sábado, 31 de março de 2018

Chris Cornell: depoimento emocionante sobre Kurt Cobain


Lá em 2013, o frontman das bandas SOUNDGARDEN, AUDIOSLAVE e TEMPLE OF THE DOG, Chris Cornell, havia sido entrevistado pelo canal de TV americano CNN e falou sobre a morte de Kurt Cobain.

Seguem alguns trechos:

“Eu me lembro de quando Kurt e o NIRVANA estavam na capa da revista Rolling Stone, sendo que ele estava usando uma camisa que estava escrito: 'Revistas corporativas ainda são uma merda'. Pensei, foi ótimo que ele usou essa camisa e que saiu na capa da revista, mas devemos lembrar que ele também apareceu para as sessões de foto, fez as entrevistas e concordou de todo o coração e feliz em estar na capa da revista Rolling Stone".

“Então, por que ele não se distanciou da revista fazendo o que estava escrito em sua camisa? Nós todos de Seattle - inclusive eu - tivemos essa crise de espírito e Kurt atirando em si mesmo foi provavelmente o extremo da situação”.

Depois de descrever o momento como algo muito surreal - quando ficou sabendo da morte de Cobain - Cornell observou que: “De certo modo, todos poderíamos nos consolar com o fato de termos nascido dessa ideia de que tocamos música sombria e melancólica. Em certo sentido, a nossa identidade foi moldada pela banda que cada um tinha e que criou uma trilha sonora para esse tipo de cenário estranho e horrível”.


Em 2007, Cornell disse ao famoso radialista Howard Stern: “Eu tive amigos que morreram antes da morte de Kurt, sabe? A diferença é que a maneira que Kurt fez foi uma espécie de reviravolta em nossas vidas, mas fora isso, eu já havia passado por situações assim antes... É uma pena e é muito triste para a filha dele e para os fãs, mas realmente foi uma coisa muito pessoal e um empecilho para todos nós. Claro que eu gostaria que isso não tivesse acontecido e também acho que se ele tivesse aguentado por uns 06 meses ou dado um tempo com a banda, 06 meses depois ele poderia ter sido um cara completamente diferente do que era”.


rockinthehead

sexta-feira, 30 de março de 2018

Smashing Pumpkins: anunciando oficialmente o novo baixista!


O frontman e baterista do SMASHING PUMPKINS, Billy Corgan e Jimmy Chamberlin, compartilharam recentemente em rede social um vídeo clipe da banda, que foi a canção "Siva" (lançada no 1º álbum de estúdio em 1991, "Gish").

Apesar do vídeo apresentar a formação original do grupo, Corgan não mencionou a baixista D'arcy no post do vídeo (que não vai fazer parte da turnê de reunião do grupo) e em vez disso, anunciou pela 1ª vez quem será o baixista da banda, Jack Bates (filho do baixista das bandas JOY DIVISION e NEW ORDER, Peter Hook).

Segue a postagem de Corgan:

“De muitas maneiras, a música onde tudo começou, 'Siva'”.

No mesmo post, Chamberlin também escreveu: “Estranhos em um mundo estranho nós estávamos. Lojas de brechó e sonhos do rock'n roll!".

Confira o vídeo clipe da música "Siva":


                                                             rockinthehead.com

Stone Temple Pilots: confira a magnífica performance na rádio KROQ


A banda grunge fez uma performance na famosa rádio KROQ de Los Angeles, com um setlist de 09 músicas e que foi realizada nesta Sexta-feira passada, 23/03/18.

Promovendo o seu novo álbum de estúdio lançado agora em Março/2018 - 7º disco da discografia e que leva o mesmo nome da banda - o grupo apresentou um belo show.

Confira o setlist desse concerto logo abaixo, seguido do vídeo com a performance da clássica canção "Vasoline", lançada no 2º álbum de estúdio em 1994, "Purple":

Setlist:

1. Wicked Garden
2. Vasoline
3. Meadow
4. Big Empty
5. Plush
6. Interstate Love Song
7. Dead & Bloated
8. Sex Type Thing
9. Trippin' on a Hole in a Paper Heart


rockinthehead


Nirvana: Dave Grohl comenta sobre primeira apresentação no SNL


Dave Grohl falou sobre a 1ª performance do NIRVANA no famoso programa de TV Saturday Night Live

Em entrevista para um especial do próprio programa, Dave disse que estava esperando por aquele momento durante toda a sua vida, mas ele quase pirou quando num certo momento da apresentação ele quebrou a sua baqueta.

"FOO FIGHTERS já tocou 07 vezes no Saturday Night Live, promovendo o 1º, 3º, 4º discos e outras vezes.. Quando o NIRVANA se apresentou pela 1ª vez no programa, estávamos no andar de baixo num vestiário minúsculo, sabe?".

"Eu estava esperando por esse momento a minha vida inteira, cara! Era um sonho de criança tocar um dia no Saturday Night Live... Às vezes, quando você está com medo e a sua adrenalina está bombando, você começa a literalmente bater na porra do seu instrumento, sabe?"

"Começamos com a canção 'Smells Like Teen Spirit' e você sabe, logo no início eu faço aquela introdução na bateria e a minha baqueta esquerda quebrou, cara... Em segundos, troquei de baqueta e esses são alguns momentos que passamos na vida real".

Confira essa performance eletrizante do NIRVANA no Saturday Night Live em Janeiro/1992, da música "Smells Like Teen Spirit". Neste mesmo dia, o NIRVANA havia alcançado


                                                                       whiplash.net

Alice in Chains: um pouco sobre o disco The Devil Put Dinosaurs Here


ALICE IN CHAINS anunciou as datas de turnê para a 2ª perna nos EUA, que vai começar no dia 22 de Agosto/2018 em Vancouver. As novas datas fazem parte da turnê mundial, onde a banda grunge vai visitar todo os EUA e Europa.

A banda conta com William DuVall (vocalista/guitarrista), Jerry Cantrell (guitarrista), Sean Kinney (baterista) e Mike Inez (baixista), e estão atualmente colocando os últimos retoques no tão aguardado novo álbum e que sucede o disco criticamente aclamado de 2013, “The Devil Put Dinosaurs Here” (7º trabalho de estúdio). Este álbum estreou em 1º lugar no ranking da Billboard e em vários outros veículos, sendo que os seus 02 primeiros singles, as músicas "Stone" e "Hollow", também atingiram o nº 1 nas tabelas de rock.

A revista Rolling Stone concedeu a esse disco de 2013, 03 de 05 estrelas e o jornal USA Today o elogiou como um álbum de "poder inegável".

A revista Spin havia chamado de "um disco seguro, diversificado e aquecido com ganchos galvanizados" e o site Pitchfork havia dito que é "tão persistente quanto o álbum ‘Dirt’ (3º trabalho de estúdio, 1992)".

O jornal Seattle Times também havia escrito: "Jerry Cantrell, William DuVall, Mike Inez e Sean Kinney continuam desafiando as expectativas e o ALICE IN CHAINS está melhor do que nunca".

O site Consequence of Sound também havia postado: "O disco ‘The Devil Put Dinosaurs Here’ revela em ser apenas um grande álbum. Não há retorno, reconfiguração de formação ou memorial a ser encontrado aqui, apenas lembretes de por que um álbum dessa banda será sempre bem-vindo".

A ser lançado ainda neste ano, o novo disco foi gravado em Seattle pelo produtor Nick Raskulinecz, o mesmo que gravou o último álbum e o seu antecessor, “Black Gives Way to Blue” (6º trabalho de estúdio, 2009). Este último ficou em 5º lugar no ranking da Billboard e gerou 02 singles de sucesso que foram nº 1 nas paradas – as canções “Check My Brain” e “Your Decision” – obtendo ainda 02 indicações ao Grammy e também sendo aclamado pela crítica.

Ao longo de sua notável carreira, o ALICE IN CHAINS conquistou várias indicações ao Grammy, vendeu mais de 30 milhões de álbuns em todo o mundo e acumulou uma base de fãs internacionalmente, cujos membros são milhões em redes sociais. Eles continuam sendo uma das mais bem sucedidas e influentes bandas de rock de todos os tempos.

A mega turnê do ALICE IN CHAINS para 2018 irá iniciar em Abril e vai até Setembro.


                                                                     whiplash

NIRVANA, PEARL JAM, RUSH: ROCK AND ROLL HALL OF FAME IRÁ LANÇAR SEUS SHOWS EM DVD


Rock and Roll Hall of Fame anunciou que lançará 53 das mais icônicas apresentações que já aconteceram durante seus eventos.

