quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Nirvana e os Beatles: O que Seattle e Liverpool tem em comum?

 


Os Beatles invadiram a vida de Kurt desde sua infância, vivida em Aberdeen, EUA, por meio de tias e tios que eram grandes fãs dos rapazes de Liverpool.

A influência dos Beatles no Nirvana não é tão novidade, considerando que eles foram uma das bandas favoritas de Kurt Cobain. “Hey Jude” foi uma das primeiras gravações de Kurt quando era criança, sua tia Mary sempre lembra o quanto ela era fã de Beatles e Monkees.

 Seu tio Jim, era um grande colecionador, e seus vinis dos Beatles estavam entre os favoritos de Kurt, além de outras bandas como Led Zeppelin e Grateful Dead.

Em entrevista pela Alternarive Nation, Dave Grohl revelou suas primeiras impressões sobre o Nirvana. Quando ele assumiu a bateria, a banda já tinha lançado o álbum Bleach (1989).

 "About a Girl": "Era como uma canção dos Beatles. Tinha dois minutos e meio de duração com uma melodia linda, e o resto das músicas eram gritaria. Mas essa era muito bonita."


Kurt disse ao amigo Steve Shillinger que, no dia em que compôs a canção, ouviu Meet the Beatles durante três horas, para entrar no clima. Mesmo que fossem considerados passé nos círculos punk, os Beatles foram peça fundamental no crescimento de Cobain como compositor, além de uma constante nas fitas mixadas que enviava como presente a amigos.



Kurt não deixava de citar os quatro rapazes de Liverpool como influência pessoal. Disse também, anos mais tarde, que uma de suas primeiras decepções ocorreu quando descobriu, em 1976, que os Beatles haviam se separado seis anos antes.

 Em seus diários, Cobain fazia listas de seus álbuns favoritos, onde Meet the Beatles nunca deixou de constar. Kurt decorou a casa aonde morou com sua primeira namorada firme, Tracy Marander, com pôsteres de rock que ele mesmo alterava, como um enorme cartaz dos Beatles que exibia então um Paul McCartney de óculos e cabelo afro.


Por incrível e estranho que pareça, musicalmente Aneurysm do Nirvana se asemelha a Twist and Shout. tanto na maneira como o acorde se apresenta curiosamente Dave aparece cantando 'beat it' no refrão, que é semelhante ao que ocorre em Twist and Shout.


Por um lado temos Jhon Lennon e toda sua genialidade, ambos lutava em favor as minorias e eram contra o sistema,  e deixavam claro sua mensagem nas músicas 
Kurt Cobain assim como Jhon era o "cabeça" em suas respectivas bandas, ambos foram figura extremamente polêmica. também vítimas e manipulados pela mídia, mas também souberam manipulá-la muito bem.

Sofreram com o desgaste da fama, foram pressionados pela indústria fonográfica e abusados por jornalistas gananciosos. Ainda assim, permaneciam sinceros a seus ideais, o que os tornava ainda mais polêmicos


Dave Grohl sempre teve especial admiração por George Harrison, a quem dedicou a música “Oh, George”, presente no primeiro CD de sua banda atual, os Foo Fighters. 

Ainda no começo da carreira, o Nirvana sentiu-se como se estivesse no filme dos Beatles Os reis do iê-iê-iê (A Hard Day’s Night), ao ver um local aonde realizavam uma tarde de autógrafos abarrotado de pessoas sobre as prateleiras de discos.


Mas de todas as relações entre os Beatles e o Nirvana, nada foi tão direto quanto a canção “Cut Me Some Slack, uma música gravada por Paul McCartney (tocando uma curiosa ‘cigar box guitar’), Dave Grohl (bateria e backing vocals), Krist Novoselic (baixo) e Pat Smear (guitarra) – literalmente, um beatle e os 3 “nirvanas” restantes. Foi apresentada num evento chamado 12-12-12 Benefit Concert 

Paul já havia tocado com Grohl tocando bateria e também no frontstage. Mas essa foi considerada pelo próprio Macca como sendo uma “Nirvana reunion” 

No ano seguinte, em 19 de junho de 2013, o quarteto (que a essa altura já havia sido apelidada pelos fãs como Beatvana) tocaria novamente a música num show de Paul em Seattle, cidade do Nirvana, a capital do Grunge. No ano seguinte (2014), a música ganharia o Grammy Awards como “Best Rock Song”.


 "Quando era jovem, foi assim que aprendi a fazer música - eu tinha um violão e um songbook com as músicas dos Beatles. Eu ouvia os discos e tocava junto. É claro que não soava como os Beatles, mas isso me fez entender a estrutura de uma canção, a melodia, a harmonia e o arranjo", revelou Dave Grohl.



DAVE GROHL SOBRE AO ENCONTRO DO NIRVANA:


“Lembro-me de sair do avião e de Krist [Novoselic] e Kurt [Cobain] me encontrando na esteira de bagagens. Era como ter Filhos do Milho pegando você no aeroporto. Quando vim para Seattle, o Nirvana estava fazendo um show com outro baterista.

Eu chego lá neste show do Nirvana, há 1.200 pessoas, e talvez 15 delas pareciam ser punk rockers. O resto eram garotos do parque de trailers com cabelos compridos oleosos e vestindo roupas que compraram na Frey Myers e no Exército da Salvação.

Eles usavam flanela ... Eu ainda me visto como as crianças que vi no show naquela noite. Já parecia que havia algum tipo de movimento, mas não foi intencional. Essas pessoas simplesmente se juntaram ou foram atraídas por isso, porque parecia que eles se sentiam. A energia era diferente de tudo que eu já vi. Esse foi meu primeiro dia em Seattle.







quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

3 de dezembro de 2015: Há 5 anos falecia Scott Weiland


 Em 3 de dezembro de 2015, Scott Weiland o líder dos Stone Temple Pilots e Velvet Revolver faleceu após uma longa luta contra o vício em drogas. Scott morreu aos 48 anos. Ele foi encontrado sem vida dentro do ônibus de outra banda sua, a Scott Weiland & The Wildabouts. (Em Minnesota)

Scott Weiland genialidade das composições, o percurso marcado pelos altos e baixos associados ao consumo de heroína, as sucessivas reabilitações, e até a passagem pela prisão, esse foi o universo que se lhe colou como um bilhete de identidade. A saber, o da estrela rock, expoente máximo da era “grunge”, o artista complexo de personalidade estranha, a que a música dava sentido, sendo o que melhor o traduzia.

