sábado, 29 de agosto de 2020

Jerry Cantrell: Como ele se tornou um co-vocalista dos Alice in Chains


Jerry Cantrell falou, em entrevista ao canal da Gibson no YouTube, sobre o desenvolvimento de suas habilidades vocais com o passar dos anos. Cantrell é uma espécie de co-vocalista da banda, função que exerce de forma ainda mais clara com a entrada de William DuVall na vaga deixada pelo saudoso Layne Staley.

"Sempre fui fã de bandas que têm múltiplas vozes e múltiplos vocalistas, pessoas que podem oferecer uma paleta diferente. É algo que sempre gostei, mas que as bandas de Seattle não tinham muito. Nunca quis ser a voz principal, só queria tocar guitarra, compor e fazer alguns backing vocals, pois é mais fácil e tínhamos Layne Staley", afirmou, inicialmente, conforme transcrito pelo Ultimate Guitar.

A admiração por Layne Staley deixava Jerry Cantrell bem tranquilo no que diz respeito aos vocais do Alice in Chains. "Eu achava que não precisava cantar nada, pois Layne dava conta do recado. Nunca ouvi nada como a voz dele em toda a minha vida e sei que nunca irei ouvir. E era legal estar em uma banda com ele, onde criamos essas músicas juntos. Ele tinha personalidade, não soava como ninguém e ninguém soa como ele", disse.


Apesar disso, a proposta de trazer os vocais de Jerry para as músicas da banda surgiu de forma natural. "Lembro de conversar com Layne, especialmente em nosso primeiro EP (provavelmente em referência a 'Sap', de 1992), pois foi a minha primeira experiência cantando em uma gravação do Alice. Layne dizia: 'cara, essas são suas letras e, sem ofensas, elas devem significar mais para você... adoro cantá-las, mas são suas palavras, você deveria cantar em algumas delas'", contou.

A primeira reação do guitarrista foi negativa. "Eu dizia que não queria cantar, pois não era tão bom cantor quanto Layne, mas ele me elogiou, disse que eu deveria tentar e eu comecei a cantar cada vez mais. Viramos uma banda de vocais conjuntos, em vez de eu assumir apenas os backing vocals", disse.

Essa divisão nos vocais se refletiu positivamente na forma como a banda funcionava. "Ficamos mais próximos nessa questão de carregar o peso juntos, além de ter a versatilidade de duas vozes diferentes. O legal é que nós dois cantávamos juntos de um jeito que criava uma voz ainda maior. Às vezes, dá para dizer quem sou eu e quem ele é na música, mas muitas vezes quando cantávamos juntos, não dá para diferenciar. Virava uma coisa só", concluiu.




Fonte: whiplash.net



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