – ao passo que o primeiro single “Wait In The Car” já estava disponível para ouvir desde Outubro -, assim como a lista de músicas que encabeçarãoAll Nerve, através das suas redes sociais.
Durante uma entrevista ao jornalista Eric Renner Brown, da Entertainment Weekly (em uma edição especial da EW que analisou os destaques de 2017) o vocalista do System Of a Down, Serj Tankian, falou sobre sua admiração pelo músico e contou que pouco antes de sua morte, uma das maiores expectativas de Chris Cornell era em relação à turnê que faria com o Soundgarden.
Confira abaixo a declaração de Serj na íntegra:
" Pra começar, a voz dele era de arrasar. Chris tinha aquela emoção incrível e um alcance fenomenal. Ele sempre me fez sentir alguma coisa, não importava se ele estava cantando suavemente, alcançando notas altas ou gritando. Isso junto com as músicas do Soundgarden era uma combinação perfeita. As letras dele eram sempre desafiadoras, anti autoritárias e contra a hipocrisia. Quando o grunge começou, eu fiquei realmente curioso e intrigado com eles e mais especificamente com o estilo vocal do Chris.
Anos depois, quando comecei a fazer turnês com o System Of a Down, acabamos nos encontrando por meio de amigos em comum. Minha primeira impressão de Chris foi que ele era extremamente modesto. Aqui está este incrível Deus do rock, que é solícito com o tempo que tem, humilde e legal. Quando você o elogiava, ele sempre ficava surpreso. Se você dissesse: ‘Eu adoro o Temple Of The Dog!’, ele diria, ‘Não acredito!’. Ele era um ótimo porta-voz e também um ser humano extremamente gentil.
A última vez que eu o vi foi no aniversário do Elton John. Estávamos conversando sobre turnês e eu perguntei se ele não estava cansado disso tudo. Como resposta, ele destacou o quanto estava animado com o que vinha pela frente: ‘De jeito nenhum cara, eu vou fazer turnê com o Soundgarden!’. "
Premiação – The Promise
No dia 14 de novembro do ano passado, Serj Tankian realizou outra grande homenagem a Cornell. Ele discursou no evento Promise Award, premiação criada pela organização não-governamental Human Rights Watch.
Serj entregou uma homenagem póstuma à Vicky Karayiannis, viúva de Chris Cornell, e se emocionou novamente falando do amigo.
O último lançamento do artista foi a faixa título do filme The Promise, que é um registro do genocídio na Armênia, assunto sobre o qual Serj Tankian fala com frequência
Confira abaixo uma versão da faixa “Like A Stone”, do Audioslave, em um tributo realizado também por Serj Tankian em junho.
Muito se tem falado nos últimos tempos sobre uma eventual reunião da formação clássica dos Smashing Pumpkins, mas parece que tal não irá a acontecer a 100%.
Isto porque a baixista D'Arcy Wretzky irá, segundo contou ao website Blast Echo, ficar de fora. "A banda decidiu-se por outro baixista", explicou.
D'Arcy pareceu, desta forma, confirmar que os Smashing Pumpkins irão regressar este ano aos palcos. Os rumores subiram de tom após uma fotografia partilhada por Billy Corgan, na semana passada, que o mostra em estúdio juntamente com o guitarrista James Iha e o baterista Jimmy Chamberlin.
"Só descobri ontem que eles se decidiram por outro baixista. Peço desculpa a todos os fãs dos Smashing Pumpkins que estão entusiasmados com esta digressão de reunião, isto também é uma desilusão para mim", continuou.
Segundo a baixista, o trio Corgan-Iha-Chamberlin irá andar em digressão no próximo verão, não se sabendo para já quem irá substituir D'Arcy.
O guitarrista Jerry Cantrell do ALICE IN CHAINS, foi entrevistado pelo programa Let There Be Talk e falou como William DuVall se tornou o novo vocalista da banda.
"Não há ninguém que possa substituir Layne Staley, ok? William DuVall não soa como Layne, mas ele trabalha comigo da mesma forma que Layne e eu costumávamos fazer, em relação a sua parte escrita e vocal. Essa é uma característica da banda que tem que estar lá para que o ALICE IN CHAINS continue e William se encaixa muito bem”.
“Quando nos juntamos e começamos a se mexer novamente para dar vida ao ALICE IN CHAINS, William foi o cara que eu sugeri, sabe? Então nós o trouxemos ao estúdio e tocamos a canção ‘Love Hate Love’ no ensaio. Ele detonou e me lembro de ter olhado para Sean Kinney (baterista) e Mike Inez (baixista) e eles estavam, tipo: ‘Está tudo bem, tudo bem’".