A série The Rock and Roll Hall of Fame: In Concert será lançada no dia 24 de Abril e disponibilizada em diversos formatos: quatro DVDs, dois Blu-Rays e cinco álbuns digitais, segundo a Billboard.

Os vídeos contarão com sets e discursos que aconteceram durante as cerimônias de introdução dos anos de 2010 a 2017. Apresentações como Green Day, Pearl Jam, Joan Jett & The Blackhearts, Ringo Starr, Bruce Springsteen & The E Street Band, Red Hot Chili Peppers, Rush e a homenagem ao Nirvana com Joan Jett, Kim Gordon, Annie Clark e Lorde cantando no lugar de Kurt Cobain estarão presentes no lançamento.

Sets como Alice Cooper, Heart, The Hollies, The Stooges, Tom Waits e muito mais também estarão disponíveis nos álbuns digitais.

Esse ano, o Rock and Roll Hall of Fame acontecerá no dia 14 de Abril e homenageará artistas como Bon Jovi, Dire Straits, Nina Simone e The Cars.


wikimetal


Westworld: ao som de Nirvana, segunda temporada ganha trailer oficial


Westworld é uma série da HBO que teve a sua primeira temporada indo ao ar em 2016 e foi um sucesso de público e crítica.

No próximo dia 22 de Abril a segunda temporada começa a ir ao ar e agora um novo trailer oficial da mesma foi disponibilizado pela HBO.

Com uma trilha de dar inveja que tem versões ao piano de nomes como Radiohead, Soundgarden, The Rolling Stones e mais, Westworld apostou agora em uma releitura incrível de “Heart-Shaped Box”, do Nirvana.

Você pode assistir ao trailer logo abaixo.


A série criada por Jonathan Nolan e Lisa Joy foi inspirada no filme de mesmo nome lançado em 1973, escrito e dirigido por Michael Crichton.


Além de Nolan e Joy como produtores executivos, a atração ainda conta com J. J. Abrams, Jerry Weintraub e Bryan Burk, e se passa em um parque chamado Westworld, que apesar da temática de Velho Oeste tem tecnologias avançadas e uma população formada por androides.



tenhomaisdiscosqueamigos

Nirvana: A quais shows de outras bandas eles compareceram ao longo dos anos?


Esta é uma pequena lista de compilações encontradas em entrevistas, trechos de livros, menções em artigos de internet e postagens pessoais de pessoas que foram próximos à banda, onde mencionam os shows que os membros do Nirvana foram apreciar e, quem sabe, de alguma forma contribuíram para a formação músical de seus membros. Agradecimentos à todo o pessoal do LiveNirvana que contribuiu, cada um em sua parte, para juntar as peças deste quebra-cabeça.

Segue uma pequena lista, com alguns detalhes, sobre os shows que os membros do Nirvana assistiram.

1980's - Sammy Hagar (primeiro show em que Cobain compareceu)

1980's (1984?) - Black Flag (comparição de Cobain)

1980's - Melvins (Cobain era roadie da banda, em determinado período)

1980's - Scream (antiga banda com Dave Grohl na bateria; Cobain compareceu anterior ao momento em que a banda se desfez)

1986 Junho 13 - Melvins / Danger Mouse, The Creepers, The Primitives, Wheel Of Misfortune no Industrial Noise, Tacoma, WA (Cobain compareceu ao show)

1982/1983 - Aerosmith (Cobain compareceu ao show)

1984 - Melvins ao vivo na rádio KAOS (Novoselic foi roadie da banda na época)



1987 Março 06 - Melvins / 64 Spiders em Ditto Tavern, Seattle (Cobain compareceu ao show)

1987 Maio 23 - Redd Kross no Crescent Ballroom, Tacoma, WA (Cobain e Novoselic compareceram, não demonstrando interesse pela apresentação, de acordo com o baterista Dale Crover)


1987 Setembro 06 - Roy Orbison no Bumbershoot Festival, Seattle Center, Seattle, WA (Cobain compareceu ao show)

1987 Dezembro 12 - Subvert no Community World Theater, Tacoma, WA (Cobain e Novoselic compareceram ao show, de acordo com o amigo pessoal John Purkey, dono do canal de YouTube "the Observer")

1988 - Ozzy Osbourne / Anthrax (Grohl compareceu ao show)

1988 Maio 06 - Malfunkshun no Community World Theater, Tacoma, WA (Cobain compareceu ao show)

1988 Maio 18 - Mudhoney / White Zombie no Vogue, Seattle, WA (Cobain pode ser visto em uma fotografia postada no perfil do White Zombie no Facebook)

1988 Agosto 26 - Santana / The Grateful Dead (Novoselic compareceu ao show)

1988 após Agosto - Steve Jesse Bernstein (Cobain era um grande fã do artista, de acordo com Alice Wheeler)

1988 Setembro 19 - Rollins Band em Paradiso, Amsterdam, Holanda (Grohl compareceu ao show)

1988 Novembro 17 - Jane's Addiction em Seattle (Novoselic compareceu ao show)


Agosto de 1987 - Big Black (último show; Cobain estava presente. Existe o vídeo deste show e muitos apontam, em certa parte da filmagem, que era o próprio Cobain assistindo o último concerto da banda de Steve Albini; Mark Arm do Mudhoney e Charles Peterson também podem ser vistos)


1989 Fevereiro 13 - Soundgarden / Mudhoney / Dope (Kurt e Chad Channing podem serem vistos em uma recente foto divulgada em 2018 na apresentação do Soundgarden)

1989 Primavera - Steve Jesse Bernstein em Seattle (de acordo com Alice Wheeler)

1989 Julho 14 - Mudhoney / Sonic Youth no The Ritz, New York, NY (Nirvana compareceu ao show, enquanto Jason Everman, ainda membro do Nirvana, compareceu ao show do Prong)

1990 Julho 13 - Mudhoney no Chambers Prairie Grange No. 191, Olympia, WA (Kurt esteve presente; existe o vídeo do show)

1990 Outubro 27 - Village People / Sweet no Union Station (Cobain compareceu ao show)

1990 Março 07 - Jesus Lizard no Vogue, Seattle, WA (Krist Novoselic pode ser visto no vídeo)


1991 - Metallica / Guns N' Roses (Krist Novoselic e Dave Grohl estiveram presentes)

1991 - Shonen Knife (Cobain compareceu ao show)

1991 Abril 11 - Neil Young / Sonic Youth no Coliseum, Seattle, WA (Krist Novoselic esteve presente)

1991 Maio 17 - L7 / Butthole Surfers / Redd Kross no Hollywood Palladium

1991 Agosto 22 - Hole / Mudhoney / Captain America (toda a banda compareceu)


1991 Setembro 22 - Melvins no show em Rat, Boston (onde Cobain conheceu Mary Lou Lord e teve um pequeno caso)

1991 Novembro 24 - Hole (show onde o Nirvana cancelou o seu show para comparecer à apresentação da banda de Courtney Love)

1991 Dezembro 10 - Hole no Newport, TJ, Wales (Cobain, onde supostamente pediu Courtney Love em casamento)

1991 Dezembro - Screamin' Jay Hawkins, Paris (Novoselic compareceu ao show)


1992 - Bjorn Again em Melbourne, Australia (Nirvana compareceu ao show)

1992 - The Breeders no Capitol Theater, Olympia, WA (Cobain compareceu ao show)

1992 Agosto 28 - Henry Rollins (rumores que toda a banda compareceu)

1992 Setembro 20 - Pearl Jam no Magnuson Park, Seattle, WA (Novoselic e Grohl podem ser vistos em um vídeo publicado)

1992 Outubro 06 - Metallica / Guns N' Roses no Kingdome, Seattle, WA (Krist Novoselic compareceu ao show)

1993 Março 08 - Sonic Youth no Paramount, Seattle, WA (Cobain e Love compareceram ao show)

1993 Julho 01 - Leonard Cohen (Novoselic e Cobain compareceram ao show)

1993 - Melvins (Cobain disse em uma entrevista em que estava tentando assitir ao show da banda, porém foi incomodado pelos fãs)

1993 Julho 09 - PJ Harvey no Under The Rail, Seattle, WA (Cobain compareceu de pijamas; Courtney não estava presente; Cobain a convidou a se juntar na turnê com o Nirvana, do qual foi recusado. O técnico do Nirvana, Earnie Bailey, disse que Courtney ficou muito incomodada pelo interesse de Kurt em PJ Harvey)

1993 Julho - Hole - Off Ramp Cafe, Seattle (rumores dizem que Cobain compareceu totalmente desvitalizado neste show)

1993 Julho 08 - Stone Temple Pilots / Butthole Surfers no Seattle Center Arena, Seattle, WA (Cobain compareceu ao show)

1993 Julho 22 - Melvins no Presidential Suite, Sheraton Hotel, New York, NY (Novoselic pode ser visto no vídeo que circula na internet)

1993 Agosto 13 - Aerosmith no Seattle Center Arena, Seattle, WA

1993 Novembro 11 - Buzzcocks, Cambridge, MA

1994 Abril 05 - Mazzy Star no Moore Theater (Novoselic compareceu ao show)

Eddie Vedder emociona fãs com show solo em São Paulo


Depois de duas incríveis apresentações com o Pearl Jam no Brasil, uma no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, em 21 de março, e outra no festival Lollapalooza, três dias depois em São Paulo, Eddie Vedder reencontrou o público brasileiro nesta quarta-feira (28), mais uma vez na capital paulista, no Citibank Hall.

