terça-feira, 31 de maio de 2022

Chris Cornell é relembrado por Vicky Cornell

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Smashing Pumpkins toca clássico “Today”

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Smashing Pumpkins "Gish" (review)


Gish o álbum de estreia dos Smashing Pumpkins. O título foi escolhido baseado no sobrenome da atriz de cinema mudo, Lillian Gish, da qual a mãe do vocalista da banda, Billy Corgan, era fã. Segundo Corgan, o nome Gish tinha uma fonética agradável. Ele pensara em dar o nome Fish, mas optou por Gish pois o outro nome poderia criar uma confusão entre o nome do álbum e uma banda de rock progressivo chamada Phish. O disco foi gravado entre dezembro de 1990 e março de 1991 nos Butch Vig's Smart Studios em Madison, Wisconsin, e lançado em 28 de Maio de 1991. As faixas "I Am One", "Rhinoceros", "Bury Me" e "Daydream" também aparecem nas fitas demo gravadas no começo de 1989. O guitarrista James Iha declarou que comprou sua primeira guitarra Gibson Les Paul para a gravação de Gish. Ele usou exclusivamente este modelo de guitarras até o álbum Adore, de 1998. Gish alcançou o 195° na parada americana algum tempo após seu lançamento, e atualmente é certificado de Platina, por ultrapassar o milhão de cópias vendidas. Até maio de 2005, 1,1 milhão de cópias foram vendidas (somente nos Estados Unidos).






L7 - "Bricks are Heavy" (review)

 


Bricks Are Heavy é o terceiro álbum de estúdio da banda estadunidense L7, lançado em 14 de abril de 1992 pela Slash Records. O carro chefe, "Pretend We're Dead", tornou-se um sucesso e fez a banda "abrir as portas" para as mulheres dentro do grunge.

Bricks Are Heavy foi lançado pouco depois de o grunge ter entrado no mainstream, com o sucesso repentino de Nevermind do Nirvana. Em julho de 1992, a canção "Pretend We're Dead" ganhou popularidade entre as estações de rádio americanas de rock, onde recebeu um regular airplay. No final de agosto, o álbum havia alcançado o primeiro lugar na parada de álbuns Heatseekers da Billboard e duas semanas depois atingiu o número 160 no Billboard 200.



Musicalmente, o disco é mais pesado e mais sujo do que os anteriores da banda e descrito como "melodias cativantes e vocais significativos, com guitarras feias e um fundo rápido, um grunge mas grosso", pela Entertainment Weekly.[1] Embora a banda tenha mantido suas raízes punk e hardcore punk, houve mais ênfase em heavy metal do que antes. Foi produzido por Butch Vig, que é conhecido por seu trabalho com bandas consagradas como Nirvana, Smashing Pumpkins, Sonic Youth e Garbage.

L7
Donita Sparks → vocal e guitarra
Suzi Gardner → vocal e guitarra
Jennifer Finch → baixo e vocais de apoio
Demetra Plakas → bateria e vocais de apoio




Screaming Trees "Sweet Oblivion" (review)

 


"Em 1992, a banda lança o excelente disco "Sweet Oblivion",produzido por Don Fleming, que acentua o lado melódico da banda, contando com uma produção mais caprichada e grandes músicas como "Dollar Bill", "Julie Paradise" e "Winter Song". Mas coube a "Nearly Lost You" o papel de carro-chefe do disco. Essa música, além de fazer parte da trilha sonora do filme "Singles" (trilha esta que possui outras bandas de Seattle como Soundgarden, Mudhoney e Pearl Jam), é também a responsável por fazer do Screming Trees um nome mais conhecido ao redor do mundo, devido a exposição do clip na MTV. O disco vendeu cerca de 300.000 cópias. 