Foi perguntado a Cantrell se outros vocalistas também chegaram a fazer algum teste para audição e o único outro nome que Cantrell relatou foi de Vinnie Dombrowski, vocalista da banda SPONGE.
"Na verdade não. Nós estabelecemos um lugar de ensaio e acho que Mike e Sean convidaram Vinnie para fazer um teste conosco. Ele tropeçou em algumas músicas e nós realmente não nos sentimos muito bem, então William entrou e acabou ficando na banda".
Os Alice in Chains são a nova confirmação para o NOS Alive’18, juntando-se ao alinhamento do palco principal a 14 de julho, dia que conta também com Pearl Jam, Jack White e Franz Ferdinand. Os norte-americanos, que se encontram neste momento a preparar o sexto álbum de estúdio, regressam assim ao festival onde atuaram pela última vez em Portugal, em 2010. Esta semana foram também confirmados os MGMT, com atuação marcada para o mesmo dia e palco dos mencionados acima.
Os passes de três dias e os bilhetes diários para 14 de julho já se encontram esgotados, no entanto, ainda pode ser adquirido o passe de dois dias (12 e 13 de julho). O NOS Alive regressa ao Passeio Marítimo de Algés nos dias 12, 13 e 14 de julho de 2018.
Pearl Jam lançou o seu rotineiro single de final de ano. A 1ª música é da clássica canção “Alive” com o 1º baterista da banda tocando, Dave Krusen, na passagem de som para o Rock and Roll Hall of Fame/2017.
A 2ª música é um cover de CHUCK BERRY, "Around and Around", gravado durante um ensaio para o Hall of Fame em 30 de Março/2017. Confira as fotos do single:
Em uma entrevista recente transcrita pelo site Alternative Nation, o baixista Jeff Ament falou sobre seu início na indústria da música e os contratos que assinou com gravadoras envolvendo tanto a banda liderada por Eddie Vedder como o Mother Love Bone:
" Nós não sabíamos o que estávamos fazendo, então assinamos um contrato de 250 mil dólares, mas a gravadora falou que a maior parte disso tinha que ir para as despesas de gravação. Eu acho que sobrou tipo 50 mil dólares pra gente, e isso deveria durar 18 meses. Cada um recebia 400 dólares por mês.
Sendo assim a gente tinha alguns bicos, tipo, eu ainda trabalhava na Rayzon de vez em quando, quando eu podia ou eles precisavam de gente. Todo mundo tinha empregos paralelos para manter a coisa acontecendo. "
Ao falar sobre o início da carreira do Pearl Jam, quando o grupo gravou o mega bem sucedido Ten, Jeff comentou:
" Aconteceu a mesma coisa no começo do Pearl Jam. Quando assinamos o nosso contrato eu acho que cada um ganhava 600 dólares por mês. Então eu ainda morava no mesmo pequeno apartamento em Lower Queen Ann, o mesmo apartamento em que vivi durante um bom tempo da minha vida, até mais ou menos um ano e meio depois de iniciar o Pearl Jam. "
O canal de turismo VisitSeattle.tv no YouTube lançou recentemente uma série chamada Dear Seattle (ou “querida Seattle” em português), onde reuniu cinco diretores que tem uma relação próxima com a cidade para a criação de cinco pequenos curtas que seriam suas cartas de amor à Seattle e às histórias que viveram na cidade.
Um dos ilustres participantes é ninguém menos que Dave Grohl, que lançou o seu episódio intitulado How I Ended Up in Seattle (ou, “Como eu acabei em Seattle”). Assista ao fim da matéria.
Grohl fala que sua primeira experiência na cidade foi durante uma turnê com o Scream quando ele ainda era adolescente, e que inclusive recomendou que a mãe se mudasse pra lá após a sua aposentadoria pelas excelentes condições que a cidade oferecia.
O eterno baterista do Nirvana ainda diz que conseguiu uma chance de voar até a cidade para tentar entrar para a banda graças a uma recomendação do The Melvins, e que ficou encantado com a atmosfera de cidade pequena que uma metrópole como Seattle podia proporcionar. Graças a explosão das bandas grunge da época e a proliferação dos seus fãs, todos ficavam concentrados em bares, porões e clubes de rock devido ao clima constantemente fechado da cidade, que fazia com que todos se encontrassem nesses locais.