Trata-se do primeiro show de uma série de três que o músico faz até esta sexta-feira (30) na casa de espetáculos paulistana. Essas apresentações são bastante aguardadas pelo ar intimista que é levado ao palco. Num cenário vintage, Vedder surgiu cantando para o público “Share The LIght”, sua música de abertura. Já no início explicou que mostraria um repertório que destacaria perdas. “Nos últimos anos perdi pessoas importantes, amigos e heróis”, comentou, sem citar Chris Cornell.

Ao longo do show fez homenagem a Tom Petty, mandando uma versão de “Wildflowers”, dentro de um setlist repleto de covers, como “Millworker”, de James Taylor, “Bad”, do U2, e até mesmo “Should I Stay or Should I Go”, do The Clash. Mas todas as canções no estilo Eddie Vedder de cantar, o que torna esse tipo de performance muito emotiva.

A atitude, principal marca desses seus shows solos, esteve presente em forma de manifestação antiarmas ao tocar a cover de “Masters Of War”, hino que marcou a Guerra do Vietnã, composto por Bob Dylan. “Fabricam armas e acham que com isso nos trarão segurança. Mas as coisas hoje são diferentes”, comentou o cantor que, na sequência, convidou o público a ascender seus celulares para cantar em coro o clássico “Imagine”, de John Lennon.

As músicas do Pearl Jam não faltaram e ficaram longe de ser os sucessos óbvios da banda. “I Am Mine”, “Long Road”, “Just Breathe”, “Sometimes”, “Light Years” e “Porch” ganharam facilmente o acompanhamento da plateia, assim como canções do repertório próprio de Vedder, como a excelente “Guaranteed”.

Foram pouco mais de duas horas de show com um setlist de 27 músicas que pareciam conter recados especiais para cada uma das pessoas, que recebiam de perto a vibração de um dos maiores representantes do rock de todos os tempos. Descrever isso como emoção seria pouco.

No player abaixo você confere um trecho da apresentação de Eddie Vedder solo em São Paulo:
Veja aqui



Setlist de Eddie Vedder no Citibank Hall nesta quarta-feira 28 de março:

1. Share the Light
2. Walking the Cow (Daniel Johnston cover)
3. Long Road (Pearl Jam song)
4. Brain Damage (Pink Floyd cover)
5. Keep Me in Your Heart (Warren Zevon cover)
6. I Am Mine (Pearl Jam song)
7. Wildflowers (Tom Petty cover)
8. Just Breathe (Pearl Jam song)
9. Sometimes (Pearl Jam song)
10. Without You
11. Far Behind
12. Guaranteed
13. Millworker (James Taylor cover)
14. Rise
15. Hurt (Nine Inch Nails cover)
16. Wishlist (Pearl Jam song)
17. Light Years (Pearl Jam song)
18. Crazy Mary (Victoria Williams cover)
19. Bad (U2 cover)
20. Immortality (Pearl Jam song)
21. Masters of War (Bob Dylan cover)
22. Imagine (John Lennon cover)
23. Porch (Pearl Jam song)
Bis
24. Sleepless Nights (The Everly Brothers cover) (with Glen Hansard)
25. Society (Jerry Hannan cover) (with Glen Hansard)
26. Should I Stay or Should I Go (The Clash cover)
27. Hard Sun (Indio cover)


www.radiorock.com.br

Em 19/03/1988: O primeiro show com o nome Nirvana

Há 30 anos, a banda que havia alcunhado o título de seu grupo em tempos anteriores como "Fecal Matter", "Bliss", "Ted Ed Fred", "Pen Cap Chew", se anuncia e apresenta pela primeira vez como "Nirvana", em um show no Community World Theater, em Tacoma, Washington, no dia 19 de Março de 1988.

O baterista na época era Dave Foster e é perceptível seu estilo nas canções, diferenciando de Dale Crover e Chad Channing, rendendo elogios de usuários no YouTube sobre sua performance.


A fita foi encontrada e liberada em circulação através dos esforços dos membros do forum LiveNirvana em Abril de 2006, por pesquisas através de jornais, pessoas que frequentaram o show ou até mesmo por quem conviveu nas proximidades, na época em que banda se apresentava localmente em cidades vizinhas. A fita foi digitalizada em equipamento profissional de alta fidelidade, de forma a preservar na melhor qualidade possível, do qual a comunidade tem crescido sua notoriedade pelo esforço em equipe a preencher lacunas da história da banda. Mesmo tendo pouca notoriedade, esta gravação foi capturada direto da mesa de som, garantindo uma melhor acuidade sonora, apesar de não ser feita com o intuito promocional.

A performance é comumente encontrada na internet e pode ser ouvida também pelo YouTube.


                                                                 whiplash.net

quinta-feira, 29 de março de 2018

Stone Temple Pilots: o que o baixista pensa a respeito de Billy Corgan?


O baixista Robert DeLeo e o vocalista Jeff Gutt (ambos do STONE TEMPLE PILOTS), foram recentemente entrevistados pelo programa de rádio Talk is Jericho.

Quando o entrevistador citou o movimento grunge e o frontman do SMASHING PUMPKINS, Billy Corgan, DeLeo fez grandes elogios ao ícone dos anos 90.


"Billy Corgan..., eu amo o SMASHING PUMPKINS, sabia? É uma grande banda e Billy é uma pessoa muito, muito talentosa".

 Quando o vocalista original do STONE TEMPLE PILOTS, Scott Weiland, faleceu em Dezembro/2015, Billy Corgan havia postado em rede social uma emocionante homenagem a ele, chamando-o de: "Uma das 03 melhores vozes de nossa geração, junto com Kurt Cobain e Layne Staley".

 Então, DeLeo falou como ele realmente não se sentia muito grunge com o STONE TEMPLE PILOTS, especialmente quando se tratava do estilo musical.

 "No início, nós estávamos fazendo coisas que havia nos influenciado, como o LED ZEPPELIN e os discos da gravadora Motown, sabe? Eu não entrei na música para fazer parte da cena, estávamos apenas seguindo o que tínhamos aprendido".


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Nirvana: produtor de "In Utero" explica como foi o processo de gravação do disco

O jornalista Nardwuar entrevistou recentemente Steve Albini, produtor do último álbum do NIRVANA, "In Utero" (4º trabalho de estúdio, 1993), e falou sobre terem ateado fogo na bunda de Dave Grohl e outros assuntos.

 “Para comemorar o término da gravação do disco, resolvemos atear fogo em nossas calças e coisas do tipo. Há fotos de Dave Grohl pela internet com a bunda dele pegando fogo..."


“Bem, quando o NIRVANA resolveu me contratar para gravar o disco 'In Utero', eu não estava particularmente familiarizado com o álbum 'Nevermind' (2º disco, 1991). Quero dizer, eu o ouvi, porque foi meio que inevitável na época devido ao seu grande sucesso, mas não tinha escutado de uma forma mais profunda, prestando atenção na mixagem, produção e etc... Então, para produzir 'In Utero', eu fui criando um éter ao meu redor".


"Eu não tive nenhum problema em particular com o disco, porque não estava louco pela banda na época com aquele tipo de apreciação bajuladora por causa do sucesso que tinham no mundo inteiro. Parecia um pouco insano para mim, tipo, viver aquela experiência de Beatlemania, sabe? Nunca foi da minha personalidade ser assim, porque eu costumo reagir contra a coisas desse tipo, ao invés de embarcar com elas... Então, eu reagi de forma instintiva ao produzir o disco 'In Utero'".