Scott Weiland é muito querido pela comunidade grunge, apesar de não fazer parte do quarteto fantástico de Seattle. como já mencionado outras vezes aqui no blog GR90S, vamos relembrar a carreira e vida desse ícone dos rock anos 90,  um resumo pelas bandas por onde passou:


                                                  STONE TEMPLE PILOTS

Formado em 1989 em San Diego, Califórnia, Stone Temple Pilots marcou vários sucessos dos anos 90, incluindo "Big Empty", "Vasoline", "Interstate Love Song" e "Plush", o último dos quais ganhou o prêmio Grammy de 1994 de melhor Performance de Hard Rock. A banda de rock alternativo, nunca uma das favoritas dos críticos de rock, vendeu 13,5 milhões de álbuns nos EUA, de acordo com Nielsen Soundscan. STP separou-se em 2002, reuniu-se em 2008 e permaneceu sem Weiland desde sua renúncia em 2013.


A morte de Weiland, fez toda uma geração que, que naquea década de 1990, cresceu com os seus temas e hits,  sua versatilidade e presença fez de Scott  verdadeiramente um Rockstar “força épica em palco”, e toda sua genialidade nas composições, foi uma estrela rock, e expoente “grunge”






A acústico Mtv foi umas das maiores apresentações de Scott


“As pessoas têm uma ideia errada a meu respeito”, disse numa entrevista à “USA Today” certa vez e completou : “Não é a música que me define”.


VELVET REVOLVER

Em 2002, Weiland, juntou-se ao supergrupo de hard rock Velvet Revolver, apresentando membros do Guns N 'Roses Slash, Duff McKagan e Matt Sorum, além de Dave Kushner do Wasted Youth. 

A banda se desfez em 2008, após o lançamento de dois álbuns.Weiland tinha uma longa história de problemas com drogas e álcool. Ele foi condenado por comprar crack em 1995, relata a CNN, um DUI em 2003 e outro DUI quatro anos depois. Ele entrou em programas de reabilitação de drogas várias vezes ao longo de sua vida..


Em suas memórias de 2011, Not Dead & Not For Sale, Weiland escreveu o seguinte sobre sua primeira experiência com drogas pesadas: "O opiáceo me levou aonde sempre sonhei em ir. Não sei o nome do lugar, mas posso diga que eu estava imperturbável e sem medo, um homem flutuando livremente em um espaço sem demônios e dúvidas. ”  Weiland teve dois filhos com sua ex-esposa, Mary Forsberg.

 “Not Dead & Not for Sale”, descreve a sua infância como um período pacífico, pleno de “abelhas e pastos verdes”, muitas vezes a jogar basebol ou futebol, à espera - “sempre à espera” - do verão, para visitar o pai biológico.








Scott Weiland & The Wildabouts


A biografia de Scott Weiland é marcada em sua totalidade por polêmicas. Quem acompanha a carreira do músico, sabe que há mais de duas décadas ele vem dividindo os palcos do mundo com celas de cadeias e quartos de clínicas para reabilitação. Dentro de estúdio Scott sempre foi magnífico. Sua capacidade artística sempre lhe rendeu registros marcantes - seja com o STP, com o Velvet Revolver, ou isolado (12 bar blues).

Após ser demitido do Stone Temple Pilots, Scott montou o grupo The Wildabouts, e lançou o único  álbum da banda "Blaster."



Enquanto STP entrava em um hiato após o lançamento de Tiny Music ..., Weiland lançou um álbum solo em 1998 chamado 12 Bar Blues. Weiland escreveu a maioria das canções do álbum e colaborou com vários artistas, notadamente Daniel Lanois, Sheryl Crow, Brad Mehldau e Jeff Nolan. 


"Blaster" é o único álbum de estúdio de Scott Weiland and the Wildabouts, assim como o último álbum  dele. lançado em 31 de março de 2015. 



Homenagem de Dean DeLeo, Robert DeLeo e Eric Kretz.


" Caro Scott,

Comecemos por agradecer por compartilhar sua vida conosco.

Juntos, criamos um legado musical que trouxe felicidade e ótimas lembranças a tantas pessoas.

As memórias são muitas e são profundas para nós.

Sabemos que entre o bem e o mal você lutou repetidas vezes.

É o que fez de você quem você era.

Você foi dotado além das palavras, Scott.

Parte desse presente era parte de sua maldição.

Com profunda tristeza por você e sua família, estamos tristes em vê-lo partir.

Todo nosso amor e respeito.

Sentiremos sua falta irmão,

Robert, Eric, Dean

Estamos muito triste com a perda do meu amigo que me procurou aqui outro dia. O vício é uma merda. Isso parte meu coração - te amo Scott W "


                                                IN MEMORIA SCOTT WEILAND 🌹 🎕

Scott morreu  enquanto dormia no autocarro da banda, durante uma ‘tour’ - a morte foi o que de mais sereno lhe aconteceu na vida. descanse em paz lenda.

Filha de Chris Cornell, Lily, faz um cover de Alice In Chains em sua primeira apresentação pública.



Filha Chris Cornell, Lily, fez um cover de "Black Gives to Blue" do Alice in Chains na cerimônia de premiação do MoPOP Founders Award na noite de terça-feira (1º de dezembro).

A cerimônia de premiação anual do Museu de Cultura Pop de Seattle foi realizada virtualmente este ano e contou com apresentações do Metallica, Billy Corgan do Smashing Pumpkins, Mastodon, Krist Novoselic do Nirvana, Ann Wilson do Coração, City and Color, Fishbone, Mark Lanegan, Mike do Pearl Jam McCready, Korn, Kim Thayil do Soundgarden e muitos mais.


