Em 1990 nomes influentes da cena de Seattle resolveram formar uma banda chamada Mookie Blaylock.
Stone Gossard e Jeff Ament tinham acabado de passar pelo fim traumático do Mother Love Bone, cujo vocalista Andrew Wood faleceu antes do lançamento do primeiro álbum, e resolveram seguir em frente.
Para tanto, se reuniram e deram uma fita demo a Jack Irons, baterista do Red Hot Chili Peppers, e apesar dele não se interessar na vaga, enviou o trabalho a um amigo de San Diego que atendia pelo nome de Eddie Vedder.
A fita já contava com Mike McCready e Vedder compôs e gravou os vocais para três músicas em cima do instrumental, com “Alive”, “Once” e “Footsteps”, e enviou de volta para o trio de Seattle.
Como você deve bem imaginar, tudo deu certo a partir dali, apenas um ano depois o grupo (que mudaria seu nome para Pearl Jam) lançou um dos discos de estreia mais influentes da história, e está aí até hoje com o mesmo núcleo de integrantes e a adição do baterista Matt Cameron.
Em 22 de Outubro de 1990 aconteceu o primeiro show do Pearl Jam, ainda com o nome de Mookie Blaylock, e você pode assistir à apresentação que rolou no Off Ramp em Seattle logo abaixo.
Setlist – Primeiro show do Pearl Jam (22/10/1990)
1. Release
2. Alone
3. Alive
4. Once
5. Even Flow
6. Black
7. Breath
Os membros do ALICE IN CHAINS, Jerry Cantrell e Mike Inez, em recente entrevista divulgada na Alternative Nation refletiram sobre o legado e a voz de Layne Staley, lendário ex-vocalista da banda. Até aí tudo bem. O problema foi que, mesmo com o cunho emocional da conversa, alguma zueira e informação pitoresca acabou vindo à tona.
Falando sobre a voz de Layne, o baixista disse: Isso é um instrumento musical. Você pode até treiná-la, mas você nasce junto com esse instrumento. Eu às vezes escuto Layne no rádio.”
Cantrell sarcasticamente interrompe: “Assim como Mike nasceu com três testículos. Muitas pessoas não sabem disso.” Inez ri e despista: “Sou uma atirador pesado. Realmente, um atirador pesado.” E então continua seu argumento sobre a voz de Layne, se virando a Cantrell: “Nós fomos abençoados por isso, posso falar por nós. Jerry conheceu Layne, e suas vozes simplesmente se misturaram muito bem. O mesmo aconteceu com William (Duvall), mas Layne tinha AQUELA voz. Eu ainda fico com os olhos cheios de lágrimas quando toca “Nutshell” na rádio, ou algo do tipo acontece.”
Cantrell adiciona: “Uma voz maravilhosa. Um ser humano muito doce.” A que Inez conclui: “Maravilhoso, ele era maravilhoso. Era o cara mais foda do universo, foi uma bênção poder tocar junto de uma voz tão única, atemporal. Você nasce com isso, é como meu terceiro testículo.”
Em Novembro de 1993, os Nirvana deram o concerto que se tornou o seu elogio fúnebre, Unplugged In New York. Cinco meses depois, já não existiam na cabeça de Kurt Cobain, à deriva por Seattle. A 5 de Abril de 1994, muito antes da partida de Layne Staley e Chris Cornell, Cobain juntava-se ao trágico panteão de Jimi Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison. Reconstituem-se aqui os seus derradeiros passos...
18 de Novembro de 1993. Os Nirvana preparavam um concerto diferente. Guitarras eléctricas dão lugar às acústicas, Dave Grohl de rabo de cavalo e gola alta e Kurt Cobain de casaco de malha e calças de ganga rasgadas. Kris Novoselic muito alto, mesmo sentado num banco, e o já quase veterano Pat Smear (guitarrista dos Germs e futuro membro dos Foo Fighters), descalço, tentando integrar-se numa banda em desagregação.
Kurt não queria aquele concerto. De resto, desde o início da digressão americana de In Utero, um mês antes, não quisera nenhum deles. Apenas a carreira comercial pouco satisfatória do disco (os lucros perdidos em vendas tinham que se ser recuperados) e a pressão dos restantes membros da banda, do management e de Courtney Love, o haviam forçado a fazê-lo.
Ainda assim, isto era diferente. Um concerto intimista serviria como escape da loucura das actuações em estádio. Um concerto naquele formato permitir-lhe-ia até fugir um pouco dos Nirvana, que eram a sua banda, que eram banda que começava a considerar insuportável. Certo que era para a MTV, alvo constante do seu sarcasmo, mas ele era Kurt Cobain e, desta vez, poderia utilizar em seu favor o estatuto de estrela rock. Por isso foram aceites os Meat Puppets como convidados a produção preferia alguém de renome da cena «grunge» e um alinhamento onde não figuravam muitos dos singles, substituidos por versões de músicos que Kurt Cobain admirava David Bowie, Leadbelly, Vaselines e os próprios Meat Puppets.
O concerto, todos sabemos, pertencia à série Unplugged da MTV e tornou-se parte da iconografia dos Nirvana. Para muitos, tornou-se a principal imagem que deles se reteve, a de Kurt Cobain como figura trágica e indecifrável. Alheado e distante no intervalo entre canções, quase figura ausente, era se como apenas nelas vivesse realmente tal imagem, contudo, é inevitavelmente marcada pelo futuro que conheceríamos meses depois.
Durante a preparação do espectáculo, quando lhe perguntaram o que desejava como cenário de palco, Kurt pediu velas e lírios brancos. «Como num funeral?», ripostaram. «Exactamente». Fora do seu círculo mais próximo, tal resposta não era mais que demonstração do humor negro que o público reconhecia das entrevistas e aparições públicas. Visto de fora, tudo continuava como sempre no mundo dos Nirvana.
Dois meses depois, Cobain e Love trocam a vida nómada de hotel em hotel por uma casa, a primeira que compram enquanto casal. Localizada no bairro de Denny-Blaine, em Seattle, é uma imensa mansão de início de século XX, com 15 quartos e o lago Washington nas proximidades. A ausência quase total de mobília num espaço tão vasto empresta-lhe uma aura fantasmagórica. O desconforto é acentuado pela decisão de decorar a sala com uma réplica de cera, em tamanho real, de Lizzie Borden, mulher que figura na cultura popular americana desde a segunda metade do século XIX, quando a acusação de assassinato de pai e madrasta a golpes de machado a torna um dos casos mais mediáticos da sua época. Mais uma vez, Kurt Cobain manifesta o seu interesse por figuras mórbidas do imaginário americano. Mal acabada a mudança, esgota-se o tempo para mais decorações. Espera-o aquilo que, na altura, Kurt encarava como um suplício.