"A ideia por trás desse álbum era apenas deixar a banda fazer o tipo de disco que eles queriam realmente fazer, sabe? Eles tinham uma perspectiva bastante forte sobre como queriam prosseguir com a música deles e já tinham todas as canções para isso, sendo que Kurt tinha uma estética muito particular em mente".


"Na época, Kurt estava meio que sobrecarregado com os seus problemas de saúde e coisas particulares, sendo que ele tinha muita coisa rodando em sua mente... Eu acho que essas imagens apareceram muito na sonoridade e nas letras desse disco, sabe? Me lembro que antes de tudo, eu procurei deixá-los gravar o álbum que eles realmente queriam fazer, sem interferir”.



Confira o áudio da música "Frances Farmer Will Have Her Revenge on Seattle", lançada no disco "In Utero":

                                                           
                                                                   rockinthehead

Crítica de Música: The Breeders


A história dos The Breeders começa, na verdade, nos desentendimentos de Kim Deal com Francis Black no tempo dos Pixies. Depois de tentativas de agressão em concertos, da reivindicação de Deal de querer assumir um papel mais preponderante na composição das músicas, tornou-se notório que os Pixies eram o recreio de Frank Black e, se Kim Deal queria brincar, a única hipótese era constituir a sua própria banda. Apesar de ter fundado os The Breeders ainda na vigência dos Pixies, só em 1993, com o segundo álbum - Last Splash -, a banda atinge o reconhecimento generalizado, muito devido ao single Cannonball.

Depois disso, a história não é muito rica e ficou essencialmente marcada por um par de álbuns pouco relevantes. Agora, 25 anos depois, a banda volta a reunir-se com o alinhamento que compôs e interpretou Last Splash e o resultado é All Nerve, o seu quinto disco e o primeiro em 10 anos. É impossível ouvir o álbum e não sermos remetidos para as poucas vezes que Kim Deal pôde participar nas composições de músicas dos Pixies, com a Gigantic à cabeça: rock descomplexado, pausas e momentos marcados pela preponderância do baixo, com riffs de guitarra simples mas melódicos e assertivos.

De resto, All Nerve começa em grande - com a sublime Nervous Mary - e continua em modo particularmente inspirado na faixa homónima e em MetaGoth ou Spacewoman. Na segunda metade do disco, é notório um ligeiro declínio mas, ainda assim, acima da média dos dois últimos álbuns. De destacar, também, a forma ímpar como as irmãs Deal - Kim e Kelley - continuam a complementar-se na interpretação vocal das suas canções.

All Nerve é um compêndio de rock alternativo, que remete imediatamente para o início dos anos 90, para o tempo dos Pixies, para a memória dos Nirvana e com um piscar de olho aos pais fundadores, os Sonic Youth. É como se o álbum se tivesse, de facto, cristalizado no tempo, mas sem soar desajustado ou datado.


                                          Por: Filipe Lamelas, sabado.pt

The Breeders: novo álbum reúne a formação clássica


Kim e Kelley Deal, Josephine Wiggs e Jim Macpherson – a formação clássica do The Breeders - está de volta com um novo álbum, All Nerve.

Em 2013, os membros se reuniram em show para celebrar o vigésimo aniversário do álbum Last Splash e decidiram trabalhar em segredo, produzindo material inédito.

O resultado são as 11 faixas lançadas hoje pelo selo 4AD.


whiplash.net


Black Francis fala sobre desentendimento com Kim Deal


Em 24/08/2016 Black Francis, vocalista do Pixies, contou abertamente sobre os bastidores da saída da baixista Kim Deal, em 2013, em entrevista para Q Magazine, replicada pelo NME e agora no blog Grunge Rock 90's

Depois do início em 1986, o Pixies anunciou seu primeiro hiato em 1993, que só terminou 11 anos mais tarde com a volta da formação clássica. Em 2013 a banda divulgou pelo Twitter a saída de Kim, que àquela época também se dedicava a banda The Breeders.

“Kim e eu, simplesmente, não nos dávamos muito bem depois de um tempo. Ela sempre tinha suas próprias ambições e isso se tornou confortável para ela com o papel de liderança em sua outra banda. Deve ter sido difícil para ela estar aqui, tendo um outro cara  que estava sempre puxando as rédeas. Nós poderíamos ter sobrevivido se pudéssemos ter parado o trem e tirado algum tempo de férias. Os velhos ao nosso redor deveriam ter visto isso“, revela Black Francis.


Lembrando que, Paz Lenchantin no contrabaixo é a substituta de Kim Deal, agora é integrante permanente dos Pixies,assinou e cantou na faixa “All I Think About” em “Head Carrier”. O single “Um Chagga Lugga”


Já Kim segue sua banda The Breeders e já estão em estúdio gravando um disco novo!




Filme “Gutterdämmerung” Teve Mark Lanegan, Josh Homme, Henry Rollins, Slash e outros

Bjorn Tagemose, artista visual europeu, reuniu um time de primeira para um filme chamado “Gutterdämmerung”, que foi escrito com a ajuda de Henry Rollins. Foi descrito pelos produtores como "o filme mudo mais barulhento do mundo" chamado Gutterdämmerung, muitos ainda não viram este filme que foi gravado no ano de 2016, veja o trailer que conta com nomes de peso como Lemmy, Iggy Pop e Slash



O roteiro mostra um mundo onde Deus extraiu o pecado da humanidade ao roubar a guitarra do Diabo, mas levou embora consigo também o sexo, as drogas e o rock and roll.

Após muita especulação e teasers com os nomes de quem participaria da atração, o primeiro trailer oficial do filme em si foi disponibilizado e traz um elenco que deixa qualquer fã de boa música empolgado.


Veja o trailer:





Relembre: Com "benção" de Courtney Love, Billy Corgan e Marilyn Manson fazem as pazes


Tinha rolado um clima anos 90 numa última sexta-feira, em Londres. Armando o lançamento do álbum “Monuments To An Elegy”  o Smashing Pumpkins realizou um show intimista no clubinho Koko e recebeu um convidado ilustre/bizarro para dar um tom especial à apresentação.

No bis, Billy Corgan & Co. receberam nada menos que Marilyn Manson no palco. O esquisito cantor americano mostrou uma nova música de sua autoria, “Third Day Of A Seven Day Binge”, e reeditou o clássico do Pumpkins, “Ava Adore”.

A presença de Manson no palco de Corgan tem um significado especial. Os dois não se falavam há 15 anos por causa de uma pequena treta, já que Manson vez ou outra dava uma zoada no Corgan em entrevistas, dizendo que ele Corgan “poderia vender camisetas e carecas postiças do Charlie Brown em seus shows”, por causa da “semelhança física” entre o líder dos Pumpkins e o personagem animado.

As arestas foram aparadas e o primeiro sinal da reaproximação foi vista em uma foto divulgada por Courtney Love em seu Instagram ao lado de Billy e Marilyn. Agora, definitivamente, tudo está ok entre os dois ícones do rock americano dos anos 90, que já haviam tocado juntos em 1997.


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Stone Temple Pilots: o novo disco vai honrar todo o legado da banda

STONE TEMPLE PILOTS lançou mais 01 nova música que irá integrar o vindouro álbum de estúdio. A canção se chama "Never Enough".

O vocalista Jeff Gutt foi entrevistado pelo Yahoo e falou: "Estou realmente empolgado com o álbum em si, porque é a 1ª vez que eu realmente participo de um disco lançado por uma grande gravadora, sabe? Estive tentando por toda a minha vida chegar a esse ponto e finalmente consegui. É um álbum incrível e isso aconteceu estando com o STONE TEMPLE PILOTS! Quero dizer, o que poderia ser melhor do que isso?"

Gutt prometeu que o álbum será: "Tudo o que um super fã do STONE TEMPLE PILOTS queria, com um som clássico que honra os legados de Scott Weiland (vocalista original) e Chester Bennington (2º vocalista a passar pela banda, ambos falecidos)” - mesmo que ele tenha encontrado a sua própria voz dentro da banda.

Gutt finalizou: "Eu amo Scott, então isso é definitivamente uma parte do que coloquei nesse disco... Respeito demais a história desse grupo e sempre presto atenção em tudo o que os caras da banda falam para mim – onde estou apenas tentando ser eu mesmo no final do dia, porque é a única coisa que posso fazer. Eu tenho a minha própria história e a minha história está se encontrando com a história deles, sendo que é uma coisa muito impressionante que estamos juntos e ajudando uns aos outros".