Lily Cornell Silver fez sua estreia pública no show, acompanhada pelo guitarrista do Queensrÿche Chris DeGarmo, para uma versão da faixa-título do álbum de 2009 da AIC (o primeiro sem o cantor original Layne Staley, que morreu em 2002).

Cornell Silver tocou a balada comovente em um piano de cauda, ​​cantando os versos emocionais: "Não quero sentir mais é mais fácil continuar caindo / As imitações são pálidas / O vazio todos os amanhãs / Assombrado por seu fantasma / Deite-se, preto dá lugar ao azul / Lay down, vou lembrar de você. "


“Muito honrada e animado por fazer parte do Founders Awards deste ano, homenageando Alice in Chains e beneficiando o Museu de Cultura Pop”, disse Lily em um comunicado. “Esses caras são, e sempre foram, minha família, e me sinto muito sortuda por homenageá-los ao lado de tantos artistas incríveis. Estou cantando uma música que é super significativa para mim. ” 


Lily Cornell lançou uma série de entrevistas com foco em saúde mental na IGTV, Mind Wide Open, que contou com convidados como Eddie Vedder, Brittany Snow e Duff McKagan, entre outros.

A noite também contou com uma apresentação da AIC e uma jam de supergrupo com Corey Taylor do Slipknot, Taylor Hawkins do Foo Fighters e Dave Navarro do Jane's Addiction e Chris Chaney fazendo o cover de "Man in the Box".


Veja o vídeo de Lily Cornell Silver:





 




segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Radiohead: respondendo à negligência de engenheiro durante tragédia em 2012


Conforme noticiado pela revista Spin, RADIOHEAD emitiu uma declaração sobre a recente audiência de Domenic Cugliari - o engenheiro responsável por aprovar o palco que desabou durante um show do RADIOHEAD e matou Scott Johnson, o técnico de bateria da banda, além de ferir outras 03 pessoas.


O concerto aconteceu em 16 de junho de 2012 no Downsview Park de Toronto, Canadá. Como relatado anteriormente, o teto do palco externo desabou 01 hora antes que as portas se abrissem para uma multidão de 40 mil pessoas.


O Comitê de Disciplina de Engenheiros Profissionais de Ontário realizou uma audiência e investigação de Cugliari (o engenheiro designado para garantir que o palco estivesse estável) em 16 de novembro de 2020, na qual o engenheiro agora aposentado confessou as suas faltas naquele dia.


No entanto, RADIOHEAD não aceitou inteiramente o pedido tardio de desculpas. 


Confira somente um trecho do que a banda postou em rede social sobre este assunto: “Essas admissões estão 08 anos atrasadas. Se as provas agora aceitas pelo Sr. Cugliari tivessem sido acordadas no processo judicial original movido contra ele e a empreiteira Optex Staging, tudo já estaria finalizado com um resultado muito diferente, assim como alguma justiça teria sido entregue”.


RADIOHEAD lançou o seu último álbum de estúdio em 2016, "A Moon Shaped Pool" (9º disco). Confira o áudio de estúdio da música "The Numbers", lançada neste álbum:



Rock in The Head


Conheça mais sobre Thom Yorke Canal Da Luka Salomao



domingo, 29 de novembro de 2020

Courtney Love: “me sinto a fdp mais sortuda do Rock”


Courtney Love andava sumida, mas a NME conseguiu encontrá-la e bateu um papo sensacional com a icônica artista que passou por diversos assuntos.

Em Londres para um novo projeto, ela falou sobre esse projeto e também sobre o momento atual de sua filha com Kurt Cobain, Frances Bean, além de ter dado atualizações sobre esse disco solo que deve chegar nos próximos tempos. Ela explicou:

" Ainda está no começo e eu já gravei diversas músicas novas enquanto estou em Londres. Eu também já tirei um tempo para aproveitar e redescobrir algumas grandes compositoras como Aimee Mann que é de LA mas foi para Juilliard e é uma gênia subestimada. A Frances me manda playlists, que são fantásticas e cheias de artistas que eu também não tinha conhecido antes.



Eu também me sinto como a filha da puta mais sortuda da história do Rock and Roll porque finalmente, depois de 6 anos, eu e minha família temos um empresário honesto e ético com ótimos ouvidos que é o Jonathan Daniel (JD) e a Crush Music. Nós estamos juntos desde 2009. Ele começou a trabalhar comigo no meio de quando eu estava fazendo um disco [do Hole] pago por mim mesma chamado ‘Nobody’s Daughter’, que tinha algumas canções realmente incríveis das quais eu tenho muito orgulho. Ele tem sido fundamental em trabalhar comigo nesse novo material também."


                             Courtney Love e reunião do Hole


Nessa conversa, Love também falou sobre a possibilidade de uma reunião do Hole e deixou tudo em aberto (mas com perspectivas positivas!):


" Antes de eu voltar eu na verdade fiz a Melissa [Auf der Maur, baixista] e a Patty [Schemel, baterista] virem com o nosso técnico até esse estúdio de ensaio do velho mundo. Nós tivemos uma boa sessão, mas leva um certo tempo para voltar ao ritmo de tudo. É algo que eu iria amar fazer e tenho feito aulas de guitarra via Zoom durante o lockdown, e eu estou escrevendo de novo, então veremos! "



tenhomaisdiscosqueamigos

Billy Corgan fala sobre o álbum "Cyr" e se Kurt Cobain teria rede social


O frontman do SMASHING PUMPKINS, Billy Corgan, afirmou recentemente que acredita que Kurt Cobain se recusaria a ter uma rede social se estivesse vivo em 2020. 

Um fã lhe perguntou em rede social: "Como você acha que seria uma rede social de Kurt Cobain hoje?" 

Corgan respondeu: "Ele seria sábio o suficiente para não ter uma, eu acho".