Mais concertos: a componente europeia da digressão de In Utero. O consumo de heroína, pautado por uma série de mal sucedidas tentativas de desintoxicação, é um problema latente. Ainda assim, aparece com bom ar a David Fricke, histórico jornalista da Rolling Stone. Numa entrevista em Janeiro de 1994, conta-lhe que o seu estomâgo serenou. Já não sente as dores crónicas que o acompanharam nos cinco anos anteriores, essas que responsabiliza pela sua toxidependência só a heroína, dissera, apazigua aquele sofrimento insuportável. Candidamente, conta à Rolling Stone que no dia anterior à entrevista, e pela primeira vez em muito tempo, disfrutou de uma pizza sem efeitos secundários.
«Ausente» em Portugal, «morto» em Roma
Ao início da tarde, já longas filas se estendem desde as portas de entrada. Miúdos de t-shirt preta com Nirvana estampado a branco. Punks saídos de 1977 e raparigas de ténis all-star, calças justas e mochila às costas. Surfistas de cabelo louro, devidamente oxigenado, e grungers de garrafa de cerveja na mão e a indispensável camisa de flanela.
6 de Fevereiro de 1994. Dia do primeiro concerto da digressão europeia dos Nirvana. No Pavilhão Dramático de Cascais, o público da plateia passa o tempo a reclamar com o das bancadas acusam-no de demasiado «betinho» e medroso por não arriscar estar onde a acção, leia-se «moshpit », se irá desenrolar. Os Buzzcocks, convidados especiais da digressão, passam pelo palco com uma camisola da selecção portuguesa e tocam clássicos que poucos reconhecem. Podem ser uma banda histórica, mas não são ali a história que interessa.
Kurt Cobain do lado esquerdo do palco, Kris Novoselic ao centro, Pat Smear à direita e Dave Grohl elevado num estrado sobre todos eles. Descarga sónica violenta em «Radio Friendly Unit Shifter», a primeira canção. Mais tarde, «Smells Like Teen Spirit», discussão recorrente durante as horas de espera (tocarão a canção proscrita?), aparece para delírio da multidão e «Bogeyman», aproximação à folk em que Novoselic troca o baixo por uma sanfona, surge como amostra de um futuro que não chega a existir. Para o público, é um acontecimento -ver as bandas certas no momento certo é uma raridade em Portugal. Para Kurt Cobain, apenas mais um concerto de uma digressão que não deseja.
Em antevisão à passagem da banda por Portugal, Dave Grohl é entrevistado pelo (então) jornal BLITZ. A última pergunta aborda um tema que a editora considera tabu. Não o é para Grohl: «Fumei muitos charros quando era adolescente e parei aos 21 anos. Também não gosto muito de beber».
Acrescenta: «Não me importo que me façam essa pergunta [sobre drogas]. Mas toda a gente sabe que o Kurt experimentou heroína depois parou e as pessoas gostam de ampliar essas notícias, de fazer perguntas acerca do estado actual do Kurt e da Courtney, quando eles só querem ter uma vida normal».
Enquanto Kurt falha sucessivamente as hipóteses de desintoxicação e se fecha cada vez mais num casulo de depressão, aqueles que lhe são mais próximos tentam blindá-lo à especulação mediática. Kurt e Courtney não podem ter uma vida normal.
O último concerto dos Nirvana acontece em Munique, dia 1 de Março. No final de um actuação desastrosa, as datas seguintes são adiadas para Abril. A Cobain, que perde a voz durante o concerto, são diagnosticadas laringite e bronquite agudas. Nessa mesma noite, telefona ao primo Art Cobain, de 52 anos. Não se falam há muito. Cobain diz-lhe que irá abandonar os Nirvana e a indústria musical. Art convida-o para uma reunião marcada para o Verão seguinte.
Dois dias mais tarde, encontramo-lo num hotel de luxo em Roma, o Excelsior. Courtney e Frances Bean chegam no dia seguinte. Nessa mesma noite, um funcionário do hotel é destacado para adquirir Rohypnol na farmácia mais próxima comummente usada para tratar insónias, o fármaco serve como substituto da metadona durante ressacas de heroína. Juntamente com o Rohypnol, Kurt encomenda duas garrafas de champanhe. Considerando que praticamente não bebia álcool, parecia querer assinalar um momento especial.
Na manhã seguinte, Courtney encontra o marido no chão, inconsciente. No seu estomâgo, acumulam-se cerca de cinquenta comprimidos. Por perto, um bilhete: «Como Hamlet, escolho entre a vida e a morte. Estou a escolher a morte». Falhou. Transportado em coma para o hospital, acorda vinte e cinco horas depois. Nesse intervalo, o canal televisivo CNN transmite o seu obituário e Kris Novoselic é informado pela editora da morte do companheiro de banda.
Desfeito o equívoco, a tentativa de suicídio passa a ser, na versão oficial, um trágico acidente. Num extenso artigo da Rolling Stone de Junho de 1994, onde se reconstituem os últimos meses da vida de Kurt Cobain, Lee Ranaldo, guitarrista dos Sonic Youth e amigo próximo, recorda o incidente como «o último episódio na criação de uma fachada de normalidade por parte daqueles que o rodeavam». A partir daquele momento, Cobain está em queda livre.
A garagem da casa onde o corpo de Kurt Cobain foi encontrado a 8 de abril de 1994
O clube dos 27
De volta a Seattle, o caos adensa-se. Courtney impede-o de injectar heroína em casa e Kurt muda-se para um motel barato a heroína vende-se ao balcão. Dia 18 de Março, a polícia é chamada à mansão de Denny-Blaine.
Cobain trancara-se num quarto com um revólver a ameaça suicidar-se. Depois de lhe serem confiscadas três armas, 25 caixas de munições e uma de comprimidos, abandona a casa. Uma semana depois, o mesmo cenário é palco de uma derradeira tentativa de recuperação.
Kris Novoselic, Pat Smear, Courtney Love e Dylan Carlson, o melhor amigo de Kurt. Um ultimato. Caso se recuse a uma desintoxicação definitiva, Courtney Love irá abandoná-lo e Kris acaba com os Nirvana. Nessa noite, Cobain acede. Na manhã seguinte, recusa entrar no avião com direcção a Los Angeles. Cinco dias mais tarde, reconsidera. Está pronto para partir.
Antes disso, pede a Carlson que o acompanhe na compra de uma arma. Justifica a decisão com o receio de que estranhos lhe invadam a propriedade. Recusa deixar o revólver ao cuidade do amigo. Guarda-o em casa. Então sim, parte para o Exodus, em Los Angeles, clínica famosa pela sua mediática clientela.
Um dos amigos que o visita durante a estadia é Gibby Haynes, tresloucado vocalista dos Butthole Surfers. Kurt Cobain passa dois dias no Exodus. Ao fim da tarde do segundo, salta o muro. Uma excentricidade. Dado que o estabelecimento não funciona em regime fechado, Kurt poderia ter atravessado calmamente o portão principal.
Nessa mesma noite, está de volta a Seattle. Numa bizarra coincidência, encontra como companheiro de voo Duff McKagan, que tenta também superar a dependência de heroína. Segundo o baixista dos Guns N' Roses, a viagem é um típico encontro entre toxicodependentes: dar um chuto e dizer que é o último.
Incontactável e sem qualquer vontade de informar do seu paradeiro, Kurt passa os dias vagueando por Seattle. Para o management dos Nirvana, enlouqueceu. A editora considera estar perante um grave momento de crise. Os amigos, por sua vez, desesperam.