Esta já é a 4ª música do novo álbum que o STONE TEMPLE PILOTS disponibilizou ao público e assim como foi com as outras 03 canções, esta nova música também não se enquadra a nenhum gênero de suas antecessoras – provando mais uma vez a bela diversidade que esse novo disco irá nos apresentar.

Além do mais, a canção “Never Enough” (apesar de apresentar alguns lampejos já conhecidos), arriscaria dizer que é algo inédito na discografia da banda, mostrando a versão blues/grunge do STONE TEMPLE PILOTS nunca antes vista em seus álbuns.

Confira o áudio da música “Never Enough” logo abaixo, lembrando que o 7º disco do grupo será lançado em 16 de Março/2018 (o 1º com Jeff Gutt nos vocais)


whiplash.net

“Questões não resolvidas”: Stone Temple Pilots fala sobre as mortes de Scott Weiland e Chester Bennington


Após perder Chester Bennington e Scott Weiland, dois de seus vocalistas, o Stone Temple Pilots está pronto para seguir em frente com um novo álbum de estúdio que será lançado esse mês.

Mas mesmo encontrando um “substituto” com Jeff Gutt, a banda nunca irá esquecer sua relação com seus antigos colegas de banda.

Em uma entrevista para o Sacramento Bee, o guitarrista Dean DeLeo comentou sobre as mortes de Bennington e Weiland.

" Eu acho que era algo mais pessoal do que profissional. As tragédias com cada um, se tratando de Scott e Chester, eram bem diferentes. Scott estava em um período de turbulência há muito tempo. Eu não sei o que dói mais — ver algo desse tipo ao longo de uma década ou apenas um desenrolar súbito [da situação de Chester]. Ambas são trágicas e perdas enormes. Mesmo quando tudo é dito e feito, eu ainda continuo com dúvidas, cara. Ainda existem questões não resolvidas para mim. É algo que vai além de palavras. É muito, muito triste. "

DeLeo também falou sobre como é estar na estrada com Gutt, o novo cantor do grupo.

" Estar por aí tocando com o STP é um aspecto das nossas vidas que amamos profundamente. Nós amamos estar por aí, tocando e estando numa sala onde todo mundo solta sua energia. Essas noites não pertencem somente a nós. Nós somos as últimas pessoas que deveriam tomar responsabilidade por um show do STP. Isso pertence a todo mundo que fica de frente para nós. Nós não brincamos com isso, amamos ver todo mundo e simplesmente compartilhar — não somente música, mas amor e esse espírito conjunto pela música. "


 tenhomaisdiscosqueamigos

Michael Stipe partilha a sua primeira canção a solo: ouça aqui


Michael Stipe mostrou, esta semana, um trecho de 40 segundos daquele que é o seu primeiro tema a solo.

"Future, If Future" foi partilhado no Instagram e serviu de apoio à March For Our Lives, protesto anti-armas ocorrido este sábado, em várias cidades dos EUA.

Stipe partilhou esse pedaço da canção juntamente com alguns versos da mesma: Future, if Future, this future is ours / Stunk to high heaven lotus, nerve gas or flowers, canta.

Ouça aqui o primeiro tema a solo de Michael Stipe:


blitz.sapo.pt

Billy Corgan diz que “não há mais chances” de D’arcy voltar ao Smashing Pumpkins


Ao longo dos últimos meses, Billy Corgan se envolveu em uma grande confusão em relação à esperada turnê de reunião da formação clássica do Smashing Pumpkins.

Quando a baixista D’arcy Wretzky revelou que havia sido “desconvidada” para tocar com Corgan, Jimmy Chamberlin e James Iha, polêmicas começaram a surgir e as coisas ficaram bem feias.

Agora, o cantor finalmente decidiu abrir o jogo sobre o assunto em uma entrevista para o New York Times.

“Eu acho que ela demonstrou por que não poderia estar envolvida nisso”, ele começou.

" Eu estava vulnerável, compartilhei coisas e acreditei que existia uma razão para dar uma chance [para ela], por mais que existissem muitas evidências que apontavam que isso não seria uma decisão sábia. "

No entanto, após o recente desenrolar dos acontecimentos, Corgan completou que qualquer possibilidade de reconciliação futura morreu “para sempre”.

Na entrevista, Corgan ainda reiterou a ideia de compartilhar oito novas músicas dos Pumpkins produzidas por Rick Rubin através de dois EPs, que seriam lançados ainda esse ano.

O músico também entrou em detalhes sobre suas visões políticas — “Eu sou um capitalista liberal à favor do mercado livre” — e comentou sobre “acusações” recentes de que a turnê da banda não estaria vendendo muitos ingressos — “Não estão vendendo o tanto quanto eu gostaria que estivessem vendendo”.


tenhomaisdiscosqueamigos

Vídeo: Corey Taylor toca Audioslave em homenagem a Chris Cornell


Corey Taylor, a voz por trás de projetos como Slipknot e Stone Sour, acaba de compartilhar um cover do Audioslave em homenagem ao cantor Chris Cornell.

“Um pequeno tributo para um artista que faz muita falta”, escreveu Taylor em seu Instagram ao divulgar um curto vídeo tocando “Getaway Car”, canção originalmente presente no primeiro álbum da banda, lançado em 2002.

Pouco tempo após a trágica morte de Cornell, no ano passado, o cantor chegou a comentar que seu “único arrependimento” era de não ter falado a Cornell o quanto ele havia inspirado seu trabalho.

“Ele era uma inspiração para mim como compositor, cantor, como artista porque ele escrevia o que queria”, disse Taylor para a SiriusXM na época.

Confira a bela gravação do cantor logo abaixo:


tenhomaisdiscosqueamigos

Soundgarden: famoso radialista fala da letra de "Black Hole Sun"


O famoso radialista americano, Howard Stern, foi entrevistado pelo site Jeffgarden e falou sobre o falecido Chris Cornell. Ele reafirmou que não acredita que Chris cometeu suicídio intencional e falou sobre a clássica canção do SOUNDGARDEN, “Black Hole Sun” (lançada no 4º álbum de estúdio em 1994, “Superunknown”).


Em tradução livre, “Black Hole Sun” significa: “Sol do Buraco Negro”.

Seguem alguns trechos:

"Eu acho que tenho algum tipo de conexão com Chris Cornell, sabe? Porque estou obcecado por Chris agora que ele está morto".

"Eu realmente estou ouvindo constantemente a sua música e não posso acreditar que ele morreu. Concordo com a sua esposa de que ele não cometeu suicídio intencional".

"Vamos ser honestos, eu estava sempre com Chris Cornell, mas quero dizer, agora estou obcecado por ele. Não consigo largar dele e estou escutando bastante a versão acústica ao vivo que ele fez um dia na minha rádio... Ele tocou a música 'Black Hole Sun' naquela vez...”

"Ouça esse anjo... Agora eu percebi e entendo o que ele estava querendo dizer nas letras dessa canção. Para aqueles de nós que vivemos em um lugar escuro e não conseguimos sair - e eu estou me incluindo nisso - se você tem um verdadeiro buraco negro dentro de você, que é tão profundo, negro e escuro, você precisa buscar o sol para sair disso”.

“Se você mora num buraco negro, você quer que o sol do buraco negro brilhe e lave toda a chuva da dor. Você está procurando pelo sol que pode brilhar no buraco negro".

"Eu estava escutando essa música e de repente, tive um momento com Chris Cornell".

Segue o vídeo clipe da canção “Black Hole Sun”:


                                                                rockinthehead

Sonic Youth: as mensagens na capa e verso do álbum "Goo"


Em 1990, a banda SONIC YOUTH lançava o seu 6º álbum de estúdio, “Goo”. Por sinal, esse foi o 1º disco lançado pela nova e super gravadora da banda, Geffen Records, que foi a mesma que logo depois “fisgou” o NIRVANA para lançar os seus 03 últimos trabalhos de estúdio.


Méritos ao SONIC YOUTH, que já conhecia o NIRVANA desde quando eles haviam lançado o 1º álbum de estúdio lá em 1989, “Bleach”, e que haviam indicado o NIRVANA a sua nova gravadora para que ela também investisse neles...


O resto da história nós já sabemos.

 Na capa do álbum “Goo”, consta 01 fala escrita que traduzida quer dizer:


“Eu roubei o namorado da minha irmã. Tudo foi como um redemoinho, inflamado e muito rápido. Dentro de uma semana nós matamos os meus pais e pegamos a estrada”.