Pearl Jam: "Binaural" review

 


"Binaural" foi o sexto álbum de estúdio do Pearl Jam, lançado a 16 de Maio de 2000. Marca a entrada de Matt Cameron, que havia sido baterista do Soundgarden (que acabou dois anos antes do lançamento de Binaural). O nome deste álbum se refere a uma técnica de som, binaural, utilizada na gravação das faixas. É mais evidente a percepção deste modo de gravação na música Nothing As It Seems. A capa do álbum refere-se a uma imagem feita pela NASA da nebulosa conhecida por MyCn18 localizada a 8 mil anos-luz de distância da Terra. 


Faith No More compôs música no dia em que Kurt Cobain se suicidou!


Tudo bem que o Faith No More não teve conexões com as bandas grunge de Seattle, Por exemplo com Nirvana mas, 'Ricochet' foi escrita no dia que Kurt Cobain se suicidou, em abril de 1994.  a música foi lançada como segundo single do quinto álbum do Faith No More, "King for a Day...Fool for a Lifetime". A própria banda revelou que às vezes a faixa era referida como ‘Nirvana’ nos setlists. No entanto, ‘Ricochet’ foi lançada só em maio de 1995.

"Kurt... ele é um dos meus melhores amigos... ele é uma boa pessoa, uma boa inspiração. Só o fato de ele estar na capa da revista [Advocate] foi uma declaração muito poderosa." - Roddy 1993


A amizade de Roddy Bottum e Courtney Love começou no início dos anos 80 quando ela cantou brevemente para FNM e claro que Kurt e Roddy também se tornariam bons amigos. Na verdade, Roddy foi uma das últimas pessoas a falar com o músico problemático antes deste trágico suicídio em 5 de abril de 1994.


"Eu sabia que a situação era ruim, eles estavam discutindo muito. Fui procurá-lo uma semana antes de ele se matar, esperando que houvesse algo que eu pudesse fazer para ajudar. Quando ficou claro que realmente não havia, fui embora. Sabendo... sabendo o que aconteceria. Estava claro para onde ele estava indo. A última coisa que eu disse a ele foi: Você vai morrer. Eu me senti muito culpado, mas não havia nada que eu pudesse fazer. Quando alguém realmente quer para morrer, não há realmente nada que você possa fazer para detê-los." - Roddy 1995


Este foi um período difícil para Roddy, pois ele estava lutando com seus próprios vícios e perderia seu pai em 1993. Esses elementos explicam, de certa forma, por que ele estava ausente para escrever o álbum de 1995 do FNM, King For A Day Fool For A Lifetime.


"Depois da reabilitação, passei por muitas perdas', lembra ele. 'Um bom amigo, meu pai, Kurt Cobain, estava cercado por muitos problemas muito reais e sombrios. desafiador, especialmente com o tipo de banda que éramos. Senti vontade de priorizar meus objetivos. Eu gostaria de ter os meios para buscar consolo entre a banda e seguir em frente dessa maneira, mas me senti sozinho e solitário em onde minha vida Eu não estava de forma alguma preparado para fazer outro álbum, com certeza, e quando me retirei, o álbum se tornou mais o que eu não era. Isso me fez recuar ainda mais. Eu pude estar lá fisicamente para o processo - mas mal, honestamente. Foi um momento muito difícil." - Roddy | Pequenas Vitórias: A Verdadeira História da Fé Não Mais





Bill Gates já tentou comprar a gravadora Sub Pop em 1994


Dana Giachetto, ex-sócio da gravadora SUB POP RECORDS – o selo de Seattle mais famoso por lançar o NIRVANA – revelou que a MICROSOFT tentou comprar a empresa em 1994. Falando sobre o negócio, que viu ofertas vindas também da Geffen Records, Sony Music e os eventuais vitoriosos Warner Bros no auge do movimento grunge, Giachetto descreveu como Bill Gates e o lance de 4 milhões de dólares fora ‘uma miséria de dinheiro’ e como eles o conduziram para fazer com que a Microsoft parecesse ‘um pouco mais descolada’.