Mark Lanegan, vocalista dos Screaming Trees, pressente que algo de terrível se aproxima e procura-o sem sucesso. Enquanto isso, Kurt Cobain divide-se entre um quarto de motel decadente, onde se regista sob o nome Bill Bailey (o nome verdadeiro de Axl Rose), e casas de amigos toxicodepentes. Estes, ao constatarem as doses proibitivas que injecta, expulsam-no com receio que sofra uma overdose às suas mãos.
A 4 de Abril, segundo refere uma investigação de 2006 do diário britânico The Guardian, Kurt quebra a rotina com uma ida ao cinema O Piano foi o filme escolhido. Na tarde do dia seguinte, em casa, barrica-se num quarto secreto, localizado sobre a garagem. Prepara mais um chuto, pega numa caneta e, a tinta vermelha, escreve uma carta dirigida a Boddah, o seu amigo imaginário na infância.
Na missiva, queixa-se de há muito não sentir entusiasmo «em ouvir e criar música, bem como em ler e escrever». «Sinto-me culpado para além do que as palavras possam exprimir». Fala de Courtney como «uma deusa» que «respira ambição e empatia» e de Frances Bean como a filha que o lembra demasiado aquilo que fora: «Sempre cheia de amor e felicidade, beijando todas as pessoas que conhece porque todos são bons e não irão magoála ». Despede-se: «Já não sinto paixão (.). É melhor apagar de uma vez que desaparecer aos poucos». Atira a carteira aberta ao chão e, sentado numa cadeira encostada à janela, dá mais um chuto. Pega na arma essa que escondeu antes de partir para dois dias no Exodus e puxa o gatilho.
Três dias passaram até ser encontrado por um electricista, contratado para instalar luzes de alarme. A polícia nunca chegou a entrar na casa, limitando-se a questionar os vizinhos. Tom Grant, o detective privado contratado por Courtney Love, aterra em Seattle a 6 de Abril, um dia após o suicídio. Desconhecendo o quarto secreto sobre a garagem, as suas buscas são infrutíferas.
No momento em que se juntou a Jimi Hendrix, Janis Joplin ou Jim Morrison nesse trágico panteão das estrelas rock desaparecidas aos 27 anos, tinha a televisão ligada na MTV, em silêncio. Na aparelhagem, o CD de Automatic For The People, álbum dos R.E.M. editado em 1992.
Meses antes, confessara que Michael Stipe era o único músico com quem desejava trabalhar. Este chegou a enviar-lhe um bilhete de avião para que se reunissem e arrancassem com a colaboração. Kurt nunca apanhou o voo. É que poderia ser uma forma de desaparecer lentamente. E Kurt Cobain tinha pressa.
Texto: Mário Lopes, Originalmente publicado na BLITZ de janeiro de 2009
O grunge foi um dos últimos grandes movimentos musicais, marcando toda uma década, virtude de artistas como os Nirvana, Alice In Chains ou Pearl Jam.
A pensar no género e olhando para o passado, a Loudwire elaborou uma lista com dez dos discos da era grunge que cumpriram este ano 25 de existência.
Os Alice In Chains estão, naturalmente, representados via Dirt, mas também se listam trabalhos de nomes como os Melvins ou as Babes In Toyland. Consulte aqui a lista:
Billy Corgan falou sobre as mortes que assolaram o mundo do rock no último ano, em entrevista ao jornal norte-americano SF Weekly.
Para o líder dos Smashing Pumpkins, o facto de tantas figuras do mundo do grunge e do rock alternativo dos anos 90 terem perdido a vida não se deve a uma qualquer "maldição", mas talvez tenha algo a ver com as gerações precedentes.
"Não acho que seja algo tão simples como a minha geração estar amaldiçoada. Fomos filhos de baby boomers, a geração que teve acesso à pílula e decidiu que não queria ter filhos. Fomos putos deixados sozinhos em casa, a crescer com [a série de televisão] Gilligan’s Island porque não havia babysitter. Talvez isso gere alguma tristeza ou algo mais profundo que o que reconhecemos", explicou.
Sobre a morte de Chris Cornell em particular, o músico deixou um lamento: não ter feito as pazes com o vocalista dos Soundgarden. "Eu conhecia-o. Tivemos umas discussões e nunca chegámos a resolver isso", conta.
"Quem me dera não ter contribuído para a sua infelicidade, por mais minúsculo que [esse contributo] seja. Quem me dera ter sido uma fonte de coragem, porque ele me influenciou e eu admirava-o", continua.
Corgan deixou, também, algumas palavras sobre Chester Bennington, dos Linkin Park: "Ele era, naturalmente, um dos melhores cantores rock de sempre, e foi uma honra quando ele vez uma versão da 'Bullet With Butterfly Wings' É assustador pensar que todo este talento desapareceu", conclui.
Conforme já noticiado pelo site Rock in The Head, o RADIOHEAD anunciou um show em Buenos Aires/Argentina para o dia 14 de Abril/2018, mesmo dia em que a cerimônia de indução ao Rock’n Roll Hall of Fame será realizada na cidade de Cleveland/EUA.
Lembrando que o grupo está concorrendo para entrar na classe de 2018...
Um representante da banda confirmou ao site Consequence of Sound de que: "O RADIOHEAD não irá comparecer na cerimônia, caso a banda seja eleita”.
Recentemente o grupo havia sido entrevistado pela revista Rolling Stone e concedeu comentários depreciativos ao Rock’n Roll Hall of Fame. O site Rock in The Head também havia publicado essa matéria e você pode conferir clicando aqui.
Confira mais 01 vídeo clipe do RADIOHEAD, agora da música “Karma Police” e que foi lançada no clássico álbum “OK Computer” (3º disco, 1997):
Em uma nova entrevista para o programa da BBC, Dave Grohl se lembrou de quando escutou uma fita para treinamento vocal com o seu ex-colega de banda no NIRVANA, Kurt Cobain.
"Tenho certeza de que Kurt nunca teve um treinamento formal para cantar, mas eu não acho que ele precisasse mesmo, sabe? Ele simplesmente já tinha um dom natural".
"Na verdade, foi divertido quando estávamos gravando o disco ‘Nevermind’ (2º álbum de estúdio do NIRVANA, 1991), porque a voz de Kurt começou a falhar de tanto que ele forçava, então ele se reuniu com algum técnico vocal que estava no estúdio..."
"Mais tarde, ele voltou da sua reunião e eu perguntei: ‘Como foi?’ E Kurt me respondeu: ‘Escuta só isso daqui’. Ele colocou uma fita cassete no aparelho para escutarmos e eram gravações de Kurt falando: ‘Me, me, me, me, me, me, me, me. Boy, boy, boy, boy, boy’”.
“Nos sentamos e só ficávamos rindo pra caralho enquanto escutávamos, sendo que logo depois jogamos a fita no lixo, porque na verdade não funcionou para nada".