Ele também falou sobre o processo de escrever e compor o novo álbum duplo do SMASHING PUMPKINS que foi lançado nesta sexta-feira passada (27/11/2020), "Cyr" (10º disco), quando foi entrevistado nesta semana pelo radialista Zane Lowe, da Apple Music.

Seguem alguns trechos:




“Acho que começa com... Vou tentar ser sucinto porque é algo que eu poderia ficar falando por meia hora. Porque eu sei, bom, eu sei, pelo menos pelo que eu sei, muitos músicos querem entender o meu processo musical. Então, falo muito sobre isso na minha conta em rede social, sabe? Quando você é jovem e não tem nada a perder, você faz escolhas binárias muito simples. O riff A é mais emocionante do que o riff B. Tudo bem".

"Quando você faz algo por 30 anos, como qualquer outra pessoa, assume que tudo o que sai da sua boca ou o que quer que você toque, tenha um certo tipo de qualidade única porque foi comprovado pelo mercado. Você ainda está por aí, certo? Mas se você voltar para o seu eu de 20 anos, seu eu de 20 anos não se importará com nada disso. Seu eu de 20 anos apenas irá dizer: 'O riff A é mais emocionante do que o riff B'".


Então, eu tenho um riff de guitarra que virou na música 'Cyr', o que é um exemplo perfeito. Originalmente era um riff de guitarra pesado e começamos com riffs de guitarras pesados. E em algum lugar ao longo do caminho, dissemos: 'Bom, vamos tentar desta outra maneira para ver se há algo lá'. Então, eu tenho um grande e gordo sintetizador funcionando, olhamos um para o outro e pensei: ‘Isso é mais emocionante’. Então, tudo isso se torna uma série de escolhas binárias e não há um 'capetinha' sentado em meu ombro dizendo: ‘Sim, mas os fãs do SMASHING PUMPKINS esperam ouvir aquele tipo de guitarra agora, não se esqueça'".


"Você volta ao espaço primordial das escolhas binárias. Se alguém não é um músico ouvindo o que estou dizendo agora, é tão simples como se você já tivesse sentimentos por duas pessoas, onde você tem que tomar uma decisão e será injusto para uma delas. E se você está realmente apaixonado pelo outro, você precisa dar um passo adiante. Bom, é mais ou menos assim... Você tem que ir aonde seu coração
mandar".


"E então, em um álbum como 'Cyr', eu simplesmente fui aonde o meu coração me disse para ir. Não havia ninguém parado lá me dizendo: ‘Você não pode fazer isso porque...’ E a propósito, gosto de apontar para a multidão dos pessimistas, pois ainda faço muito rock".

"Sim, os álbuns de 2007 à 2014 foram bem recebidos no geral, as pessoas gostam deles, mas nada mágico estava acontecendo. E em algum momento, sou um mago, certo? Eu digo: 'Espere, eu ainda tenho raios nas mãos. Ainda posso fazer isso, mas como fiz antes? Oh, acabei de fazer escolhas binárias. Eu apenas fiz escolhas binárias realmente simples, A ou B, B ou A'. E você faz isso ao longo de 01 ano e meio e se acostuma, sabe? Você esquece que deveria ligar o pedal fuzz ou algo assim. Você apenas entra num ritmo natural e pensa: 'Oh, isso soa bem'”.

Confira o videoclipe da canção "Anno Satana", lançada no álbum "Cyr" do SMASHING PUMPKINS:



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Stone Gossard: "descobrimos um território novo com o disco 'Gigaton'", diz guitarrista do Pearl Jam


 Stone Gossard, guitarrista e membro fundador do PEARL JAM, foi entrevistado pela revista Kerrang e dentre vários assuntos, ele falou como um futuro álbum do PEARL JAM poderia soar em termos de experimentação - o sucessor do último álbum, "Gigaton" (11º disco, 2020).

Embora os fãs ainda não vejam o PEARL JAM fazendo turnê do seu incrível álbum de 2020, onde a própria revista concedeu 05 estrelas (nota máxima) ao disco, Gossard já está ponderando como poderia soar o álbum seguinte e como ele gostaria de “gravar outro disco que realmente choque as pessoas”.


Enquanto o disco "Gigaton" já contém muitos novos elementos estimulantes das lendas de Seattle (o baixista Jeff Ament anteriormente chamou o single "Dance of The Clairvoyants" de “a tempestade perfeita de experimentação e colaboração real”), Stone Gossard disse que há potencialmente ainda mais que pode ser feito, referindo-se à transição do RADIOHEAD para os álbuns "OK Computer" (3º disco, 1997) e "Kid A" (4º disco, 2000).

“Há algum território novo lá e acho que é um bom presságio para o que vier a seguir”, diz ele sobre como o álbum "Gigaton" abriu novas portas para o PEARL JAM. “Acho que ainda estamos arranhando a superfície em termos do que realmente poderia ser músicas com sons significativamente diferentes. Acho que provavelmente compararia o que estou pensando a um momento dos discos 'OK Computer' e 'Kid A', pensando sobre a transformação do RADIOHEAD e a jornada que eles seguiram”.


Quando questionado se esse momento ainda está por vir para a banda, Stone concordou: “Espero que sim. Não vai soar que nem o disco 'OK Computer', é claro, mas se trata de um momento em que tropeçamos em algo que é significativamente diferente. Essa perspectiva sempre me intriga e gostaria de gravar outro álbum que realmente chocasse as pessoas, tipo, que as fizessem pensar: ‘Nossa, isso é inesperado!’”




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Jerry Cantrell: "se apresentar sem Layne Staley pela 1ª vez, foi curativo e importante"


ALICE IN CHAINS é uma das bandas de rock mais duradouras de sua geração. 
O mais sombrio e pesado grupo dos Big Four do grunge, o quarteto de Seattle nascido sob a ponte Ballard ajudou a preparar o palco para a descoberta nacional do movimento rock que definiu uma era, combinando riffs e ritmos de lama escura, baladas taciturnas e as emocionantes harmonias vocais de duas partes do falecido vocalista original, Layne Staley, e do guitarrista/compositor, Jerry Cantrell.

