quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Quem era Demri Lara Parrott?


Demri Lara Parrott (1969-1996) era mais conhecida por seu relacionamento amoroso com Layne Staley, sua musa inspiradora em algumas canções dos Alice in Chains e Mad Season. ela foi modelo, artista, filósofa.

Pouco sabemos sobre a vida de Demri Parrott (nascida em 22/02/69), exceto que ela era praticamente adorada por seu noivo, Layne Staley. 

Acredita-se que Layne conheceu Demri em algum momento dos anos 80 ou início de 1990, como ela é agradecida nas notas de capa do Facelift, que foi lançado em 8/90. Ela não é, como se acredita amplamente, a mulher na capa. A maioria de seus amigos a descreveu como gentil, pacífica e artística. Eles falham em mencionar, no entanto, sua dependência de heroína e se ela ficou viciada ou não na droga antes ou depois de conhecer Layne.

Layne Staley e Demri Parrott foram, de acordo com amigos próximos e companheiros de banda, descritos como perfeitos um para o outro e o termo "almas gêmeas" foi usado mais de uma vez para definir seu relacionamento. No entanto, nos anos que se seguiram ao sucesso de Dirt, Layne e Demri se separaram. Embora os dois estivessem noivos entre os anos de 1992-1994, o noivado terminou em '93 ou '94.


A maior parte do trabalho junto de Layne foi no álbum "Above" dos Mad Season . em particular em as músicas


"I Above", "Lifeless Dead", ele descreve um relacionamento em que o homem deseja casamento e compromisso, e a mulher se esquiva. Ninguém tem certeza se ele cantou sobre seus próprios problemas com Demri ou não. Se foi uma tentativa de trazê-la de volta para ele, que infelizmente falhou.


 Acredita-se que a música "Lifeless Dead", era sobre o fim de seu relacionamento.



29 de outubro de 1996, Demri faleceu devido a uma inflamação no coração causada por uma overdose de heroína. não propriamente morreu de uma overdose, como muitos acreditam, ao contrário, seu coração simplesmente cresceu muito para seu corpo. Muitos acreditam que este foi o último prego no caixão para o já sofrido Layne, que estava lutando sua própria batalha perdida contra um vício. Amigos comentam que, após a morte de Demri, Layne foi colocado em vigilância por suicídio por 24 horas. 

Não há nenhum memorial para essa mulher, nenhum legado duradouro daquela namorada estrela do seu grunge rival, (Courtney Love) ninguém sabe como ela exatamente era. Parrott uma mulher velada pelo mistério e pelo silêncio poético, mas conseguiu quebrar o espírito de uma dos cantoras mais talentosos do século XX.


Parrott nasceu em Bremerton, Washington, filha de Kathleen Austin e Dennis Dougherty, em 22 de fevereiro de 1969. Ela também usava o sobrenome Murphy e tinha três irmãos mais novos, Devin, Derek e David. Ela frequentou a escola em Arlington, Washington. Alguns de seus interesses incluíam filosofia, poesia, decupagem, arte e teatro. Ela largou o ensino médio em seu primeiro ano e se mudou para Seattle. Ela aspirava ser modelo e atriz.


Segundo a mãe de Layne Staley, eles conheceram em uma festa e se encontraram no final dos anos 1980. Ela e seus irmãos são agradecidos no encarte do álbum de estreia do Alice in Chains, Facelift 



(1990). Ela era amplamente considerada a mulher na capa do segundo álbum da banda, Dirt; no entanto, isso foi negado por sua mãe, e mais tarde revelou ser a atriz Mariah O'Brien.

Durante seu relacionamento com Staley, os dois desenvolveram o vício em heroína. Eles ficaram noivos em 1992, mas se separaram em algum momento entre 1993 e 1994. lembrando que, Parrott apareceu na arte do único álbum do Mad Season, Above, lançado em 1995.

Layne e Demri no show do Pearl Jam. Rock Candy, Seattle, 1992.



Devido ao abuso de drogas, Parrott lutou com problemas cardíacos e passou por várias cirurgias de coração aberto. Ela faleceu em 29 de outubro de 1996 de endocardite, uma inflamação do coração, causada por uma overdose de heroína, no Hospital Evergreen em Kirkland, Washington. Ela tinha 27 anos.