Confira somente o vocal isolado de Kurt na canção “Territorial Pissings”, lançada no disco “Nevermind”:
Mesmo 23 anos após o fato, volta e meia a morte de Kurt Cobain volta à tona e normalmente a conversa vem acompanhada de uma série de teorias da conspiração.
Algumas delas aparecem no filme Soaked In Bleach, de 2015, que diz que a morte não foi suicídio, mas sim assassinato.
Pois bem, recentemente o músico Billy Corgan, líder do Smashing Pumpkins e bastante próximo de nomes envolvidos com o Nirvana, deu uma entrevista para Joe Rogan e foi perguntado sobre o filme, com o repórter querendo saber se ele tinha assistido ao trabalho.
Corgan respondeu (via Alternative Nation):
" Não. Muita gente não sabe, mas eu meio que estava por perto durante várias coisas envolvendo esse episódio, então eu sei de muita coisa sobre as quais eu nunca falei. Para mim, assistir a esse tipo de coisa é ver um replay de algo que eu não quero ver novamente. Eu sei que muita coisa não foi gravada com base em fatos porque eu estava lá durante um bom tempo e ninguém conversou comigo a respeito. As pessoas tentaram me pegar em uma sessão de perguntas e respostas com fãs, fizeram perguntas, como se de repente eu fosse falar a respeito. "
Corgan diz que o documentário é “muito estranho” e questiona como alguém pode se safar com algo assim, com recriações de cenas que não existiram, e Billy diz:
" Isso deveria ser ilegal. Especialmente quando você está abordando um mistério envolvendo um assassinato, dizendo que não foi suicídio. Você está pelo menos jogando a ideia no ar de que pode existir um assassino, e a maneira como você faz isso é fabricando palavras que você nem sabe se foram ditas. É uma completa ficção.
Eu estava lá no antes, meio que no durante e com certeza muito presente no depois, e sei de muita coisa que eu sei que não está em domínio do público, então eu me prendo ao que eu sei. "
Madonna Wayne Gacy (não confundir com a rainha do pop) foi tecladista da banda de Marilyn Manson por quase 20 anos. E, nos últimos tempos, vem dando declarações polêmicas sobre ídolos da música.
A última sobrou para Kurt Cobain. O tecladista insinuou que o ídolo do Nirvana cometeu plágio em Come As You Are e Smeels Like Teen Spirit. Ele comparou as duas canções com Eighties, do Killing Joke e Godzilla, do Blue Oyster Cult, respectivamente.
Gacy postou em seu Facebook o vídeo de Godzilla, com a legenda:“queime no inferno, Kurt”. Em seguida, publicou Eighties e escreveu outra provocação a Kurt: “por isso que você se matou, porque é um ladrão de merda”.
Com a repercussão negativa, o músico resolveu apagar a postagem.
Em tempo: a comparação entre essas músicas já não é novidade. O próprio Kurt Cobain reconheceu a influência dessas bandas em seu trabalho. Enquanto o Nirvana escolhia a primeira música de trabalho do Nevermind, Kurt teria brincado, dizendo que preferia não começar com Come As You Are, já que a música lembrava justamente a Eightees, do Killing Joke. O single virou um sucesso e o Killing Joke não reclamou.
Em julho, Gacy já havia provocado a ira dos fãs de Chris Cornell e Chester Bennington. “Se não conseguem aguentar o mundo do rock, as drogas ou o que quer que seja, não se metam nisto”. A publicação veio enquanto o mundo da música ainda lamentava a morte dos ídolos, que enfrentaram há anos problemas de depressão e vício, e cometeram suicídio neste ano.
Durante conversa com a Red Bull, Dave Grohl contou como gasta sua fortuna, que em 2016 era estimada em cerca de 260 milhões de dólares (aproximadamente 850 milhões de reais):
O que você faz com todo seu dinheiro?
Dave: "Vai direto pra minha conta no banco, onde fica lá parado, pegando mofo."
Você não investe ou faz algo assim?
Dave: "Não perco meu tempo pensando como fazer mais dinheiro pois já tenho o suficiente. Não sou um banqueiro e sim um músico. Mas por outro lado isto compra a minha liberdade, claro. Me permite ser e fazer o que eu quero sem me preocupar com mais nada".
Nada de casas ou carros luxuosos?
Dave: "Dirijo um carro familiar - não uma SUV monstruosa mas um carro que comporta cinco pessoas. Também moro em uma casa suficientemente grande. Meu único símbolo de status é o 606, meu estúdio no San Fernando Valley em Los Angeles, onde investi uma fortuna para que ficasse idêntico ao lendário Atlantis estúdio do ABBA. Não estou brincando: era o que eu queria e me custou muito para realizar este sonho"
Antes da fama, Grohl tocava guitarra e cantava na banda Nameless, criada durante seu ensino médio.
e antes de iniciar seu estrelato no Nirvana, Dave Grohl passou por uma série de bandas durante sua juventude.
No entanto, uma que não chegou a ser muito conhecida foi a Nameless, criada durante o primeiro ano do ensino médio do músico na Thomas Jefferson High School em Alexandria, Virginia.
No grupo, Grohl tocava guitarra e cantava, como ele mesmo já mencionou na biografia This Is A Call. Os outros membros da Nameless eram Tom Reintal (guitarra), Nick Christy (guitarra e vocais), Brent Paxton (baixo) e Tony Morosini (bateria).
Bem diferente da sonoridade de seus projetos posteriores, a jovem banda de Grohl fazia covers de bandas como The Who e Beatles. Você pode conferir um vídeo de algumas versões logo abaixo.
Em entrevista para a revista Mojo sobre a performance lendária do NIRVANA no Reading Festival em 1992 (Inglaterra), o frontman do MELVINS e amigo desde a adolescência de Kurt, Buzz Osbourne, falou também sobre o vício em drogas de Cobain e do casamento com Courtney Love.
Buzz Osbourne: NIRVANA estava bastante isolado de tudo no final de carreira... Eles já tinham mudado um pouco do que tinham sido anteriormente, o que não foi surpreendente para mim. Eu conheci Kurt desde que ele era criança e não era uma pessoa que iria ter muito dinheiro na vida, sendo que ficar nesta situação já seria muito bom para qualquer pessoa que morava em Aberdeen. Ele também já estava na droga e isso foi antes de Courtney Love estar com ele, mas mesmo assim ela não o ajudou com as coisas.
Dave Grohl: Quando você tem a oportunidade de assumir o controle de um festival (o NIRVANA só aceitou o convite se eles chamassem as suas bandas preferidas para tocar), você só vai convidar os seus melhores amigos, as bandas que você ama ou as bandas que achamos que iriam abrir a mente das outras pessoas, sabe? Pensávamos que o grupo BJORN AGAIN era hilário (cover de ABBA), sendo que era uma banda australiana falando em terríveis sotaques suecos e “pregando” as canções, assim como o ABBA! Pensamos imediatamente que tínhamos que levar esses caras para o festival, por que, quem não gosta do ABBA?