Confira o vídeo clipe da canção "Dirty Boots", lançada no disco "Goo" e que foi 01 dos singles do álbum:


rockinthehead

Queens Of The Stone Age Anda por casa mal-assombada em novo clipe


“Head Like a Haunted House” ganhou um excêntrico lyric video em formato de desenho animado
O Queens of the Stone Age lançou um lyric video para “Head Like a Haunted House” nesta segunda, 19. O visual chega alguns meses após Villains, disco em que a faixa aparece, sétimo e mais recente trabalho da banda norte-americana.

Liam Lynch criou e dirigiu o registro, que tem uma versão animada de Josh Homme como personagem principal. No vídeo, o vocalista se encontra com esqueletos, fantasmas, unicórnios, coelhos gigantes, naves espaciais, gatos assustadores… e muitos outros elementos bizarros de uma casa mal-assombrada. Assista ao clipe abaixo.

Este é o segundo visual lançado para uma canção de Villains, sendo o primeiro de “The Way You Used to Do”. As duas músicas integraram os setlists dos recentes shows do Queens of the Stone Age no Brasil, como parte da turnê conjunta com o Foo Fighters, que passou por São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre no início deste mês.


                                                                       wikimetal

segunda-feira, 26 de março de 2018

Alice in Chains: como foi o processo de gravação vocal no álbum "Dirt"?


Lá em 2014, a equipe de produtores e engenheiros que participaram do processo de gravação do álbum “Dirt” (3º trabalho de estúdio do ALICE IN CHAINS, 1992), haviam sido entrevistados pelo site Grunge Report e falaram sobre a construção vocal desse clássico disco.

Seguem as declarações logo abaixo:

Dave Jarden (produtor do álbum): “Foi o 3º trabalho de estúdio do ALICE IN CHAINS, o qual revelaria a assinatura sonora do falecido vocalista, Layne Staley. Pesadas camadas dos seus vocais em estúdio foram gravadas em 02 ou 03 tomadas com múltiplos intervalos. A técnica, chamada de ‘empilhamento vocal’ (stacked vocals) era totalmente do jeito ‘Layne de ser’, sabe? O que ele falava para mim quando fizemos essa coisa toda, é que ele já tinha tudo planejado na sua mente. Ele apenas dizia: ‘Me dê uma outra tomada! Agora, eu quero duplica-la! Agora, vamos triplica-la!’ Layne apenas dizia o que ele queria fazer e nós fazíamos”.

Bryan Carlstrom (engenheiro do álbum): “Havia também um elemento de improvisação de como ele gravava os seus vocais. Eu me lembro de quando ele trabalhou na música que abre o disco, ‘Them Bones’, com Layne falando para nós: ‘Ah, eu consigo ouvir uma pequena parte inédita do meu vocal ecoando lá no fundo do meu cérebro, implorando para que ela entre e fique nessa música’. Enquanto ele ouvia a canção tocando em playback nos fones de ouvido, Layne começou a verbalizar o que era aquele vocal que havia escutado lá no fundo do seu cérebro, com os seus gritos de: ‘Ah!, Ah!’, no mesmo tempo do riff da guitarra de Jerry Cantrell. Ele só precisou gravar esses ‘Ah!’ 01 ou 02 vezes, e eles definitivamente marcaram essa música clássica do rock n’ roll”.

Annette Cisnero (assistente de produção e engenharia do álbum): “Layne também era capaz de inovar em sua habilidade de usar a sua própria voz como um instrumento musical. Ele cantava os versos da música ‘Godsmack’, parecendo que ele estava usando aquele efeito de voz que definitivamente soava como um pedal de distorção para guitarra, chamado ‘tremolo’. Ou como o efeito de voz muito usado por vocalistas de bandas de rock, chamado ‘leslie’. Mas ele fazia aquilo por si mesmo, você me entende? Ele fazia por conta própria, sem a ajuda de nenhum tipo de distorção para a voz! Nenhuma magia de estúdio foi usada ou foi necessária para aquilo que ele fez. Eu não tinha ideia de como ele conseguia fazer aquilo, porque a equipe de produção teve que improvisar uma parede feita de material à prova de som no estúdio a pedido do próprio Layne, entre a janela da sala de produção onde ficava a nossa mesa de som e do estúdio onde a banda estava gravando, para que Layne não fosse visto por nós ou por qualquer outra pessoa que estava do lado de fora enquanto ele cantava... Layne era bastante tímido e tinha vergonha de que as pessoas ficassem olhando para ele enquanto participava das sessões de gravação dos álbuns”.

Confira o áudio da canção citada nessa matéria, "Godsmack":


rockinthehead.com

Heart: vocalista explica o que foi "demais" para Chris Cornell e Layne Staley


Ann Wilson, vocalista da também banda de Seattle, HEART, postou um vídeo em rede social e falou sobre Chris Cornell, Layne Staley, Chester Bennington e outros rock stars que também morreram jovens. Ao falar sobre a "ternura" de Cornell e de "ter ido tão longe quanto podia nesse mundo", ela mencionou outros nomes lendários do rock.

“Realmente, eu já conheci na minha vida alguns vocalistas que também eram assim... Eu me pego pensando muito sobre isso, especialmente sobre Layne Staley, Chris Cornell, Chester Bennington, Jim Morrison, Janis Joplin e todas as outras pessoas que eram cantores".

"A coisa toda é sobre palavras e pensamentos, sabe? Talvez, para estas pessoas terem sido este tipo de seres humanos - um veículo especial para esse tipo de comunicação poderosa - pode ser que tenha sido demais para a normalidade das suas coisas".

"Assim como quando você sobe no palco e canta esse tipo de poesia e esse tipo de significado, e depois, quando você volta à normalidade, talvez você não consiga mais entrar por aquela porta novamente, você me entende? Voltar para a normalidade, as notícias do dia a dia, discutir a política do seu país e todas as pequenas merdas".


rockinthehead

Smashing Pumpkins: "num dia eu sou idiota, no outro sou gênio"


Lá em 2014, a revista Rolling Stone havia entrevistado o vocalista, guitarrista e (até então) o único membro original do SMASHING PUMPKINS, Billy Corgan. O músico falou a respeito dos shows atuais da sua banda - que incluem poucas músicas conhecidas do passado - e havia negado a possibilidade de uma reunião com os demais membros originais da chamada "formação clássica" - James Iha (guitarra), D'arcy Wretzky (baixo) e Jimmy Chamberlin (bateria).

Confira abaixo somente alguns trechos dessa entrevista:

Jornalista: Por que você lançou músicas individuais da sua banda pela internet entre os anos de 2009 à 2011, ao invés de preparar um álbum inteiro?

Billy Corgan: Isso remete de volta aos primeiros dias do rock and roll... Você é tão bom quanto a sua última música e eu estou mais ou menos de bem com isso. Neste momento, todo mundo gosta da minha nova música e a próxima eles vão odiar pra caralho, sabe? Um dia eu sou um idiota e no outro sou um gênio, sendo que já fui considerado ambos e provavelmente estou em algum lugar no meio disso aí. Basicamente, sou só um músico bastante bom.

O que nós estamos buscando agora é a presença perpétua e eu acredito que este será o novo caminho. De um ponto de vista artístico acho que é na verdade mais interessante, porque você está naquela cinética constante para frente e para trás como quando você era mais novo tocando num clube noturno, por exemplo. A coisa do rock corporativo que foi imposta, particularmente ao longo dos últimos 30 anos, é muito contra produtiva para a criatividade. Você entra num quarto escuro por 01 ano e espera-se que você produza alguma obra prima. Depois, você tem que sair em turnês até esgotar cada pessoa que potencialmente queira vê-lo, além dos seus próprios companheiros de banda e depois de sair dessa, espera-se que você se esprema e faça tudo outra vez. Na minha opinião, isto simplesmente não funciona mais. Voltamos a lançar um álbum de estúdio em 2012 ("Oceania", 7º disco), mas eu não sei se ainda continuarei a lançar álbuns desta maneira clássica, digamos assim...


Jornalista: Você ficou feliz com a recepção desse último álbum de estúdio dos SMASHING PUMPKINS, “Oceania”?