Em entrevista ao site Hollywood Reporter, o ex-sócio, que também tem declarado que ele fora uma inspiração essencial para o personagem de Leonardo Di Caprio na recente película “O Lodo de Wall Street”, descreve como é que se deu a aquisição por parte da Warner: ”Agora eu posso contar que a Universal foi quem ofereceu o maior lance, 25 milhões de dólares, mas não seria o alinhamento criativo ideal. A oferta da Sony? 5 milhões. A de David Geffen? 8 milhões – eu disse a ele que o lance era baixo pra caralho – e a Microsoft mandou uma miséria de 4 milhões, o que foi, honestamente, insultante.”



Ele continuou: “Bill Gates, que à época se considerava ‘o futuro do entretenimento’, não tinha como ser uma pessoa mais sem graça. A compra com certeza teria feito a Microsoft um pouco mais descolada. Eles ainda não são”.

A Sub Pop foi fundada em 1986 por Bruce Pavitt e Jonathan Poneman, em Seattle. O selo é mais conhecido por seu trabalho com a linha de frente do grunge e representava artistas do calibre do Nirvana e do Mudhoney. Desde então, eles continuam a trabalhar com uma vasta gama de artistas, incluindo The Shins, The Postal Service e Shabazz Palaces.



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Foo Fighters: "The Colour And The Shape"


 The Colour and the Shape é o segundo álbum de estúdio da banda de rock norte-americana Foo Fighters, na verdade o primeiro disco gravado como uma banda, visto que o primeiro disco, chamado "Foo Fighters" foi gravado inteiramente por Dave Grohl.


Nas gravações deste álbum, Dave Grohl não ficou muito satisfeito com a bateria e, às escondidas do então baterista William Goldsmith, aos poucos foi regravando algumas faixas, até os outros integrantes se darem conta que estavam regravando o disco inteiro. Não aguentando o ritmo de Grohl e das turnês, e também se sentindo sem "alma" de baterista na ocasião, William Goldsmith deixa a banda. Após o lançamento do disco, o ex-baterista de Alanis Morissette, Taylor Hawkins, assumiu as baquetas na realização da turnê, se firmou no posto e seguiu com a banda até sua morte, em março de 2022.





Eddie Vedder teve Covid-19

 


Eddie Vedder, em turnê pelos Estados Unidos, promovendo o seu novo disco solo, "Earthling". Durante a apresentação em Los Angeles, na sexta-feira (25), o cantor contou para os fãs como foi a sua experiência com a Covid-19, que acabou o obrigado a adiar algumas datas que faria.

"Eu quero tomar um segundo para olhar para vocês, pois isso é muito raro", disse o cantor contemplando a plateia, depois de sua filha, Olivia, cantar com a sua banda no palco. "É incrível. Eu tive COVID um pouco antes de nós termos que começar a ensair para os shows, provavelmente, cinco, seis semanas atrás e eu literalmente vi minha vida passando diante de meus olhos".


O cantor deu detalhes sobre a experiência. "Eu não estava muito certo... porque eu fiz algumas coisas boas para o meu corpo e também me diverti muito. Fiz algumas coisas que poderiam... alguns tipos de abuso. Quero dizer, nada muito clínico", brincou. "Não vou entrar em detalhes. Usem a sua imaginação".


Em seguida, Vedder voltou a falar sobre a sua condição após ficar com COVID. "Mas, foi muito sério. E para superar aquilo e então estar de volta em um lugar assim, encarando tanta gente, deste jeito, escutando a gente tocar música para vocês é muito, de verdade, tem sido um presente e uma honra. Obrigado por nos ouvir. Estamos muito agradecidos".