Rod Stephen (da banda BJORN AGAIN): Era final de Janeiro ou começo de Fevereiro de 1992 e estávamos tocando num show em Richmond/Austrália, e o NIRVANA estava presente vendo a nossa apresentação. Eles compraram todas as nossas camisas e nos deixaram surpresos com tal ação. Meses depois, eles estavam dando uma entrevista para a MTV e Dave Grohl estava usando uma camisa do BJORN AGAIN, e um tempo logo depois, recebemos uma ligação do empresário do NIRVANA, dizendo: "O NIRVANA quer que vocês toquem com eles no Reading Festival e Kurt pediu para dizer que, se vocês não forem tocar, o NIRVANA não vai se apresentar também". Me lembro de ter pensado na hora: “Meu Deus! A gente vai levar uma chuva de garrafas lá no palco”.
Buzz Osbourne: A melhor parte para nós foi perceber que estávamos sendo convidados a pedido do NIRVANA, mas abrindo para uma banda cover do ABBA? Eles não foram uma referência para as nossas carreiras.
Confira a performance do NIRVANA no Reading Festival/1992 (considerado um dos melhores shows da banda) da música "School" (lançada em seu 1º disco em 1989, "Bleach"):
Os Mudhoney irão lançar, a 19 de Janeiro, aquele que será o seu primeiro disco ao vivo. LiE (Live In Europe) estará disponível em vinil e em formato digital, documentando a digressão europeia que os Mudhoney encetaram no ano passado e assinalando o 30º aniversário da banda - bem como dando o tiro de partida para um novo trabalho de estúdio, que será editado também em 2018.
A Sub Pop, que se encarregou do seu lançamento, irá igualmente disponibilizar uma edição limitada a 500 cópias que conterá um bónus em 7'': "Touch Me I'm Sick" / "Where The Flavor Is". Para abrir o apetite, eis "Judgement, Rage, Retribution And Thyme".
O PearlJamOnline disponibilizou na íntegra comerciais de TV de 1972 com Eddie Vedder. Até então, apenas um pequeno trecho podia ser visto online. Nesta época, quase duas décadas antes dele se tornar conhecido mundialmente, o futuro músico e cantor do Pearl Jam tinha apenas sete aninhos de idade e atendia pelo nome Eddie Mueller.
Nancy Wilson, guitarrista da banda HEART (também de Seattle), falou sobre Chris Cornell e Layne Staley em uma nova entrevista para a revista Rolling Stone. Seguem alguns trechos
Jornalista: Vocês haviam composto uma canção chamada "The Dragon" que fala sobre o falecido vocalista do ALICE IN CHAINS, Layne Staley, depois dele ter sofrido overdose. Chris Cornell também era outro amigo íntimo da sua época... Como você processou essa perda?
Nancy: Eu sempre amei ele e todos esses caras do ALICE IN CHAINS, SOUNDGARDEN, PEARL JAM... Eu sempre achei Chris uma pessoa grandiosa e quieta. Ele sempre foi meio distante, sabe? Na época eu cheguei a pensar, tipo: "Talvez ele não esteja querendo ser meu amigo”. Mas então, mais tarde, quando o HEART foi induzido ao Rock’n Roll Hall of Fame e nós já estávamos saindo mais uns com os outros, ele chegou até mim e disse: "Eu sempre fui um grande fã de vocês, mas não sabia o que dizer quando nos encontrávamos”.
Nancy: Às vezes ele era meio desligado, mas estava sempre ao nosso redor e no começo eu pensava que ele estava apenas sendo pretensioso conosco. Quando ele fez o discurso da indução da banda HEART no Hall of Fame, eu apenas comecei a chorar, sabe? Foi tão bonito como ele realmente sentia e como estava inspirado em nós. Agora, a música "The Dragon" também fala sobre ele... É sobre vários viciados que eu conheci no passado e não vi isso acontecer com Chris Cornell, no entanto... Para mim, o que aconteceu com Chris foi como se ele tivesse sofrido um acidente de carro, sabe? Foi realmente um choque.
Ao celebrar os 25 anos de seu icônico disco Automatic For The People com uma edição deluxe que conta com várias raridades.
Dentre elas estão várias b-sides e também demos de canções que apareceram no disco original. Além disso, a edição de 25 anos também contou com um álbum ao vivo gravado no 40 Watt Club, icônico local de shows em Athens, cidade de origem do grupo, em 1992.
Agora, a banda também está lançando um novo clipe proibido para menores do single “Nightswimming”, um dos destaques do Automatic For The People. O novo vídeo conta com uma introdução maior e uma parte na qual alguns amigos do diretor Jem Cohen ficam pelados perto de uma fogueira ao se prepararem para nadar em Athens.
Sobre os preparativos para o clipe, o frontman Michael Stipe comentou:
" Ele [Cohen] chamou os seus amigos mais legais e disse, ‘Nós vamos para um lago, ou rio, colocaremos umas luzes rudimentares e vocês ficarão pelados e eu vou fotografá-los e gravar uns vídeos' ”.
O PearlJamOnline, site italiano dedicado ao Pearl Jam, compilou e editou um vídeo mostrando covers do AC/DC feitos pela banda nos últimos 24 anos, em homenagem a Malcolm Young, falecido neste sábado, 18 de novembro de 2017, aos 64 anos de idade.
O vídeo começa com um cover de "Dirty Deeds Done Dirt Cheap" realizado em 13 de maio de 1993 em São Francisco, seguindo com “If You Want Blood (You Got It)” em Brisbane no dia 25 de novembro de 2009 e finalizando com Eddie Vedder e Bruce Springsteen cantando “Highway to Hell” em 26 de setembro de 2014 também em Brisbane.
O frontman do SMASHING PUMPKINS, Billy Corgan, foi entrevistado no programa de rádio The Howard Stern Show e falou sobre um assunto no mínimo interessante. Segue alguns trechos.
Jornalista: Você também foi entrevistado recentemente no programa The Alex Jones Show e ele me disse que há uma raça de pessoas lagartos por aí...
Corgan: Não quero adicionar combustível à conspiração, mas eu tive experiências paranormais na minha vida que se prestam a essa categoria. Estou ficando vermelho, cara... Que vergonha, mas digamos que eu estava com alguém uma vez e vi uma transformação que não posso explicar.
Jornalista: A pessoa se transformou em algo diferente do ser humano?
Corgan: Sim, eu vi e estava totalmente sóbrio. Imagine que você está fazendo alguma coisa e de repente, quando você se vira há outra pessoa lá com você... É difícil explicar sem entrar em detalhes, sabe? Eu prefiro não me aprofundar nisso, mas surgiram outros sujeitos iguais na ocasião e eles reconheceram o que tinha acontecido.
Jornalista: O que eles disseram que eram, de outro planeta?
Corgan: Eles não explicaram nada... É uma história realmente perturbadora para mim e nesse momento estou sendo vago de propósito, sabe? Com certeza está lá no topo como uma das coisas mais intensas que já passei nesta vida.
Um dos casamentos mais falados do rock americano dos anos 90 aconteceu há 25 anos na praia de Waikiki, no Hawai. Kurt Cobain e Courtney Love fizeram juras eternas, mas a história seguiria outros caminhos.