Seu álbum de estreia em 1990, “Facelift”, que recentemente recebeu o tratamento de reedição do 30º aniversário e se tornou o primeiro disco grunge a ganhar o certificado de Ouro, preparou o cenário para uma tomada de controle da cultura popular por uma improvável brigada de desajustados de Seattle. A banda suportou as perdas de dois membros fundadores, Staley e o baixista original, Mike Starr, antes recrutando o baixista Mike Inez da banda solo de Ozzy Osbourne e neste século atual, o amigo de Cantrell na sua banda solo, William DuVall (vocal/guitarra), para ajudar a continuar o legado do ALICE IN CHAINS.



E agora em dezembro de 2020, o Museu de Seattle (MoPOP) irá homenagear os grandes nomes do rock de Seattle, ALICE IN CHAINS, com seu Prêmio Founders - uma homenagem que funciona como a grande arrecadação anual de fundos para o museu e que celebra o seu 20º aniversário

Com a pandemia frustrando uma jam presencial com estrelas convidadas, o evento será virtual e pré-gravado com uma programação mais empilhada do que nunca. 

ALICE IN CHAINS incluiu amigos e colegas do METALLICA, Billy Corgan (frontman do SMASHING PUMPKINS), KORN, Ann Wilson (vocalista do HEART), Duff McKagan, Krist Novoselic (baixista do NIRVANA), Mark Lanegan, membros do SOUNDGARDEN, Mike McCready (guitarrista do PEARL JAM), Tad Doyle (vocalista do TAD), Eddie Vedder e Jeff Ament também do PEARL JAM, Tom Morello (guitarrista do RAGE AGAINST THE MACHINE) e muitos outros.


E para marcar o momento, o jornal Seattle Times conversou com os membros fundadores do ALICE IN CHAINS, Jerry Cantrell e o baterista Sean Kinney, para tratarem sobre as provações e triunfos de uma banda que nunca será deixada de lado na história do rock.




Seguem alguns trechos dessa entrevista:


Jornalista: Vocês não se importam muito com elogios, mas o que significa para vocês ser reconhecido por uma instituição de Seattle como o MoPOP?

Jerry Cantrell: De que estávamos pensando em começar essa banda no Music Bank (local de ensaio) sob a ponte Ballard em 1987. Você meio que passa pela vida e lida com o que está à sua frente, mas de vez em quando você olha para trás e tem a oportunidade de fazer isso.

Cantrell: É uma coisa incrível... Muito respeito por Paul Allen e pelo amor e cuidado que ele tinha pela música e pelos artistas. Além disso, fazer parte de alguns desses prêmios Founders para Jimmy Page, THE DOORS e John Fogerty, onde fui um participante homenageando o artista e agora estou sendo o artista homenageado, recebo de forma muito humilde mesmo. Muitos de nossos compatriotas, amigos de outras bandas e artistas que admiramos contribuíram para isso. Eu ainda não vi todos eles desde que a pandemia começou e estou propositalmente esperando para ver todos eles no evento.

(Sean Kinney entra na chamada).

Kinney: Olá, a entrevista pode realmente começar agora. Seja lá que merda Cantrell estava dizendo, pode jogar no lixo porque o cara está aqui agora.


Jornalista: (risadas) Hey, seja bem-vindo, Sean. Esses eventos fazem vocês refletirem sobre esta época inicial, especialmente com Layne Staley e Mike Starr?

Cantrell: Com certeza... Quando estávamos fazendo as apresentações para o Prêmio Founders, também recebemos os prêmios destinados a Mike e outro para Layne, para que pudéssemos dar às suas famílias. Eles estão sempre conosco.

Kinney: Pra mim, pessoalmente, metade do caminho para seguir em frente é devido ao que nós quatro criamos e que outras pessoas criaram depois, onde tivemos um público que se importou. Sabe, a vida fica muito complicada e uma hora ela pode te derrubar, sendo que estas situações não são exclusivas para nós. A única coisa única sobre isso é que acontece com todo mundo. É um problema, porque você se torna uma lápide ambulante para os seus irmãos e também é uma coisa linda, porque as pessoas querem prestar respeito. Mas lembremos que somos humanos e é difícil... Eu pessoalmente não estava preparado - como você poderia estar preparado? - para lidar com essas coisas. Cada um de nós construiu o seu próprio conjunto de armadura ao longo do tempo.



Jornalista: Jerry, você mencionou terem começado a banda no antigo Music Bank. Você tinha acabado de voltar do Texas e sua mãe e avó tinham falecido. O que significou para você ter a banda se unindo quando isso aconteceu?

Cantrell: É meio engraçado, porque nunca fui criado com muitos dogmas religiosos, mas eu acredito que existe um equilíbrio na natureza e um fluxo, onde descobri muitas vezes nos momentos mais difíceis - aqueles chutes reais que a vida vai te dar - que geralmente o universo lhe oferece alguma opção. Para o que é tirado, uma coisa nova é dada e eu sempre senti que estava "recebendo" os caras da banda em minha vida. Recebi uma nova família para começar de novo e depois, quando as coisas aconteceram do jeito que foi com a nossa banda no início dos anos 90, aumentamos a nossa família e apenas continuamos.


Jornalista: O disco “Facelift” foi um dos álbuns fundamentais para o movimento rock de Seattle da época. 30 anos depois, como você vê esse disco?

Kinney: Eu não passo muito tempo olhando para trás... Coletivamente, não fazemos isso do jeito que a maioria das bandas fazem, tipo, relançar um álbum no aniversário de 20 ou 25 anos do disco. Esta é a primeira vez que fazemos algo assim e levou 30 anos.




