quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Nirvana e os Beatles: O que Seattle e Liverpool tem em comum?

 


Os Beatles invadiram a vida de Kurt desde sua infância, vivida em Aberdeen, EUA, por meio de tias e tios que eram grandes fãs dos rapazes de Liverpool.

A influência dos Beatles no Nirvana não é tão novidade, considerando que eles foram uma das bandas favoritas de Kurt Cobain. “Hey Jude” foi uma das primeiras gravações de Kurt quando era criança, sua tia Mary sempre lembra o quanto ela era fã de Beatles e Monkees.

 Seu tio Jim, era um grande colecionador, e seus vinis dos Beatles estavam entre os favoritos de Kurt, além de outras bandas como Led Zeppelin e Grateful Dead.

Em entrevista pela Alternarive Nation, Dave Grohl revelou suas primeiras impressões sobre o Nirvana. Quando ele assumiu a bateria, a banda já tinha lançado o álbum Bleach (1989).

 "About a Girl": "Era como uma canção dos Beatles. Tinha dois minutos e meio de duração com uma melodia linda, e o resto das músicas eram gritaria. Mas essa era muito bonita."


Kurt disse ao amigo Steve Shillinger que, no dia em que compôs a canção, ouviu Meet the Beatles durante três horas, para entrar no clima. Mesmo que fossem considerados passé nos círculos punk, os Beatles foram peça fundamental no crescimento de Cobain como compositor, além de uma constante nas fitas mixadas que enviava como presente a amigos.



Kurt não deixava de citar os quatro rapazes de Liverpool como influência pessoal. Disse também, anos mais tarde, que uma de suas primeiras decepções ocorreu quando descobriu, em 1976, que os Beatles haviam se separado seis anos antes.

 Em seus diários, Cobain fazia listas de seus álbuns favoritos, onde Meet the Beatles nunca deixou de constar. Kurt decorou a casa aonde morou com sua primeira namorada firme, Tracy Marander, com pôsteres de rock que ele mesmo alterava, como um enorme cartaz dos Beatles que exibia então um Paul McCartney de óculos e cabelo afro.


Por incrível e estranho que pareça, musicalmente Aneurysm do Nirvana se asemelha a Twist and Shout. tanto na maneira como o acorde se apresenta curiosamente Dave aparece cantando 'beat it' no refrão, que é semelhante ao que ocorre em Twist and Shout.


Por um lado temos Jhon Lennon e toda sua genialidade, ambos lutava em favor as minorias e eram contra o sistema,  e deixavam claro sua mensagem nas músicas 
Kurt Cobain assim como Jhon era o "cabeça" em suas respectivas bandas, ambos foram figura extremamente polêmica. também vítimas e manipulados pela mídia, mas também souberam manipulá-la muito bem.

Sofreram com o desgaste da fama, foram pressionados pela indústria fonográfica e abusados por jornalistas gananciosos. Ainda assim, permaneciam sinceros a seus ideais, o que os tornava ainda mais polêmicos


Dave Grohl sempre teve especial admiração por George Harrison, a quem dedicou a música “Oh, George”, presente no primeiro CD de sua banda atual, os Foo Fighters. 

Ainda no começo da carreira, o Nirvana sentiu-se como se estivesse no filme dos Beatles Os reis do iê-iê-iê (A Hard Day’s Night), ao ver um local aonde realizavam uma tarde de autógrafos abarrotado de pessoas sobre as prateleiras de discos.


Mas de todas as relações entre os Beatles e o Nirvana, nada foi tão direto quanto a canção “Cut Me Some Slack, uma música gravada por Paul McCartney (tocando uma curiosa ‘cigar box guitar’), Dave Grohl (bateria e backing vocals), Krist Novoselic (baixo) e Pat Smear (guitarra) – literalmente, um beatle e os 3 “nirvanas” restantes. Foi apresentada num evento chamado 12-12-12 Benefit Concert 

Paul já havia tocado com Grohl tocando bateria e também no frontstage. Mas essa foi considerada pelo próprio Macca como sendo uma “Nirvana reunion” 

No ano seguinte, em 19 de junho de 2013, o quarteto (que a essa altura já havia sido apelidada pelos fãs como Beatvana) tocaria novamente a música num show de Paul em Seattle, cidade do Nirvana, a capital do Grunge. No ano seguinte (2014), a música ganharia o Grammy Awards como “Best Rock Song”.


 "Quando era jovem, foi assim que aprendi a fazer música - eu tinha um violão e um songbook com as músicas dos Beatles. Eu ouvia os discos e tocava junto. É claro que não soava como os Beatles, mas isso me fez entender a estrutura de uma canção, a melodia, a harmonia e o arranjo", revelou Dave Grohl.



DAVE GROHL SOBRE AO ENCONTRO DO NIRVANA:


“Lembro-me de sair do avião e de Krist [Novoselic] e Kurt [Cobain] me encontrando na esteira de bagagens. Era como ter Filhos do Milho pegando você no aeroporto. Quando vim para Seattle, o Nirvana estava fazendo um show com outro baterista.

Eu chego lá neste show do Nirvana, há 1.200 pessoas, e talvez 15 delas pareciam ser punk rockers. O resto eram garotos do parque de trailers com cabelos compridos oleosos e vestindo roupas que compraram na Frey Myers e no Exército da Salvação.

Eles usavam flanela ... Eu ainda me visto como as crianças que vi no show naquela noite. Já parecia que havia algum tipo de movimento, mas não foi intencional. Essas pessoas simplesmente se juntaram ou foram atraídas por isso, porque parecia que eles se sentiam. A energia era diferente de tudo que eu já vi. Esse foi meu primeiro dia em Seattle.







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