Conheceram-se em 1990 e casaram em 1992. Kurt estava nos Nirvana, Love na banda Hole, e foi das figuras de proa destas duas forças do rock americano que surgiu um dos casamentos mais marcantes e recordados da história do rock dos anos 1990.
Os convidados foram apenas oito, dada a relação conturbada do casal com alguns elementos da família e amigos mais próximos de Kurt Cobain, que acreditavam que Courtney Love incentivava comportamentos de risco (nomeadamente o consumo de heroína) do líder dos Nirvana.
Para além do pijama verde, que foi o "fato de gala" do noivo, entre o conjunto de momentos singulares destaca-se também a fotografia em que Dave Grohl posa entre os noivos, de mãos dadas com ambos. Notada foi a ausência de Krist Novoselic e da sua esposa, que recusaram marcar presença.
À data do casamento, a cantora estava grávida e, cerca de seis meses depois, nasce Frances Bean Cobain, a única filha do casal. Ainda antes de nascer, Frances (hoje com 24 anos) já integrava o imaginário Nirvana, já que do grafismo do single de "Lithium" (1991) faz parte uma ecografia sua.
A ecografia de Frances Bean
Quando souberam que iam ser pais, Kurt Cobain estava numa clínica de reabilitação e Love acabou por assumir que consumiu heroína até ter conhecimento da gravidez. Ainda que provisoriamente, o bebé chegou mesmo a ser retirado aos pais, que conseguiram depois recuperar a custódia da filha através de um acordo com a proteção de menores.
Em 1993, Kurt Cobain e Courtney Love atuaram juntos no concerto solidário Rock Against Rape para angariar fundos para vítimas de abusos sexuais em Los Angeles. As relações entre o casal deterioriar-se-iam pouco depois e o casamento terminou com a morte trágica do líder dos Nirvana em abril de 1994.
Em 2006, quando contava 14 anos, Frances Bean vestiu as mesmas calças de pijama que o pai levou ao casamento numa sessão fotográfica para a revista Elle.
O casamento mais “tóxico” dos anos 90 foi há 25 anos. Ela pintou os lábios, ele foi de pijama
O jornal Seattle Times postou um artigo sobre o novo livro autobiográfico da baterista do HOLE, Patty Schemel. Confira:
A parte mais triste do livro de Schemel é quando ela fala do seu uso de drogas e se movendo lentamente para o centro do palco para a realização dos shows. Ela não pegou dicas de composições com o ex-frontman do NIRVANA, Kurt Cobain, mas aprendeu com ele como ganhar mais sedativos ao passar pela desintoxicação. As dicas para viagens incluem observações como: “Eu simplesmente carregava uma seringa pré-carregada no meu bolso para que eu pudesse usar no avião". Relações comerciais e amizades ficaram no meio do caminho, mas como poderia ser de outra forma? Schemel deixou claro que o seu relacionamento principal era sempre com substâncias ilícitas, como evidenciado pelos títulos de alguns capítulos em seu livro: "Como comprar drogas em New York" e "A arte da desintoxicação em 04 dias".
Schemel também falou em entrevista sobre o seu vício:
"Os meus pais eram alcoólatras, então fiquei predisposta ao alcoolismo. Quando uma criança começa a se sentir estranha, desajeitada e gay, descobri a bateria e ela foi a minha 1ª droga, sabe? Então, eu tomei a minha primeira bebida aos 12 anos de idade e senti quando ela atingiu o meu corpo. Nunca pensei que isso me levaria a usar heroína algum dia, mas uma droga leva a outra, certo? Em 1º lugar, a heroína é como um cobertor ou como a sua mãe lhe abraçando quando somos crianças... Mas a felicidade é temporária e se torna sombria rapidamente, e é quando você percebe que possui uma ‘perseguição’ para voltar àquele sentimento novamente".
O novo vocalista do STONE TEMPLE PILOTS, Jeff Gutt, visitou o túmulo do eterno frontman do SOUNDGARDEN, AUDIOSLAVE e TEMPLE OF THE DOG, Chris Cornell, conforme noticiado por ele mesmo em rede social.
Gutt também falou de quando se juntou ao STONE TEMPLE PILOTS em uma nova entrevista para o site Oakland Press.
"Eu demorei um tempo para me acostumar com a ideia, sabe? Eu estava apenas sentado à margem de tudo, assistindo o desdobramento das notícias e já sabendo o que aconteceria antes de qualquer outra pessoa. Eu sabia que tinha um segredo que estava prestes a revelar, o que foi muito legal”.
"É um sentimento muito estranho, mas ao mesmo tempo sou abençoado e muito honrado. É como juntar-se ao LED ZEPPELIN da minha geração e sinto que estou vivendo num filme".
"Eu realmente não sinto essa pressão. Eu estava estudando Scott Weiland (vocalista original) quando comecei a cantar e aprendi muito escutando ele. Foi divertido incorporar todas essas coisas à minha maneira e ainda cantar de acordo com Scott, e realmente mantendo isso tão verdadeiro quanto pude".
Confira a performance do 1º show do STONE TEMPLE PILOTS com o seu novo vocalista, da canção "Still Remains" (lançada no 2º álbum de estúdio em 1994, "Purple") e realizada agora no dia 14 de Novembro/2017 em Los Angeles:
vocalista e guitarrista do Queens Of The Stone Age, Josh Homme, citou Malcolm Young, guitarrista do AC/DC falecido no último sábado (18), como uma de suas grandes influências, especialmente nos primeiros tempos de sua banda. A afirmação foi feita em entrevista à Mojo.
Segundo Josh Homme, Malcolm Young foi sua grande referência quando ele deixou o Kyuss para integrar o Screaming Tress. Nesta banda, capitaneada por Mark Lanegan, Josh tocava a guitarra rítmica e precisava desempenhar um estilo um pouco diferente.
"Queria ver como é tocar somente uma coisa até você se perder em transe. Tocar uma nota é muito mais difícil do que tocar 50. Foi o que aprendi (no Screaming Trees), porque eu tocava base, tentava soar como Malcolm Young, tocando um riff como um robô", afirmou.
Além de influenciar o período de Josh Homme no Screaming Trees, a sonoridade de Malcolm Young também foi importante no início do Queens Of The Stone Age. "Então, estava com o primeiro disco do Queens composto, aquela coisa de transe robótico, então meu amigo Hutch, nosso engenheiro de som que me apresentou tantas bandas, me mostrou Can, Neu!, Wire... eu fiquei tipo 'o quê?' e me desanimei bastante", disse, em menção a bandas de krautrock que acabaram influenciando ainda mais o som do QOTSA.
Durante uma recente entrevista com o jornalista Adam Buxton, o frontman do QUEENS OF THE STONE AGE, Josh Homme, falou sobre ter sido preso num aeroporto no passado. Segue alguns trechos:
"Eu já fui preso num aeroporto, sabe?"
"Eu disse aos policiais que eles deveriam melhorar em muitas coisas, mas só falei isso quando já estava algemado. Na noite anterior, eu tinha dado uma festa na minha casa para comemorar o meu aniversário e o meu amigo Jesse Hughes (vocalista da banda paralela de Homme, EAGLES OF DEATH METAL) havia me dado um presente, que era uma varinha desmontável e que os policiais pensaram que poderia ser usado como uma arma, tipo um bastão, sabe? Eu tinha que viajar na manhã seguinte para uma turnê e foi quando o sinistro aconteceu...”