Kinney: Recebemos ótimos conselhos da nossa empresária na época, Susan Silver (então esposa de Chris Cornell) e de nossos advogados para lutar pelos direitos de poder escolher as nossas músicas e fazer do nosso jeito. Ouvir a canção "Man in The Box" soou muito lenta e deprimente para a rádio e eles diziam que nunca iria funcionar bem, mas nós dizíamos: "Não, isso é legal! Nós entendemos! Mas qualquer coisa, consulte a página 262 do contrato. Nós vamos apenas lançar e ponto final!" E funcionou, pois sempre fizemos o que queríamos e quando queríamos e isso nos deu muita liberdade.


Jornalista: Em torno do disco “Facelift”, vocês fizeram uma turnê pela Costa Oeste Americana com os caras do PEARL JAM quando eles ainda eram chamados de MOOKIE BLAYLOCK. Alguma lembrança dessa turnê?


Cantrell: O senso de comunidade. Foi divertido e era tudo novo. Todos nós gostamos uns dos outros e todos nos demos bem. Não havia um monte de celebridades querendo aparecer... Enquanto todos estavam focados em seus pequenos grupos particulares, você não ignorava o fato de que o todo tinha mais poder do que as bandas individuais. Você podia sentir essa coisa crescendo.

Cantrell: Você nunca poderia esperar que pudesse realmente fazer isso, ser um artista de verdade, sabe? A possibilidade disso realmente começou a entrar em foco e é o que mais me lembro, a possibilidade de poder acontecer... E também havia a sensação de que finalmente os "mocinhos" estavam ganhando, porra!

Kinney: Me lembro de quando tudo mudou, quando estávamos saindo em turnê junto com o SLAYER e outras bandas do metal. Éramos a banda de abertura daquelas turnês, com a plateia chovendo palavrões sobre nós nos shows. Houve muita resistência e críticas das pessoas, mas realmente queríamos abraçar aquilo. 



Kinney: Então, de repente, você pôde sentir: "Onde está aquele ódio todo?" Foi uma espécie de choque, tipo: "Então, agora todo mundo gosta de nós?" Estávamos 01 ano em turnê recebendo hostilidade das pessoas e agora, de repente, bum! Todo mundo gosta de você e estamos voando num jato para tirar fotos, pois o nosso álbum tinha ganhado Disco de Platina ou algo assim.


Jornalista: O show beneficente em 2005, referente ao tsunami na Indonésia, foi um ponto crucial para o ALICE IN CHAINS, sendo a primeira vez que vocês tocaram essas músicas após a morte de Layne Staley. Qual foi a sensação de tocar essas canções pela primeira vez sem ele?


(Longa pausa).

Kinney: Foi por outra causa que era maior do que nós e eu pessoalmente foquei nesta causa, porque também havia outras pessoas cantando para nós. Portanto, não foi realmente esse tipo de sentimento, embora estivesse envolvido também.

Cantrell: Houve um verdadeiro derramamento filantrópico em todo o mundo para ajudar aquelas pessoas necessitadas e nem estávamos realmente pensando em recomeçar com a banda, estávamos apenas pensando no evento e como ajudar. Mas a realidade de quando você está no palco se apresentando sem Layne e com um monte de amigos convidados se revezando nos vocais, foi aí que tudo se encaixou pra mim. Foi difícil, mas também foi um momento realmente curativo e importante.


Jornalista: Com o último álbum lançado pelo ALICE IN CHAINS em 2018, “Rainier Fog” (8º trabalho de estúdio, que marcou a primeira vez em mais de 20 anos que o grupo havia gravado em Seattle), a faixa-título foi uma homenagem às suas raízes iniciais em Seattle e a cena da época. Em que você estava pensando e o que motivou essa reflexão?

Cantrell: Tudo começa com a melodia e é aí que a minha mente e aquela vibração estavam quando comecei a ouvir aquela música. Você vai com a vibração... Eu estava apenas levando em consideração de onde viemos, o que passamos e como essa jornada é incrível, como estamos orgulhosos de ser de onde viemos e ter este reconhecimento pelo Prêmio Founders da cidade de Seattle, onde tudo isso está interconectado também.



Jornalista: A banda nativa de Seattle, HEART, abraçou você e muitos dos seus colegas no início. Quando você estava chegando, como era o seu relacionamento com as irmãs Wilson? E como foi ter alguém de Seattle que esteve no topo da montanha enquanto você estava subindo?

Cantrell: Foi muito significativo para todos nós, pois elas foram tão humanas, receptivas e compreensivas, além de poder pedir conselhos a elas. A ajuda delas nos ajudou a superar as coisas de uma forma muito mais rápida, pois tínhamos um relacionamento de irmãos.

Cantrell: Elas sempre estiveram lá para todos nós, cara. Para todas aquelas bandas da nova geração. Essa foi uma lição muito legal e uma afirmação para que elas fossem tão receptivas e abertas com o seu tempo, tocando as nossas músicas e nos incluindo nos seus compromissos. Ainda fico um pouco atordoado quando estou com elas, mas procuro não demonstrar.

Kinney: Elas apenas vivem e respiram música. Você meio que fica com ciúme delas... Cada vez que você está perto delas, alguma delas fala: "Pegue uma guitarra, vamos fazer uma jam!" É como, Jesus Cristo! E elas estão apenas "arrancando" músicas e não sabemos como elas sabem tudo aquilo! É tão incrível e lindo, tipo, parece um show privado às vezes.




Jornalista: Sean, você estava entre o grupo de investimento que reabriu o clube The Crocodile em 2009. O que The Crocodile significa para você e por que você quis se envolver para trazê-lo de volta à vida?

Kinney: É uma grande parte desta cidade. Tem uma grande história e esses locais são onde todos os próximos LED ZEPPELIN's irão aparecer e todas as coisas que vão continuar nos fazendo tagarelar sobre música. Esses locais são onde 99,9% dos músicos profissionais ganham a vida tocando e eles precisam existir.


Jornalista: Para finalizar essa entrevista, como você espera que a banda seja lembrada aqui em Seattle, quando o ALICE IN CHAINS se aposentar?