" Eu me sinto feliz por ter experienciado esse punhado de anos nos quais Seattle simplesmente explodiu. As experiências que eu tive naquela idade, uma em que você se sente facilmente impressionável, moldaram tanto a pessoa que eu sou hoje. Eu vivia com o meu amigo Barrett em um quarto nos fundos de uma casa, sabendo que eu poderia ter comprado qualquer outra casa naquela rua, mas eu não queria mudar.
Eu estava em uma banda com o maior compositor da nossa geração, e tudo que eu tinha que fazer era tocar a minha bateria como se fosse o último dia da minha vida. Então fazia isso, todas as vezes. Eu tive essa experiência incrível e amadurecedora enquanto estava lá, e então logo em seguida tive a experiência mais devastadora da minha vida ao mesmo tempo. "
Dave também se abre sobre a importância que certos locais e experiências tiveram em sua vida, por piores que fossem no momento.
" Depois que o Kurt morreu, eu não consegui ouvir música por meses. Nada de rádio, TV, nada. Eu não conseguia suportar o som de música, eu estava com medo da música, e aí eu percebi que ela seria a única coisa que me ajudaria a sair daquele estado mental. Seattle perdeu muitos bons talentos, mas de alguma forma essas perdas somente fortaleceram os nossos laços. Quando eu volto para Seattle eu sempre alugo um carro e dirijo pelos locais que eu frequentava. Eu percebo que estou dirigindo devagar quando eu passo pelos lugares onde o meu coração foi despedaçado, porque eu quero que essas experiências permaneçam comigo.
Todas aquelas lições que foram aprendidas naquela época, e todas as coisas que eu ganhei, e todas que eu perdi, eu ainda as sinto. Ainda estão nas minhas veias. Elas viraram parte do meu DNA e me guiam como uma bússola por onde eu vou. Eu não estaria aqui se não fosse por Seattle. Era o lugar perfeito para uma pessoa como eu. Eu gostaria que Seattle me aceitasse de volta. "
Não é a primeira vez que Grohl faz esses relatos, como já ocorreu no documentário sobre a trajetória do Foo Fighters, Back and Forth, mas é sempre interessante absorver um pouco mais sobre as experiências nesse período do início dos anos 90 em uma cidade que ficou tão marcada pela história de bandas como o Nirvana, Pearl Jam, Soundgarden e Mudhoney, entre tantas outras.
Em tempo, a chance é grande de você encontrar o Foo Fighters na sua cidade esse ano. Dave Grohl e seu quinteto aterrissam no Brasil com o Queens Of The Stone Age para uma série de shows no Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre entre o fim de fevereiro e o começo de março.
24 anos após o fim do Nirvana, muitos podem imaginar que a quantidade de material inédito e raro do grupo está perto de chegar ao fim, mas não é o caso.
John Purkey, amigo de Kurt Cobain, tem utilizado um canal no YouTube para disponibilizar vídeos onde fala sobre eventos ligados à banda e como ele presenciou várias passagens interessantes dela.
Recentemente ele subiu quatro vídeos por lá onde mostra diferentes fitas K7 que teriam sido entregues a ele pelo próprio Kurt, e elas têm materiais dos mais interessantes para fãs do influente grupo de grunge.
Nas gravações aparecem versões iniciais de músicas que estariam no disco Bleach, material gravado com Dale Crover (Melvins) na bateria e também canções que entraram em Nevermind e não tinham Dave Grohl nas baquetas, mas sim Chad Channing.
Cada vídeo tem comentários de John Purkey, e você pode ouvir a cada uma das quatro fitas logo abaixo. Boa parte delas já foi disponibilizada de uma forma ou de outra, mas fitas originais, ainda mais entregues por Kurt, não haviam sido mostradas ao público de uma forma tão clara anteriormente.
Ouça:
Primeira Fita
“Essa foi a primeira fita que Kurt me deu. A qualidade do som não é perfeita mas não é ruim. Dá pra ouvir. ‘Paper Cuts’ soa meio estranha no início e era exatamente assim quando Kurt me mostrou. Eu me acostumei. Aos poucos a audição fica limpa.”
“Gravada com Chad e produzida por Butch Vig. Eu acho que ela é conhecida como a demo do Smart Studio. Kurt começou a dobrar em alta velocidade no início de ‘Pay To Play’. Dá pra ouvir um barulho quando ele apertou o botão de alta velocidade.”