“Jesse havia colocado o meu presente na minha mala para viagem. Então, de manhã eu apenas peguei as minhas coisas, fui ao aeroporto e falei para os policiais: ‘Isso aqui foi um presente que eu ganhei na minha festa de aniversário noite passada. Eu sei que parece meio estranho, mas é estranho para vocês? Sério, podem ver os meus documentos e estão sentindo como eu ainda estou fedendo a bebida alcoólica?’”
“Claramente eu não tinha dormido naquela noite e não tinha feito nada ilegal. Entreguei os meus documentos ao policial e foi quando caiu a minha ficha, tipo: ‘Meu Deus, fiquei 01 ano mais velho!’ Foi quando eu falei para eles cara a cara que de fato, o mal-entendido era deles. Então, eu acabei indo para a prisão".
"No caminho à delegacia eu falei para eles que gostaria de desabafar certas coisas. Expliquei tudo o que tinha para falar do meu próprio jeito, mas não foi uma boa idéia, sabe? Levei alguns chutes na costela".
O guitarrista do SONIC YOUTH, Lee Ranaldo, deu uma entrevista para o site Spinner e falou um pouco sobre a sua banda - em hiato desde 2011, sendo que o último show foi aqui no Brasil, no SWU Festival em São Paulo.
Segue logo abaixo alguns dos principais pontos dessa entrevista:
Jornalista: Por que você sempre foi o que menos cantava dos 03 vocalistas do SONIC YOUTH?
Lee Ranaldo: Eu não sei, isso meio que sempre foi ao acaso... Acho que no começo Thurston e Kim (guitarrista e baixista) eram os vocalistas dominantes da banda e apesar de eu ter cantado também em outros grupos anteriores ao SONIC YOUTH, sempre diferi deles em muitos termos em relação a quem estava cantando a maioria das músicas. Em algum momento o conceito inicial da banda foi de Thurston e eu realmente apenas me distanciei dos 02 como cantores mais potentes de alguma forma..., ou apenas mais dominantes.
Jornalista: Como foi fazer a última turnê da banda em 2011 pela América do Sul, sendo que Kim e Thurston haviam se separados durante essa turnê? Como isso afetou a continuidade dessa turnê final? Era algo que já ocorria há tempos ou foi uma surpresa para você?
Ranaldo: Bem, não foi tão repentina para mim como foi em termos de imprensa. Na verdade, a turnê foi muito boa e esta situação realmente não afetou tanto assim as coisas na banda. Foi uma turnê ótima no geral, quero dizer, teve um pouco de cuidado e algumas situações diferentes com as viagens, você sabe, porque eles não estavam mais dividindo o mesmo quarto de hotel e qualquer coisa do tipo... Eu diria que, no geral, os shows foram muito bons. Isso meio que transparece o que acontecerá no futuro a partir de agora, porque certamente aqueles foram os últimos shows do SONIC YOUTH por um bom tempo e vamos deixar as coisas desse jeito, sem forçar ou apressar ninguém só para ver o que o futuro nos aguarda...
Jornalista: Você está otimista a respeito do futuro da banda?
Ranaldo: Eu estou otimista a respeito do futuro, não importa o que aconteça. Quero dizer, todo grupo traça o seu rumo, certo? Estivemos juntos por muito mais tempo do que qualquer um de nós jamais esperaria e a maior parte disso foi um passeio incrivelmente prazeroso. Ainda há muita coisa que continuaremos a fazer, há toneladas e toneladas de projetos arquivados e coisas que ainda estão rolando, então há muitas formas em que estamos presos uns aos outros para o futuro, seja musicalmente ou em outras maneiras. Eu apenas estou feliz agora em deixar o futuro tomar o seu rumo e sinto que estou agradecido por ter feito parte do SONIC YOUTH por 30 anos.
Confira o vídeo clipe da música "Sunday", lançada no 10º álbum de estúdio do SONIC YOUTH, "A Thousand
Ed O'Brien, guitarrista do RADIOHEAD, falou de quando saiu uma noite com Eddie Vedder (vocalista do PEARL JAM) e ficou "assustado" devido à sua insegurança - em uma nova entrevista para o site Music Radar.
"É como na vida em geral... Durante séculos, as pessoas chamaram esses momentos de ‘noite sombria da alma’. Eu acho que o processo criativo reflete a pessoa completamente do jeito que ela é e você tem aqueles certos momentos na vida em que acha que não pode fazer tal coisa, onde você só tem que esperar o negócio acontecer, sabe? É tudo o que você pode fazer nessas horas...”
"Me lembro de uma vez em que estava na Nova Zelândia onde iríamos tocar junto com o cantor NEIL FINN e foi quando eu conheci Johnny Marr (guitarrista da banda THE SMITHS), sendo que Philip Selway (baterista do RADIOHEAD) chegou até nós com vários artistas famosos junto com ele, entre eles, Eddie Vedder. Na 1ª noite que saímos fiquei um pouco assustado com a companhia musical que estava ao nosso redor... Eu era uma pessoa bastante insegura naquela época e não estava ajudando muito eu estar fumando um grande baseado de maconha”.
"Mas depois de 02 dias curtindo percebi que não me importava mais com a situação. Eu acho que todos conseguem isso num certo momento, sabe? Você entende que pode crescer a partir desses momentos e dos grandes desafios na vida... Enquanto você não desistir, essa é a chave da coisa. Se trata de uma prova para aguentar e o que eu aprendi também é que devemos estar sempre abertos às situações. Não sinta pena de si mesmo e tenha conhecimento que é apenas uma parte do processo. No começo não é uma situação fácil e você pode não dormir naquela noite, mas tudo vai ficar bem depois... Você vai olhar para trás e só vai se lembrar dos bons momentos".
Em um novo artigo da revista MOJO sobre a performance do NIRVANA no famoso Reading Festival em 1992 (Inglaterra), o frontman do MELVINS, Buzz Osbourne, revelou que Kurt Cobain lhe contou no show final do Nirvana em 1994 – ocorrido na Alemanha - que ele preferia ser um artista solo do que ficar tocando com Dave Grohl (baterista) e Krist Novoselic (baixista).
MELVINS estava abrindo os shows do NIRVANA naquela turnê europeia.
Buzz Osbourne: A última coisa que ele me disse naquele último show do NIRVANA foi... Ele ainda estava no palco, olhou para os outros 02 caras da banda (Krist e Dave) e na sequência, Kurt se virou para mim e disse: "Eu deveria apenas estar em carreira solo". Então, me diga você o que isso significa? O Reading Festival em 1992 foi outro prego no caixão e não fiquei nada feliz com aquilo...
Donita Sparks (vocalista/guitarrista do L7): A reação do público naquela noite no Reading Festival não foi um choque, porque era exatamente o que deveria ter sido com aquele impulso e ataque do NIRVANA. Eu estava sentada ao lado do palco junto com a mãe de Dave Grohl e era apenas vapor o que víamos na nossa frente, sabe? Vindo da platéia, parecia uma coisa incrível mesmo.