Corgan: Este álbum vendeu mais de 500 mil cópias e ganhou disco de ouro, mas as pessoas não o escutaram. Agora, é o melhor álbum que eu já fiz? Não. Mas eu percebia que as pessoas não estavam ouvindo o disco, sabe? No passado, se você lançasse um álbum, as pessoas ao menos conheciam a 1ª música do disco. Após lançar o nosso último álbum, "Oceania", nós saíamos e tocávamos a 1ª música e eu percebia que as pessoas nem tinham ouvido ela ainda. Eu vejo isso como um grande desapontamento... É decepcionante para mim que, o que eu estava tentando comunicar e informar às pessoas não tenha recebido a chance de ser comunicado. É impressionante para mim que as coisas vão e vêm e as pessoas nem mesmo sabem que elas aconteceram. Quando a banda HOODOO GURUS lançava um álbum, eu pelo menos sabia que eles tinham lançado um disco. Agora, eu vou até a loja e digo: "Oh! Esta minha banda favorita lançou um álbum? Porra, eu nem sabia!" Não sabia porque eu não olhei o website certo.


Jornalista: Várias grandes bandas do passado reuniram-se sem escrever qualquer material novo...

Corgan: Eu estive em contato com essas bandas como fã e em muitos casos como um amigo também. Eu digo a elas: "Por favor, escrevam novas músicas! Nós precisamos de vocês!" Quando eu trouxe o SMASHING PUMPKINS de volta (a banda havia encerrado as suas atividades em 2000, retornando em 2007), deixei bem claro e falei para os meus companheiros de banda: "Vai ser desse jeito ou de jeito nenhum". Se eu subisse no palco hoje à noite e houvesse somente 20 pessoas lá, eu mesmo assim não iria voltar atrás e não iria pedir para nenhum dos ex-membros da banda para retornarem a formação original. É isso. Acabou! Eu iria criar os meus filhos e ficar tocando ukulele. Eu nunca, jamais serei esse cara que iria voltar atrás. Eu disse muitas coisas no passado e voltei atrás, mas posso garantir a você que nunca serei esse cara. Simplesmente não está no meu DNA.

Quando nós nos separamos em 2000, havia um grupo de pessoas que pensavam que o SMASHING PUMPKINS era uma banda muito importante e do outro lado havia o resto do mundo. Eu poderia lançar 40 músicas e as pessoas continuariam dizendo "É, não é tão bom quanto as músicas do álbum 'Mellon Collie and The Infinite Sadness' (3º álbum de estúdio, 1995)". Metade dessas pessoas prefeririam nos ver tocando o disco “Siamese Dream” inteiro na turnê (2º álbum de estúdio, 1993).


Jornalista: Muitos dos fãs ainda estão concentrados na formação original da banda...

Corgan: Naquela formação você tinha 02 pessoas que podiam tocar em um alto nível de capacidade musical e outras 02 pessoas que não podiam - e de algum jeito aquilo funcionou. James, D'arcy e Jimmy..., pessoas fascinantes. Jimmy, baterista de nível mundial. James, muito criativo quando ele queria. D'arcy, tinha um senso intuitivo incrível, mas aquela banda não foi feita para durar. Acredite em mim, se aquela banda ainda tivesse qualquer coisa a oferecer, não apenas eu o faria porque seria interessante criativamente, mas seria incrivelmente lucrativo financeiramente. As pessoas dizem: "Vamos lá, apertem as mãos no backstage e viagem em ônibus separados". Parte do meu ser e da minha pessoa espiritual é: eu não estarei numa banda com pessoas que não gostam de mim.


Jornalista: Você acha que esta encarnação atual da sua banda foi feita para durar?

Corgan: Eu realmente espero que sim e sou negligente em dizer isso, porque eu não sei. Coisas muito esquisitas já aconteceram comigo, sabe? As pessoas simplesmente enlouquecem ou coisa do gênero... Em termos de unidade emocional, nesse momento eu me sinto tão bem quanto na antiga formação original da banda. Todos nós parecemos estar na mesma página e não há nada esquisito. Todo mundo na banda meio que se sente: "OK, estou no lugar certo". E eu disse a cada um deles: "Nós estamos no lugar certo e na hora certa".


Jornalista: É difícil ouvir as músicas da sua infância sem que a nostalgia ou o sentimentalismo atrapalhem a apreciação da mesma?

Corgan: Sim, é verdade... Uma coisa que eu aprendi com o passar dos anos é tocar no momento em que você se encontra - você não pode mais voltar naquele tempo, ok? Eu tenho que tocar essas velhas músicas, mas quando eu resolver toca-las será com uma visão atual, de 2014. Você não pode recriar novamente aquele cenário do ano de 1992... Simplesmente não vai acontecer.

Tem muita música que eu tentei tocar em ensaios e eu só digo para a banda: "Não, não soa certo". A banda soa muito contemporânea e esse é o melhor jeito de descrevê-la. Nós estamos na corda bamba tentando soar contemporâneos sem ficar sentimental e eu acho que nos tempos atuais, sentimentalidade com música é morte.

No fim do dia, não importa quais sejam as minhas origens, eu estou basicamente tocando uma forma bastarda de rock. E rock com sentimentalismo é uma má mistura nos dias de hoje, sabe? Então, do jeito que eu vejo as coisas, por exemplo, nós estamos fazendo uma versão da minha música chamada "Star", e o modo como eu abordo isso e como tento cantar a letra, é diferente daquele rapaz de 25 anos que cantou lá na década de 90 sobre ter sofrido um abuso infantil. Estou aqui como um homem na casa dos 40 anos que tem uma nova visão sobre o mundo, então, a letra soa diferente e eu não trato isso como um momento especial na minha vida, eu trato isso como uma coisa muito relevante que tem um significado diferente para um cara na casa dos 40 anos - em contraste com o cara de 25 anos que eu era quando a escrevi. Eu aprendi muito com BOB DYLAN sobre essa abordagem.


Jornalista: Parece que a audiência está acompanhando a mudança...

Corgan: Escuta amigo, quem é você para dizer o que a audiência acompanha, você me entende? Eu aprendi há muito tempo a fazer o que gosto de fazer e deixar que as fichas caiam onde devem cair. Estou frequentemente espantado pelo jeito de como as pessoas interpretam o que eu faço, para melhor ou para pior. Nesse ponto, elas vêem fantasmas onde não existem fantasmas e ouvem vozes onde não existem vozes. Estou em um lugar feliz, sabe? Estou muito entusiasmado por tocar a minha música do jeito que eu quero. Na minha carreira, esse é um bom momento que estou passando e sinto uma sensação de realização só de estar em um lugar saudável com uma banda saudável. Os fãs se empolgam com os nossos shows e eu só não entro mais no mainstream porque isso é uma montanha russa.

Eu tive que chegar ao ponto onde, como homem, tenho que estar bem com o meu sistema nervoso e não ser pego no pé de mais ninguém. Porque, acredite, eu ouvi isso por 25 anos, a porra do mundo indie (alternativo dos anos 90) dizendo como você deveria ser, como deveria se vestir, como deveria pensar, como deveria agir em seus shows, sem solos de guitarra e toda aquela merda dos anos 90. Você se cansa de ouvir isso.


Jornalista: O sentimento contemporâneo da banda que você mencionou parece uma boa justificativa para continuar sob o nome SMASHING PUMPKINS, tocando as suas músicas mesmo com as críticas...

Corgan: Vamos examinar essas coisas um pouco. Número 01: o nome da banda. Bom, todo lugar que eu vou, as pessoas dizem: "É aquele cara do SMASHING PUMPKINS". Então, eu sou o SMASHING PUMPKINS, quer eu queira ou não. Como um indivíduo, eu gosto de ser o SMASHING PUMPKINS. Então é a minha escolha, é algo que eu escolhi fazer e acredite em mim, ser o SMASHING PUMPKINS vem com muita bagagem, cara... Não é um patrimônio limpo.

Então, eu posso estar aqui e dizer com toda a integridade que eu sou o SMASHING PUMPKINS porque eu quero ser. E o fato de eu estar lançando novas músicas, estar sendo um artista progressivo nos meus shows, estar tocando novas músicas nos shows, estar lançando música de um jeito que muitas pessoas não teriam coragem de fazer, eu acho que isso é evidente. Para mim, essas questões falam mais sobre a opinião sentimental das pessoas do que o que elas querem que eu seja, preso aos álbuns dos anos 90 ou algo assim. Por que o SMASHING PUMPKINS não pode continuar?

Quando Michael Jordan (jogador de basquete americano) saiu da aposentadoria, as pessoas pensaram, "Ele está arruinando o legado!" Bem, ele queria jogar basquete, cara... Eu só não entendo isso. Por que eu não posso fazer o que eu quero? Você é criticado como um artista se você se rende às opiniões alheias e aqui eu estou, não me rendendo e ainda sendo criticado por isso. Eu não entendo a lógica que vocês seguem, jornalistas, mídia, a imprensa em geral, assim como alguns fãs da minha banda, e vocês não entendem a lógica sobre a qual eu vivo.