O baixista do PEARL JAM, Jeff Ament, havia sido entrevistado pelo programa The Powell Movement e falou sobre o filme “Singles – Vida de Solteiro” (1992) e como ele forneceu as suas fitas cassete que ajudaram a inspirar Chris Cornell a compor a clássica música do SOUNDGARDEN, "Spoonman" (lançada no 4º álbum de estúdio em 1994, “Superunknown”), assim como algumas de suas melhores canções.
"O apartamento do ator Matt Dillon no filme era basicamente o meu apartamento, sabe? Nós literalmente tiramos tudo do meu apartamento e colocamos no apartamento fictício de Dillon. Nós basicamente colocamos cartazes em todas as paredes e o decoramos, era uma espécie de apartamento que eu gostaria de ter para mim, sabe?”
“Estávamos colocando um bonito tapete persa no chão – coisa que eu não tinha condições em ter um na época - e um bom aparelho de som. Foi muito divertido, porque para qualquer tipo de cartaz ou fitas cassete que a equipe do filme me pedia, eles vinham até mim e falavam: ‘Hey, cara... Precisamos que você faça tal coisa por nós’. Então, eu ia às lojas de discos e artes em Seattle e pela 1ª vez na minha vida tinha uma conta de despesas para gastar”.
“Eu podia entrar nas lojas e comprar uns U$ 2.000 mil dólares de coisas para o filme, sendo que depois das filmagens iria ficar tudo comigo! Eu estava muito feliz com aquilo, porque a equipe do filme ainda estava pagando o meu aluguel para ter os meus posteres e alguns skates que acabaram usando no filme. Eles me pagaram por todas essas coisas, sabe? Apenas para trabalhar em uma atmosfera onde não havia fronteiras...”
“Me lembro que precisávamos de muitas fitas cassete para serem usadas no filme, então eu fazia várias compilações e depois das filmagens, Chris Cornell se deparou com aquelas fitas e as pediu emprestadas, onde mais tarde ele havia me dito que aquelas fitas o inspiraram a compor várias músicas do próximo álbum de estúdio que o SOUNDGARDEN iria lançar em 1994, ‘Superunknown’, assim como a canção lançada nesse mesmo disco, ‘Spoonman’”.
Na entrevista, a cantora comentava sobre a saúde mental de um artista em meio ao ritmo frenético de trabalho a inesperada morte de Dolores O’Riordan, vocalista do The Cranberries, pegou muita gente de surpresa.
Ao mesmo tempo em que ainda não se sabe o que possa ter causado o falecimento da artista, amigos próximos de O’Riordan teriam dito ao TMZ que ela estava sofrendo de depressão profunda ao longo dos últimos meses.
Embora a informação ainda seja especulação, Dolores já havia comentado sobre a doença em ocasiões passadas. Como aponta o Alternative Nation, a cantora foi entrevistada pelo Irish Independent em 2013, onde falou sobre depressão e suicídio, dando o exemplo de Kurt Cobain.
Em um trecho da entrevista, Dolores relacionou o fato de como a vida frenética de um artista possa ser perigosa para seu bem-estar mental.
" Eu estou bem feliz agora, eu conquistei muitas coisas na minha vida. É uma carreira meio desonesta. É só olhar para todos os jovens como Kurt Cobain. Se você supera isso e vive para contar a história, tem filhos e uma família feliz, então isso é uma conquista. É fácil se perder [na vida] nesse tipo de carreira. Você precisa sempre estar tomando cuidado e prestando atenção nos seus limites. "
Em seguida, o entrevistador perguntou quais seriam os “limites” da cantora, que respondeu:
" Eu não posso ter remédios para dormir por perto, porque se eu tomo alguns drinks eu acabo tomando eles. Na turnê, era fácil dizer: ‘Eu não consigo dormir, eu tomei só uns dois drinks, então talvez eu possa tomar um [remédio pra dormir]’. Mas aí você toma outro, e então você não acorda mais. Isso pode acontecer. Eu tomo cuidado hoje em dia. Estou dando pausa nas turnês, é bem exaustivo. Em uma manhã, você está na Itália gravando um programa de TV, na outra você está em Los Angeles, na seguinte você está em Nova York e na próxima você volta para a Europa. É um processo louco, e eu sou apenas humana. "
Dolores faleceu na última quarta-feira aos 46 anos de idade. Enquanto a causa da morte deverá somente ser revelada em Abril, rumores apontam que o falecimento pode ter sido causado pelo uso de remédios.
Suspeitas recaem sobre suicídio por overdose deliberada, Dolores O’Riordan morreu por overdose de Fentanil no dia 15 de Janeiro de acordo com fonte da Polícia de Londres, segundo publicado no Santa Monica Observer.