Scott Kannenberg (guitarrista do PAVEMENT): Havia um arrepio em nossos ossos, porque finalmente sentíamos que a nossa música estava ganhando. Sim, também éramos parte desta cena inteira que cresceu em torno do rock independente e víamos que naquele momento o rock alternativo era o headliner dos festivais da época... Uma pena, pois não durou muito.
Norman Blake (frontman do TEENAGE FAN CLUB): Não foi surpreendente que as músicas do 1º álbum do NIRVANA, “Bleach” (1989), como “Blew”, “School” e “Negative Creep”, também se conectassem com o público, porque eram canções baseadas em riffs. As pessoas cantam as músicas do WHITE STRIPES em jogos do futebol americano por causa desse tipo de som baseado em riffs, sabe? Havia esta simplicidade com a qual todos poderiam se identificar.
Os membros do SOUNDGARDEN, o guitarrista Kim Thayil e o baterista Matt Cameron, fizeram o seu 1º discurso juntos desde a morte do vocalista Chris Cornell, em um recente evento da Human Rights Watch em parceria com a revista Rolling Stone - realizado em Los Angeles.
O baixista Ben Shepherd não estava presente e Chris Cornell ganhou uma homenagem póstuma com o prêmio da sua canção solo, “The Promise”, apresentado pelo vocalista do SYSTEM OF A DOWN, Serj Tankian.
A viúva de Chris Cornell, Vicky, fez o seu discurso com Thayil e Cameron ao seu lado. Estes são os primeiros comentários públicos de Thayil sobre Cornell desde a sua morte, sendo que a dupla também falou sobre como o SOUNDGARDEN pode se alinhar com eventos de caridade no futuro.
Segue somente alguns trechos dessa entrevista:
Cameron: "Estamos aqui para homenagear o nosso irmão, Chris Cornell, que está sendo premiado nessa noite".
Thayil: "Os direitos das crianças e os direitos humanos em geral eram todos muito importantes para Chris. Passamos a maioria dos nossos ensaios falando sobre várias questões, especialmente as coisas que afetam as crianças e os direitos humanos. Eu acho que Chris particularmente enfatizou isso em seu trabalho solo, devido a muitos dos seus trabalhos individuais lidando com a exploração dos mais vulneráveis. Talvez, motivado por qualquer indignação e preocupação com o que escutamos nas notícias para apenas enxergarmos o desprezo geral da crueldade".
Cameron: "Estamos certamente tentando melhorar o mundo com a nossa arte, então, eu acho que é uma maneira de começar o diálogo e o processo em tentar se conectar às questões que são sempre importantes para nós, assim como para outras instituições que abraçam a liberdade e justiça social".
Thayil também falou sobre as influências das composições de Cornell e do SOUNDGARDEN:
"Há tantas idéias e temas musicais que ele poderia cobrir liricamente ou musicalmente, e eu acho que isso é fundamentalmente o que abordamos. São várias idéias musicais diferentes e poderia ser qualquer coisa da vida diária ou dos relacionamentos mais profundos e preocupantes. Eu acho que o tipo de música que escrevemos nem sempre se presta às óbvias questões sociais e políticas, sendo que o nosso tema é um prisma mais amplo e as questões e preocupações específicas da Human Rights Watch podem não ser geralmente temáticas ao nosso trabalho, mas com certeza está dentro do nosso prisma e não é limitado”.
Lá em 2014, Toby Wright – produtor do ALICE IN CHAINS nos discos “Jar of Flies” (4º trabalho de estúdio, 1994), “Alice in Chains” (5º trabalho de estúdio, 1995) e da apresentação acústica para a MTV em 1996 – havia sido entrevistado pelo site Jetcitystream e falou um pouco sobre o seu trabalho com a banda.
Confira somente alguns trechos do que foi dito:
"A única idéia que a banda tinha quando foram gravar o EP ‘Jar of Flies’, era que o guitarrista Jerry Cantrell já tinha pronto a base para o refrão da canção 'No Excuses' e só. Tudo o que foi gravado nesse disco o grupo compôs, escreveu, gravou e mixou em apenas 10 dias".
"O vício do vocalista Layne Staley não era aparente em nada nele durante as sessões de gravação do EP ‘Jar of Flies’”.
"A banda estava compondo as músicas para esse EP e eles mandavam as fitas para Layne escutá-las, sendo que depois ele aparecia no estúdio com as melodias e vocais prontos. Ele também apresentou as harmonias, o que me espantou positivamente".
"Disse para o grupo que o dueto vocal entre Jerry Cantrell e Layne Staley me lembrava o dueto entre John Lennon e Paul McCartney”.
"Durante a apresentação da banda no acústico da MTV, eu comecei a chorar em algumas canções porque fiquei emocionado com a performance. Eu sabia que aquele seria um dos últimos shows do ALICE IN CHAINS – pelo menos com Layne nos vocais - e que essa questão também havia sido discutida pelo próprio grupo devido à saúde debilitada de Layne".
Confira a apresentação do ALICE IN CHAINS no acústico da MTV com a música "Nutshell", depois de quase 03 anos sem subirem aos palcos. O grupo abriu a sua performance com essa canção e a mesma foi lançada no EP "Jar of Flies":
Jeff Gutt é a nova voz dos Stone Temple Pilots Confira a primeira música inédita em quatro anos, "Meadow", o novo vocalista, Jeff Gutt, foi ex-integrante da banda Dry Cell que participou da edição norte-americana do "The X Factor" em 2013.
Inicialmente pareceu que "Meadow" seria o novo álbum da banda, mas agora não está claro se é "apenas" o novo single ou se será também o título do novo trabalho, que deve sair em 2018.
Billy Corgan é um músico que definitivamente não tem papas na língua. O cara nunca se absteve de falar o que pensa e inúmeras vezes nadou contra a maré, seja isso algo bom ou algo ruim. Agora, o cantor mostrou um pouco mais de seu lado imprevisível ao imediatamente defender o Nickelback em uma entrevista.
O momento aconteceu enquanto Corgan participava do programa The Joe Rogan Experience para falar sobre seu novo álbum solo, Ogilala. Em determinado momento da entrevista, Rogan resolveu tirar sarro da banda de Chad Kroeger e, em defesa ao grupo canadense, Corgan chamou Kroeger de “um compositor incrível”, de acordo com o Exclaim.
Além disso, Corgan ainda afirmou que o grupo era muito bom e os comparou à… pornografia. “Eu não conheço o suficiente sobre o mundo deles, mas eu não acho que exista algo errado se é isso que você quer ser”, comentou.
" O pop é baseado na satisfação. Eu já disse várias vezes que pop é pornografia. É pornografia, eles querem fazer você sentir prazer. Só se trata de como eles vão fazer isso."
Eu só não estou muito preocupado em te fazer sentir prazer, só isso.
Será que isso abre a possibilidade de uma turnê conjunta do Smashing Pumpkins com o Nickelback em 2018? Só o tempo dirá.