Slash diz que Scott Weiland era "irrecuperável"

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Filho de Scott Weiland

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Pearl Jam: Fã toca bateria

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Os últimos momentos de Taylor Hawkins no Foo Fighters

 


Esse é um dos últimos momentos memoráveis de Taylor Hankins no Foo Fighters, durante o Lollapalooza na Argentina em (20 de março), o baterista trocou de lugar com Dave Grohl e mandou uma bela e comovente versão de "Somebody To Love" do Queen. Era uma das suas bandas prediletas. E configurou em seu último show com a banda que aconteceu seis dias antes da sua morte prematura no dia (25 de março).  


Durante a canção Hawkins prestou uma linda homenagem ao seu colega de banda dizendo para multidão: "Eu amo Dave Grohl, cara".


"Eu estaria entregando pizzas se não fosse pela porra do Dave Grohl. Eu estaria gerenciando o departamento de bateria em um Guitar Center se não fosse por Dave Grohl.”


A morte de Hawkins  ocorrida ontem (25 de março) pegou todos nós de surpresa. A notícia veio através de um comunicado da banda via redes sociais dizendo: “A família Foo Fighters está devastada pela perda trágica e prematura de Taylor Hawkins”


“Seu espírito musical e risada contagiante viverão com todos nós para sempre. Nossos corações estão com sua esposa, filhos e família, e pedimos que sua privacidade seja tratada com o maior respeito neste momento inimaginavelmente difícil”.



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Pearl Jam toca Foo Fighters com Josh Klinghoffer em homenagem a Taylor Hawkins.



O Pearl Jam fez um cover de "Cold Day In The Sun" do Foo Fighters durante uma apresentação no The Forum ontem a noite (7). Como a versão original da faixa era cantada por Hawkins, para sua performance Eddie Vedder cedeu lugar ao baterista Matt Cameron.


"Nunca é fácil quando você perde alguém", disse o vocalista Eddie Vedder, apresentando a faixa. “À medida que você envelhece, você notará que isso começa a acontecer cada vez mais. É apenas onde você está na linha do tempo e onde seus amigos estão na linha do tempo.


“Mas às vezes, assim, é tão inesperado. Mas também torna mais difícil porque ele era alguém que realmente amava viver a vida neste planeta. Então, acho que a única coisa que nos consola é o fato de que ele nunca perdeu um momento, e ele viveu sua vida ao máximo. Nós só queremos mais disso.”


Cameron e Hawkins já trabalharam juntos na banda Nighttime Boogie Association,  lançando duas músicas juntos – "Long In The Tooth" e "The Path We're On"– em 2020.


Hawkins foi encontrado morto em seu quarto de hotel na Colômbia em 25 de março. Ele tinha 



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Após luto, Foo Fighters volta a divulgar filme que mostram Taylor Hawkins



Cenas de "Studio 666" em que o saudoso baterista aparece atuando. A equipe do Foo Fighters e os integrantes da banda ficaram afastados das redes sociais por um bom tempo após o triste falecimento do saudoso baterista Taylor Hawkins.

Aos poucos, as atividades vão sendo retomadas e, no início de Maio, alguns dias depois de completar um mês da morte do lendário músico que nos deixou em 25 de Março, o perfil do filme estrelado pelo Foo Fighters, Studio 666, voltou a divulgar a produção.

Isso porque o longa de terror-comédia que foi lançado em Fevereiro deste ano teve suas versões digitais e em Blu-ray disponibilizadas nesta semana.

Para atualizar os fãs da banda que acompanharam a produção, os perfis do Studio 666 e da Universal Pictures divulgaram trailers através de suas contas do Twitter, inclusive com cenas em que Taylor Hawkins está presente ao lado dos outros membros da banda. Você pode conferir os trechos ao final da matéria.

                                                                           Studio 666

Na trama, os integrantes do Foo Fighters aparecem na mesma casa onde gravaram seu último disco, Medicine At Midnight.

No local, que é supostamente mal-assombrado, começam a acontecer coisas estranhas com Nate Mendel, Pat Smear, Taylor Hawkins, Chris Shiflett e Rami Jaffee depois que o frontman Dave Grohl é possuído por forças malignas.