Estou feliz! Essa é uma coisa que as pessoas deveriam compreender. Não estou miserável ou implorando por um cheque. Estou feliz! Estou tão feliz quanto eu estava em 1996 com o SMASHING PUMPKINS e isso não é importante? Por que as pessoas não falam sobre isso? Para mim essa é a cultura de morte que quer tudo em uma caixa organizada, sendo que não vivemos mais em um mundo organizado. Por que a banda U2 não se aposenta? Eles não fizeram dinheiro suficiente? Por que o ROLLING STONES ainda saem em turnê? Só há o Mick Jagger, Keith Richards e o Charlie Watts da formação original... Por que eles não se aposentam? Eu não entendo vocês. Se as pessoas querem tocar e querem ir, que porra de diferença faz? Deixem eles serem felizes!

Para melhor ou pior, por 20 anos eu fui uma força cultural - pelo menos no meu canto do mundo - e ainda tenho um pouco desse poder. Um pouco foi adquirido, outro pouco me foi dado e o resto só me segue no mito, mas eu ainda estou aqui fazendo coisas boas. Quero dizer, estou andando por ai como um cara normal na casa dos 40 anos, sendo que eu não bebo e não uso drogas há 10 anos. Falo abertamente sobre Deus e eu estou aqui, feliz e sorrindo. As pessoas me verão feliz e qual é o problema? Não há problema nisso... Existe um problema sendo criado por uma necessidade intelectual de se explicar algo inexplicável.


Jornalista: A implicação é que você nunca será tão bom quanto antigamente...

Corgan: Ouça, não há maior insulto para mim como artista do que basicamente dizer implícito que você nunca será tão bom quanto você foi. Minha resposta para tudo isso é: Vai se foder! Volte e viva na terra dos vídeo clipes, pegue a revista Rolling Stone de 1994 e leia sobre a integridade indie (alternativa dos anos 90), veja Kurt Cobain em uma foto no pé de um morro vestindo uma camisa escrita: "Corporate Magazines Suck". Você pode viver isso para sempre, mas para mim já deu. Estou me mudando para a próxima cidade, você sabe? Eu tenho um cavalo diferente e estou cavalgando para um novo horizonte, sendo que as pessoas que estão em volta parecem estar se divertindo.


Jornalista: Vamos falar sobre as coisas novas... Você já ouviu falar sobre o movimento da "slow food"?

Corgan: Não.


Jornalista: É o contrário do fast food, ou seja, da fazenda para a mesa. Agricultura sustentável, uma abordagem meticulosa e pensada para a comida. O que você está fazendo online, lançando música por música, demorando 05 anos para lançar um álbum, soa quase que um movimento de "slow music" (música lenta).

Corgan: Eu gostei da sua observação... Há um ingrediente chave que irá fazer desse um trabalho de longo termo: a música tem que ser fantástica. Se você for escutar um álbum novo e a qualidade baixar na 3ª, na 5ª ou na 7ª música..., já era, as pessoas não irão mais curtir o álbum como um todo, ou então, poderão até descarta-lo por completo. Isto põe a pressão ao máximo sobre a minha cabeça para que eu sempre eleve o nível dessas músicas lançadas individualmente.

Adoro estar de volta no momento da pressão. Veja, quando eu era mais novo, pressão era: "Você pode me dar um hino do rock? Você pode me dar uma música que irá tocar na MTV?" Todas estas pressões se foram agora, então, onde eu vou achar tal nível de stress? Eu tive que criá-lo sozinho.

Coloquemos desse modo: eu não vou ganhar uma crítica boa de uma revista Rolling Stone da vida. Eu não vou receber esse tipo de..., apoio. Eu preciso descobrir um meio de sustentar o meu próprio nível de integridade baseado no meu próprio sistema de autenticidade e não no de outra pessoa. Porque todos estes sistemas corporativos estão quebrados, quer alguém perceba isso ou não. Porque a falta de alto nível na música que vem dos shows alternativos está se tornando muito precoce e a qualquer hora, que qualquer artista se torne muito precoce, ele se torna precioso sobre si mesmo e então basicamente agoniza e morre. Até que alguém venha atrás e descubra um jeito de fazer isso de um modo mais fácil e divertido, porque eles estão se tornando muito intelectuais daquele outro lado da cerca. Quando a música vai para lá, isso é o pior. Isso é realmente pior que o hair metal dos anos 80 quando você atinge isso.

Confira o áudio da canção "Quasar" e que abre o álbum "Oceania":



rockinthehead

Heart: "Chris não gostava de ser a voz de uma geração"


Ann Wilson, vocalista do HEART (lendária banda de Seattle), falou sobre o seu amigo, Chris Cornell, em um recente vídeo postado em rede social. Ela comentou sobre a canção do AUDIOSLAVE, "I Am The Highway", lançada no homônimo álbum de estréia em 2002.

"Tem uma música do AUDIOSLAVE que é a minha música favorita de Chris Cornell. É apenas sobre tudo isso que vivemos, tipo, eu não sou "O" cara, eu não sou uma grande coisa, eu não sou o seu tapete mágico para passear no céu... É uma canção realmente excelente e tem muito significado para mim, porque Chris era meu amigo. As palavras na música 'I Am The Highway' falam sobre insatisfação, alienação e alguém que está apenas trilhando o seu caminho. O sujeito não vai sair com os amigos e os mentirosos nessa noite".

Ela acrescentou que Cornell não estava à vontade em ser a voz de uma geração.

"Sempre que ouço essa música, penso muito em Chris, porque ele sempre estava em desacordo com o seu sucesso. As expectativas que foram colocadas sobre ele sendo a voz de uma geração e um superstar dos anos 90 e 2000, eram coisas demais para ele. Era realmente desconfortável e ele não estava apenas se gabando em ficar desconfortável, era real para ele e foi demais".

"Ele basicamente era um ser puro e real, complicado, mas realmente puro e infantil. Ele tinha um pé em querer ser famoso e um pé que estava se sentindo desconfortável também, que foi onde ele foi pego em algum lugar no meio disso. Ele era tão bonito e simpático, mas uma pessoa sensível. Ele era realmente uma pessoa muito boa e foi tão longe quanto ele poderia ir nesse mundo".

Confira a performance ao vivo do AUDIOSLAVE da canção "I Am The Highway", realizada num festival na Alemanha durante a turnê do 1º disco:


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quinta-feira, 8 de março de 2018

Kim Deal versus Kim Gordon


O Dia Internacional da Mulher é aquela data que as mulheres importantes em algumas áreas são lembradas. Seguindo essa receita, deixaremos de lado Joan Jett e Janis Joplin. 
A presença feminina costuma ser mais comum e natural longe dos holofotes, no rock alternativo e no metal. Nos anos 80, influenciados pelo punk e com a vontade de fugir daquele hard rock “ostentação”, surgiram muitas bandas boas, como Sonic Youth e Pixies. Ambas são consideradas pilares do rock alternativo, isso é ponto pacífico. Mas o que essas bandas têm um comum?

Mulheres baixistas/vocalistas chamadas Kim, de muita, muita personalidade. Nem precisa dizer que os baixistas são aqueles que ninguém lembra o nome, que estão lá porque não deram certo na guitarra, que não significariam uma grande perda para o grupo. Com elas, a coisa muda de figura. Sem Kim Gordon não tem Sonic Youth. Sem Kim Deal, o Pixies é ruim.



Kim Gordon, do Sonic Youth, sobe ao palco de vestido, discreta e elegante, sem aquelas extravagâncias e poses de “astro do rock”, não queria ser apenas uma sex simbol. Nunca ficou a sombra do ex-marido e guitarrista, Thurston Moore. Participava de forma ativa do processo de composição, segurava a linha melódica das músicas preparando espaço para as experimentações de guitarra. Criativa, se aventurou de forma bem sucedida no mundo das artes e principalmente na moda.



Frank Black era o líder do Pixies. Ele escrevia. Ele compunha. Mas o baixo alegre e a voz doce da sorridente Kim Deal roubavam a cena. O jeito dela era de moleca, andava de camiseta, calça jeans e tênis. As brigas entre eles foram piorando. A participação de Kim Deal diminuía a cada disco lançado até o primeiro fim do Pixies, em 1992. Frank Black seguiu em uma carreira solo pouco produtiva e ela foi tocar com a irmã gêmea Kelley em sua antiga banda, The Breeders. Estourou na MTv com hits como “Cannobal” e “Divine Hammer”.





kim Gordon and kim Deal



Talita Gonçalves