O Dia Internacional da Mulher é aquela data que as mulheres importantes em algumas áreas são lembradas. Seguindo essa receita, deixaremos de lado Joan Jett e Janis Joplin.
A presença feminina costuma ser mais comum e natural longe dos holofotes, no rock alternativo e no metal. Nos anos 80, influenciados pelo punk e com a vontade de fugir daquele hard rock “ostentação”, surgiram muitas bandas boas, como Sonic Youth e Pixies. Ambas são consideradas pilares do rock alternativo, isso é ponto pacífico. Mas o que essas bandas têm um comum?
Mulheres baixistas/vocalistas chamadas Kim, de muita, muita personalidade. Nem precisa dizer que os baixistas são aqueles que ninguém lembra o nome, que estão lá porque não deram certo na guitarra, que não significariam uma grande perda para o grupo. Com elas, a coisa muda de figura. Sem Kim Gordon não tem Sonic Youth. Sem Kim Deal, o Pixies é ruim.
Kim Gordon, do Sonic Youth, sobe ao palco de vestido, discreta e elegante, sem aquelas extravagâncias e poses de “astro do rock”, não queria ser apenas uma sex simbol. Nunca ficou a sombra do ex-marido e guitarrista, Thurston Moore. Participava de forma ativa do processo de composição, segurava a linha melódica das músicas preparando espaço para as experimentações de guitarra. Criativa, se aventurou de forma bem sucedida no mundo das artes e principalmente na moda.
Frank Black era o líder do Pixies. Ele escrevia. Ele compunha. Mas o baixo alegre e a voz doce da sorridente Kim Deal roubavam a cena. O jeito dela era de moleca, andava de camiseta, calça jeans e tênis. As brigas entre eles foram piorando. A participação de Kim Deal diminuía a cada disco lançado até o primeiro fim do Pixies, em 1992. Frank Black seguiu em uma carreira solo pouco produtiva e ela foi tocar com a irmã gêmea Kelley em sua antiga banda, The Breeders. Estourou na MTv com hits como “Cannobal” e “Divine Hammer”.
kim Gordon and kim Deal
Talita Gonçalves
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