Pouco antes do lançamento do filme, o grupo liberou a faixa “March Of The Insane”, da banda fictícia chamada Dream Widow, que coincidentemente (ou não) foi a última a ocupar os estúdios onde os membros do Foo Fighters estão tendo problemas. Algum tempo depois, o disco completo chegou às plataformas digitais.





Foo Fighters após o falecimento de Taylor Hawkins


No início deste mês, Dave Grohl apareceu em público pela primeira vez desde que seu colega de banda e melhor amigo faleceu.

Como te mostramos aqui, o músico esteve no Jazz Festival de New Orleans, onde o Red Hot Chili Peppers substituiu os Foos no line-up após a trágica notícia sobre a passagem do baterista.


                           


tenhomaisdiscosqueamigos.com

Taylor Hawkins estava cansado da agenda de turnês

 


Taylor Hawkins estava cansado e pediu para diminuir número de shows do Foo Fighters, diz revista.

Amigos do baterista do Foo Fighters, que morreu em março, afirmam à 'Rolling Stone' que ele estava preocupado com ritmo de apresentações e conversou com Dave Grohl a respeito.

Taylor Hawkins estava cansado e preocupado com o ritmo de shows da turnê mais recente do Foo Fighters nos meses antes de sua morte, em 25 de março, de acordo com a "Rolling Stone".

Em reportagem publicada, a revista  afirma que conversou com cerca de 20 pessoas próximas ao americano.

  


Segundo elas, Hawkins tinha conversado com o vocalista e líder do grupo, Dave Grohl, a respeito de suas preocupações em relação à energia necessária para tocar por três horas em cada show aos 50 anos de idade. O Foo Fighters tinha quase 60 apresentações marcadas em 2022.

A causa da morte ainda não foi determinada, mas um relatório toxicológico encontrou a presença de dez tipos de substâncias no sangue do baterista, como antidepressivos e opioides.


"Ele teve uma conversa franca com Dave (Grohl) e, é, ele me contou que 'não podia mais fazer essa merda' — essas foram as palavras dele", diz o baterista do Pearl Jam, Matt Cameron. Amigo de longa data de Hawkins, ambos tocaram juntos em um projeto paralelo, Nighttime Boogie Association.


"Acho que eles chegaram a algum tipo de entendimento, mas me parece que a programação da turnê ficou ainda mais louca depois disso."


À Rolling Stone, um representante da banda nega que Hawkins tenha falado a respeito das preocupações. "Não, nunca houve uma 'conversa franca' — ou qualquer reunião do tipo sobre esse assunto — com Dave."


Outra amiga de muito tempo e antiga chefe do baterista, a cantora Sass Jordan afirma que ele "estava cansado de todo o negócio".


"O fato de que ele falou com o Dave e realmente contou a ele que não podia mais fazer isso foi libertador para ele", conta uma pessoa não identificada que era amiga de Hawkins, que diz que ele precisou de um ano para ter coragem para a conversa.


g1.globo.com


quarta-feira, 18 de maio de 2022

Como foi o último dia de Chris Cornell?


Chris possuía histórico de depressão e alcoolismo tirou a própria vida em 18 de maio de 2017, aos 52 anos.

Depois do show, que teve abertura da banda The Pretty Reckless, por volta de 1h da manhã, policiais atenderam a um chamado sobre um aparente suicídio no hotel MGM Grand.

Ao chegarem, encontraram Cornell, 52 anos, no chão do banheiro de seu quarto, com uma faixa para exercícios em volta do pescoço. O cantor foi declarado morto no local. No dia seguinte, a causa da morte foi confirmada: suicídio por enforcamento.