As autoridades encontraram a droga perto da cama da vocalista de 46 anos. O Fentanil do Acetil é um analgésico do opiáceo de 5 a 15 vezes mais forte do que a heroína.
A fonte acrescentou que a causa da morte só poderá ser confirmada após o relatório toxicológico, mas as suspeitas recaem sobre suicídio através de uma overdose deliberada.
Amigos próximos de Dolores disseram que ela estava “terrivelmente deprimida” nas últimas semanas além de sofrer com muitas dores nas costas.
Veja a última apresentação do Cranberries com Dolores O’ Riordan
The Cranberries foi formada em 1989 na Irlanda quando Dolores tinha apenas 18 anos. Quatro anos depois, a banda lançou seu disco de estreia, Everybody Else Is Doing It, So Why Can’t We?, que fez a banda atingir um grande sucesso.
O último álbum do Cranberries foi lançado em 2017, Something Else. Quanto ao trabalho solo da cantora, ela lançou Are You Listening? (2007) e No Baggage (2009).
A música, do segundo álbum do grupo, No Need to Argue (1994), é um hino de guerra e chegou a ganhar o prêmio de melhor composição do EMA, o MTV Europe Music Award.
"Essa foi a canção mais agressiva que escrevemos", disse Dolores O'Riordan em entrevista ao portal Team Rock, em novembro do ano passado. "Zombie foi algo diferente de tudo que havíamos feito antes."
A música foi inspirada na morte de duas crianças, Tim Parry, de 12 anos, e Johnathan Ball, de 3.
Os dois morreram em 20 de março de 1993 após a explosão de duas bombas colocadas pelo grupo armado IRA (Exército Republicano Irlandês) em lixeiras em uma área comercial da cidade Warrington, na Inglaterra. O ataque terrorista deixou mais de 50 pessoas feridas.
Zombie faz referência à violência que assolou a Irlanda do Norte durante décadas, particularmente as de 70 e 80, pelos combates entre as tropas britânicas e os nacionalistas irlandeses.
O IRA foi a principal organização armada católico-republicana da Irlanda do Norte, que durante décadas utilizou a violência para tentar que esse território deixasse de formar o Reino Unido e se incorporasse à República da Irlanda.
Na música, Dolores O'Riordan canta (aqui em livre adaptação para o português): "Em sua mente, em sua mente, eles estão lutando. Com seus tanques e suas bombas. E suas bombas e suas armas, em sua mente. Em sua mente eles estão chorando".
Outro trecho, que parece uma clara referência ao atentado de 1993, diz: "O coração partido de outra mãe é tomado. Quando a violência causa silêncio, devemos estar enganados".
Parte do sucesso da música se deveu também a seu clipe, que alternava imagens da guerra com cenas de O'Riordan e um grupo de crianças pintados de dourado ao redor de um crucifixo.
O clipe, que tem quase 700 milhões de visualizações no canal do The Cranberries no YouTube, foi dirigido por Samuel Bayer, que também fez o vídeo Smells Like Teen Spirit, um dos principais sucessos do Nirvana.
Jonathan Ball, de 3 anos, e Tim Parry, de 12, morreram após o atentado do IRA
Pai de vítima não conhecia homenagem
Colin Parry, pai de Tim Parry, tomou conhecimento de que a música era uma homenagem a seu filho somente após a morte de O'Riordan, nesta segunda.
"Somente ontem eu descobri que o grupo dela, ou ela mesma, compuseram a música em memória do que aconteceu em Warrington", disse ele à BBC.
"Minha mulher chegou do escritório da polícia onde estava trabalhando e me contou. Coloquei a música para tocar em meu laptop, assisti à banda cantando, vi Dolores e escutei a letra", contou. "A letra é, ao mesmo tempo, sublime e muito real."
Segundo ele, o atentado em Warrington, assim como muitos outros que ocorreram em toda a Irlanda e no Reino Unido, "afetou famílias de uma maneira real".
"Ler a letra escrita por uma banda irlandesa de maneira tão convincente foi algo muito, muito intenso", afirmou Parry.
"A morte repentina de uma mulher tão jovem é chocante", comentou ele sobre O'Riordan.
Segundo uma nota divulgada por seus representantes, a cantora estava em Londres para uma curta sessão de gravação.
A polícia britânica informou que foi chamada até um hotel na região central de Londres, onde ela foi declarada morta.
Ainda não há informações sobre a causa da morte.
" Com seus tanques e suas bombas / E suas bombas e suas armas / Em sua mente, em sua mente, eles estão chorando