Cantrell: Isso é para as pessoas dizerem... Fizemos o que achamos que era certo e criamos algumas músicas com as quais nos importamos e outras pessoas parecem se importar também. Fazemos parte de uma comunidade que possui um elo artístico muito forte e estou feliz com isso.

Kinney: Espero que quando as pessoas olharem para este velho carro de Seattle, reconheçam o nosso amassado no para-choque, tipo: “Ah, aquele amassado ainda existe naquele para-choque? Não sei como essa coisa ainda pode ser dirigida... Deve ter sido o ALICE IN CHAINS” (risos).


rockinthehead


Heart: como eles ajudaram a carreira inicial do Pearl Jam?


Os membros do PEARL JAM, Jeff Ament e Stone Gossard, estavam com dificuldades financeiras após a morte do vocalista Andrew Wood e a dissolução do MOTHER LOVE BONE em 1990. 

A guitarrista do HEART foi entrevistada pelo site Meltdown e disse que emprestou dinheiro a Gossard e Ament para ajudá-los a sobreviver antes do PEARL JAM ser formado.


Segue somente este trecho da entrevista:


Jornalista: Pra quem não sabe, você também foi responsável pelo PEARL JAM, não foi? Você também ajudou muito eles no começo e deu uns trocados ou algo assim, certo?


Nancy Wilson: Sim, nós emprestamos algum dinheiro a eles. Eles perderam o vocalista por overdose, Andrew Wood, da banda deles na época, MOTHER LOVE BONE, e antes de encontrarem Eddie Vedder, eles perderam o contrato de gravação e a turnê que iriam fazer. Eles disseram: "Podemos pedir algum dinheiro para viver por alguns meses?"


Nancy Wilson: E nós dissemos: "Claro!" E depois, eles fizeram coisas realmente ótimas com o PEARL JAM e me pagaram o dinheiro de volta.



rockinthehead


sábado, 28 de novembro de 2020

Dave Grohl garante que o irá se reunir


O supergrupo inativo há uma década pode voltar em breve e quem garantiu isso foi Dave Grohl, líder do Foo Fighters e baterista nesse projeto paralelo.

A declaração foi dada ao jornal The Australian, e por lá o músico falou que “é claro” que haverá novidades do Them Crooked Vultures e que a banda, formada por Josh Homme (Queens Of The Stone Age) e John Paul Jones (Led Zeppelin) é “o sonho de qualquer baterista”:

Nós falamos sobre isso o tempo todo. Eu conversei com o Josh sobre isso há pouco tempo. O Them Crooked Vultures é o sonho de qualquer baterista. Você toca com o melhor baixista na história do Rock And Roll, e com Josh Homme, que é um furacão.



E quando a gente se reúne para uma jam, só leva um minuto e meio até que algo muito bom saia de lá. Quero dizer, o John Paul Jones é um baixista tão maravilhoso que ele se conecta imediatamente com você, seu groove, sua pegada. Ele é como uma cola. Então você se torna uma seção rítmica em questão de segundos.

                               


E o Josh é muito empolgante. Eu e ele somo como irmãos. Nos conhecemos há quase 30 anos, então temos um relacionamento ótimo no palco e fora dele.

Nós falamos sobre isso o tempo todo. Infelizmente todos nós temos outros empregos. Eu acho que é uma das nossas bandas favoritas em que todos nós já estivemos, e nós flertamos um com o outro de vez em quando. Tenho certeza que vai rolar de novo. É só questão de tempo.


Novo Disco do Foo Fighters, Them Crooked Vultures e pandemia

Se as coisas estivessem acontecendo normalmente no mundo, o Foo Fighters estaria ocupado pelos dois próximos anos, já que irá lançar um novo disco em Janeiro e ele com certeza seria seguido de extensas turnês mundiais, o que impossibilitaria a volta do TCV.

Como os shows devem demorar a voltar, quem sabe a brecha não apareça para que tenhamos o sucessor de Them Crooked Vultures, primeiro e único disco lançado em 2009.



O novo disco do Foo Fighters, Medicine At Midnight, tem data de lançamento marcada para 05 de Fevereiro de 2021.



Fonte: tenhomaisdiscosqueamigos

O dia em que Butch Vig convidou Shirley Manson para os Garbage


 No dia em que convidou Shirley Manson para os Garbage, o produtor dos Nirvana soube que Kurt Cobain tinha morrido. famoso por produzir “Nevermind”, Butch conta como convidou Shirley Manson para fazer parte dos Garbage horas antes de saber que o líder dos Nirvana se tinha suicidado.  

“É como se uma parte da minha carreira se tivesse transformado noutra no mesmo dia”


Butch Vig deu uma entrevista recente à rádio, na qual recordou o dia da morte de Kurt Cobain - que assinalou, da mesma forma, o seu primeiro dia de trabalho com Shirley Manson, dos Garbage.


Ele explicou o porquê de ter escolhido Shirley Manson como vocalista dos Garbage, após ver o videoclip para 'Suffocate Me', dos Angelfish (a banda anterior de Shirley), na MTV, com os restantes membros da banda.

"Ficámos pasmados com a intensidade [da canção]", contou. "Em vez de gritar como muitos vocalistas do rock alternativo andavam a fazer na altura, ela fazia o oposto".

"Ligámos-lhe e dissemos que tínhamos umas canções, para ela se encontrar connosco e ver se existia alguma química. Voámos para Inglaterra sem quaisquer planos para fazer um álbum completo".



"Ela pensava que estávamos a ficar nalgum hotel chique, onde nos encontrámos. Falámos durante três ou quatro horas de livros, música, comida, cultura e política, e convidámo-la para gravar", continuou.



"Quando saí do hotel, para desfrutar da noite, estavam todos a olhar para mim, a perguntar-me se sabia o que tinha acontecido. Disseram-me que o Kurt Cobain tinha morrido".

"Passei-me, tinha que voltar para o hotel e voar novamente para os Estados Unidos. Foi muito estranho, mas foi um ponto de viragem na minha carreira. É como se uma parte da minha carreira se tivesse transformado noutra, no mesmo dia", completou. "Uma espécie de passagem de testemunho".