Uma velha conhecida

Não foram poucas as vezes em que Chris Cornell expôs sua luta contra o monstro invisível chamado depressão. Em entrevista a Mike Zimmerman, da Men’s Health, reproduzida no livro “Chris Cornell: A Biografia”, publicado no Brasil pela editora Estética Torta, ele disse:

“Creio que sempre tive um pé nesse mundo de trevas, solitário e distante. Quando você fica deprimido por muito tempo, começa a sentir certo bem-estar; é um estado de espírito com o qual você vai entrando num acordo por estar nele há tanto tempo. É um mundo muito egoísta.”



Da mesma forma, muitas de suas letras mais famosas deram dicas de que o trágico desfecho que escolheu para si não deveria ser encarado com tanta surpresa ou incredulidade. Na sombria “Fell on Black Days”, uma das mais famosas do Soundgarden, por exemplo, o cantor buscou capturar a sensação de se sentir péssimo sem nenhum motivo aparente. A Everett True, do Melody Maker, em outra entrevista reproduzida em “Chris Cornell: A Biografia”, o cantor explicou:

“Você está feliz com sua vida, tudo vai bem, as coisas estão animadoras, quando, de repente, percebe que está infeliz ao extremo, a ponto de ficar muito, muito assustado. Não há nenhum gatilho em particular; um belo dia você apenas conclui que tudo na sua vida é uma merda.”




A isso tudo se junta a batalha que Chris travava contra o alcoolismo, doença que frequentemente contribuía para a demora nos processos de gravação e divulgação de seus trabalhos e o tirava do estado de espírito adequado para fazer música. À revista Lollipop, em setembro de 2007, ele exemplificou isso:

“Eu estava na pior durante o ‘Euphoria Morning’ [seu primeiro álbum solo, lançado em 1999]. Foi o fundo do poço. Eu estava péssimo. Levei seis vezes mais tempo do que o normal pra terminar o disco. Eu não compunha bêbado – nunca consegui fazer isso –, mas na maioria das vezes levaria dias inteiros pra curar a ressaca pra poder trabalhar. Quando eu estava no estúdio pra gravar [a música] ‘Preaching the End of the World’, literalmente passei mais da metade do dia apenas esperando que a cabeça parasse de doer.

O caminho rumo a Detroit

O Soundgarden já não se apresentava há dois anos quando o supracitado giro foi anunciado. Chris e seus colegas — Kim Thayil (guitarra), Ben Shepherd (baixo) e Matt Cameron (bateria) — encararam a temporada de shows como uma oportunidade de se reconectar com os fãs, já ansiosos pelo álbum que sucederia o elogiado “King Animal”. Sabe-se que a banda vinha trabalhando constantemente em material inédito.

Paralelo a isso, Cornell manteve-se ocupado: além do lançamento de “Higher Truth” (2015), o cantor tomou parte em eventos hoje lembrados como históricos, como o show que o Audioslave realizou em protesto à posse de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos em 20 de janeiro de 2017.

A Emmy Mack, do Music Feeds, o guitarrista Tom Morello recordou:

“A última coisa que Chris me disse foi: ‘Eu me diverti muito. Adoraria fazer isso de novo. É só falar’.”

A turnê estadunidense do Soundgarden teve início em 28 de abril, na Flórida. Foram mais onze shows até a derradeira noite em Detroit.

Desfecho em tom premonitório

Por volta das 21h, o Soundgarden subiu ao palco do Fox Theatre. Com sua guitarra Gretsch semiacústica preta em punho, Chris tocou alguns acordes enquanto Matt abriu a contagem para “Ugly Truth”, a primeira das vinte músicas do repertório previsto para a noite. A energia do público contagiou o vocalista, que a certa altura brincou: “Me sinto mal pela próxima cidade”.


Encerrado o set principal com “Jesus Christ Pose”, o Soundgarden volta ao palco para o bis com “Rusty Cage” e “Slaves & Bulldozers”. No meio desta última, que tradicionalmente confere o ponto-final às apresentações da banda, Cornell improvisou alguns versos de “In My Time of Dying”, canção tradicional imortalizada nos anais do rock em versão matadora do Led Zeppelin lançada em “Physical Grafitti” (1975).

“In my time of dying”, proclama ele, “I ain’t gonna cry and I ain’t gonna moan/All I need for you to do is drag my body home”. Em bom português: Na hora de minha morte, não vou chorar nem me queixar. Tudo o que eu quero é que você leve meu corpo para casa”.

Pouco menos de duas horas após o início da apresentação, o arremate vem na forma de uma promessa que jamais será cumprida: “Detroit! Obrigado! Nos veremos em breve!”

As duas horas finais de Chris Cornell



Eram cerca de 23h quando Chris, acompanhado de seu guarda-costas pessoal, Martin Kirsten, seguiu num carro, com escolta policial, até o hotel MGM Grand, no qual estava hospedado. Seu quarto era o 1136.

Pouco depois da meia-noite, Kirsten recebeu um telefonema da esposa de Chris, Vicky Cornell. De acordo com ela, Chris a acordou ligando e desligando as luzes de sua casa remotamente. Ela ficou alarmada e ligou para ele.

“Percebi que ele estava embolando as palavras; estava diferente. Eu falei: ‘Você precisa me dizer o que tomou’, e ele ficou p*to.”


Nervosa porque depois disso Chris não mais atendia o telefone, Vicky disse ao guarda-costas para ir até o quarto do cantor e ver se estava tudo bem. Kirsten arrombou a porta do quarto e percebeu que a do banheiro estava entreaberta. Tudo que conseguia ver era um par de pés.

Olhando mais fundo, viu que Chris havia amarrado uma faixa vermelha para exercícios em volta do pescoço. A outra extremidade estava presa com um mosquetão na parte superior da porta do banheiro. Ele desamarrou a faixa. Chris não estava respirando. Imediatamente o guarda-costas começou a realizar a RCP, mas sem sucesso.

Por volta de 1h da manhã, os paramédicos finalmente chegaram e iniciaram os protocolos de salvamento. Por meia hora tentaram reanimar Chris. À 1h30, o médico no local declarou o óbito.


O relatório da autópsia

Várias substâncias foram encontradas no organismo de Chris Cornell durante a autópsia, incluindo butalbital, um barbitúrico, um descongestionante chamado pseudoefedrina, bem como seu metabólito não pseudoefedrina, cafeína e naloxona, um antiopioide utilizado por profissionais médicos em situações de overdose. Os legistas também detectaram a presença de 41 ng/ml de lorazepam, um ansiolítico.

Com base nas circunstâncias acerca da morte e do que foi encontrado na autópsia, o legista confirmou que nenhuma das substâncias encontradas nele contribuiu para a morte.

Ao Detroit News, Vicky Cornell chamou o laudo de “completamente enganoso”:


“Perdi meu marido. Meus filhos perderam o pai. Estamos sofrendo muito e ainda temos que lidar com esse monte de gente atrás de nós. Se o laudo da autópsia fosse completo, acredito que parte disso poderia estar sendo evitada.”


Sepultamento e prenúncio de nova tragédia



O corpo de Chris Cornell foi cremado em uma cerimônia privada, no dia 23 de maio, em Los Angeles. Sua esposa, Vicky, estava lá. Também estavam presentes seu irmão Peter, o cantor J. D. King e Linda Ramone, viúva de Johnny Ramone, amigo pessoal de Cornell morto em 2004. Suas cinzas foram sepultadas no Hollywood Forever, a poucos metros da lápide do guitarrista dos Ramones.

No momento mais comovente do enterro, Chester Bennington, vocalista do Linkin Park, acompanhado por seu colega de banda Brad Delson, cantou uma angustiante versão da música “Hallelujah”, que Jeff Buckley, outro amigo de Chris que partiu cedo demais, havia tornado famosa.



igormiranda.com