Fonte: blitz.pt


John Frusciante: Álbum-solo tem o nome de sua falecida gata



John Frusciante desenvolve brilhante carreira na música eletrônica, paralelamente a suas guitarrices rock’n’roll. Sob o nome Trickfinger, John passeia por diversos espectros da música altamente sintetizada. Seu novo álbum, Maya, tem um diferencial, porém. O norte-americano usou seu próprio nome na autoria e não Trickfinger. Isso porque Maya era o nome da falecida gatinha do músico, que ficava com ele, enquanto o tutor compunha. Frusciante afirma que um nome tão pessoal não combinava com o despersonalizado Trickfinger, por isso usou seu nome de batismo. O álbum é totalmente instrumental e mergulha fundo no jungle e brakbeat hardcore, dos anos 90 e pode ser checado no Bandcamp.



Membros de Alice In Chains, Anthrax e mais tocam clássico do Soundgarden

“Rusty Cage” é uma das mais importantes canções do Soundgarden, tanto que foi regravada por nomes como Johnny Cash.

Pois agora quem resolveu homenagear Chris Cornell e sua trupe foi um supergrupo formado por Bill Kelliher (Mastodon), William DuVall (Alice In Chains), Charlie Benante (Anthrax) e Mark Menghi (Metal Allegiance).

Você pode assistir ao vídeo logo abaixo, e ele inclusive começa com uma “bênção” do guitarrista do Soundgarden, Kim Thayil.



                                               Fonte: tenhomaisdiscosqueamigos


Vídeo mostra Kurt Cobain imaginando o que seria o futuro do Nirvana


Infelizmente, o mundo perdeu Kurt Cobain e o Nirvana cedo demais.

Você provavelmente já tinha chegado a essa conclusão, mas um vídeo de Kurt em uma entrevista na TV dos EUA mostra que a banda ainda estava se encontrando musicalmente e parecia pronta para dar novos e interessantes passos nos anos seguintes, de acordo com o próprio frontman.

Ao ser questionado sobre “Scentless Apprentice”, canção que fez parte do à época recém-lançado In Utero, ter sido a primeira vez em que todos os membros da banda assinaram uma música, Cobain respondeu se esse seria o “novo método” do Nirvana:

Sim, demais! Tira a pressão de mim. O Dave pensou no ritmo da bateria e nós só construímos a música a partir da bateria… E o riff! Ele teve a ideia da batida da bateria, e aí me mostrou o riff, e era bem simples e eu pensei ‘isso pode funcionar’. E eu fiquei pensando que estava meio cru, mas nós trabalhamos naquilo e ficou ótimo!



Agora eu fiquei empolgado com isso, porque agora podemos escrever juntos ainda mais.

Como sabemos, os planos de Kurt acabaram nunca se concretizando, e fica na nossa imaginação pensar o que poderia ter saído dessas três mentes geniais atuando em conjunto e mais em sincronia do que nunca.





Por Felipe Ernani, edição GR90S









Nirvana: Entendendo a música Rape Me (Estrupe me)


Uma das mais polêmicas e controvérsias músicas do Nirvana "Rape me" é a  4º faixa do In Utero, a letra gerou muita confusão e até hoje muitos a interpretam de forma errônea. 

Imagine em pleno século (nos dias de hoje) o que essa música causaria até mesmo impacto no mundo GLBT e grupos Feministas na qual o mesmo Kurt Cobain defendia. Com tudo que temos hoje a banalização das coisas, internet feminicidio em alta. mas o que muitos ainda não sabem (ou pelo menos os fãs mais jovens de Nirvana) Rape me é um canção anti-estrupo. sim!

Kurt Cobain explicou várias vezes sobre o verdadeiro significado dessa polêmica:

R̶a̶p̶e̶ ̶-̶ ̶m̶e̶ " É uma canção anti, vou repetir... 𝗮𝗻𝘁𝗶-𝗲𝘀𝘁𝘂𝗽𝗿𝗼. Fico cansado de pessoas pensando, tentando colocar muito significado nas minhas letras. Então eu tentei ser bem claro, bem direto. "

Em uma entrevista à  NME  em 1991, Cobain explicou seus pensamentos sobre como ele acreditava que a sociedade deveria procurar eliminar a agressão sexual e o estupro. Um dos fatores mais importantes na erradicação da agressão sexual, ele acreditava, era educar os homens sobre o estupro. 


Cobain já havia falado em 1991 (dois anos antes de “Rape Me” ser lançada) sobre como a sociedade precisava se preocupar em eliminar o estupro. Como lembrou a revista Far Out, ele disse que conversou com uma amiga que estava tendo aulas de defesa pessoal anti-estupro e que baseado em pensamentos compartilhados por ela.


 A banda durante um show em Oakland na véspera de Ano Novo em 1993, Kurt confrontou um fã masculino na multidão que supostamente estava apalpando uma mulher na primeira fila durante um show.

Kurt Cobain sempre foi claro sobre suas opiniões e tópicos difíceis já conhecidos, abordou de frente temas como igualdade entre as mulheres e contra o racismo e homofobia.




Rape me segue na mesma viber de polly ( já mencionada aqui no blog GR90S)
com a temática de agressão sexual, que foi a tentativa de Cobain de escrever um hino anti-estupro. Ele explicou o significado por trás da faixa para Spin: “É como se ela estivesse dizendo: ‘Me estuprou, vá em frente, me estuprou, me bateu. Você nunca vai me matar. Vou sobreviver a isso e vou estuprar você um dia desses e você nem vai saber disso.’”

Em "Polly"  Kurt esclareceu:

 “É sobre uma jovem que foi sequestrada, o cara a conduzia em sua van. Torturou ela. A estuprou. A única chance que ela tinha de escapar era vir até ele e persuadi-lo a desamarrá-la. Foi o que ela fez e fugiu. Você pode imaginar quanta força isso exigiu?”