Demri é enterrado no Cemitério Ivy Green em Bremerton. Staley faleceu seis anos depois, em 5 de abril de 2002.
A música "Died"  do Alice in Chains está na compilação Music Bank, foi inspirada em Parrot






Layne Staley não havia superado morte de Demri Parrot


Autor da biografia dos Alice In Chains  revelou sobre o episódio marcante na vida de Layne.
29 de Outubro de 2020 fez 24 anos, aniversário da morte de Demri Parrott, antiga namorada e musa inspiradora de Layne Staley, frontman do Alice In Chains e Mad Season.

“Layne e Demri tinham um relacionamento meio aberto. Na posição em que estava, provavelmente é a única maneira pela qual ele poderia ter um relacionamento duradouro. Layne era muito fiel a Demri em seu coração, mas ele relatou muitas, muitas aventuras de turismo selvagem para mim. ” - David Duet “CatButt” (Everybody Loves Our Town)

Parrott e Staley eram muito próximos, e muitas pessoas afirmam que o vocalista nunca superou o fim do noivado e a morte de Demri.

O autor David de Sola, responsável pelo livro Alice In Chains: The Untold Story, divulgou uma pequena história sobre o relacionamento dos dois e o casamento que acabou não acontecendo.

Leia na íntegra logo abaixo:

" Pessoas que conheciam os dois geralmente concordam (e me dizem) que Layne nunca superou a morte de Demri. Ele já era bem recluso em 1996, mas após a morte dela, só gravou algumas faixas (com a banda Despiseley Brothers, duas músicas do Alice In Chains, e um cover de Pink Floyd para uma trilha sonora de filme). Ele ia gravar vocais de apoio para uma música do Taproot, mas seu corpo foi encontrado logo antes de uma sessão de gravações acontecer.


A última vez que a Kathleen Austin – mãe de Demri – viu Layne foi em 1997. Ele queria um urso de pelúcia que a Demri tinha com ela no hospital. Austin pegou o urso de volta após ele ter sido encontrado com os demais pertences de Layne após sua morte. Ela também tinha o anel de noivado da Demri, dado por Layne. O noivado foi cancelado, mas ela chegou a escolher um vestido. Eles tinham escolhido o Kiana Lodge na Bainbridge Island como o local do casamento, e esse foi o motivo pelo qual o funeral para a família e amigos de Layne foi feito lá, em 2002.


Mike Starr disse que ele seria o padrinho no casamento de Layne e Demri. Nem a mãe de Demri nem o padrasto de Layne puderam confirmar isso. Estava pensando nos dois ontem e hoje, e o que poderia ter sido. Descansem em paz, Layne e Demri. "


Tanto a morte de Layne quanto de Demri foram relacionadas às drogas. Demri faleceu no dia 29 de Outubro de 1996 devido à uma infecção bacteriana, consequência secundária do uso de drogas, enquanto que Layne sofreu uma overdose no dia 5 de Abril de 2002.


terça-feira, 27 de outubro de 2020

27 de Outubro de 1967: Nascia Scott Weiland 📣


Scott Richard Weiland, conhecido popularmente por  Scott Weiland, frotman dos grupos Velvet Revolver e Stone Temple Pilots, Scott era dono de um timbre único e tinha grande versatibilidade e perfomance de palco, já se completou 53° aniversário, desde então.
Vamos recordar um pouco desse ídolo da era grunge na década de 90

 Nascido na Califórnia,  chegou a ser  expulso dos Stone Temple Pilots em 2013 por "comportamento destrutivo"(devido ao abuso de drogas)

Stone Temple Pilots, foi a banda mais importante de Weiland, surgiu em 1989 na cidade americana de San Diego, na Califórnia, fazendo ao rock alternativo com influências do grunge. Ficou ativa até 2002.


Scott Weiland  se transformava e incorporava bem ao cantar covers, tal como um de seus ídolos, Jim Morrison, Weiland era um espírito livre que transitava entre épocas e estilos. Além disso, podia subir ao palco tanto para interpretar um rock clássico do The Doors, como "Break on Through"




Tem também o belo cover  "But Not Tonight"  Depeche Mode




Em uma apresentação Scott fez um cover do Nirvana
 "Frances Farmer Will Have Her Revenge On Seattle"



Na auto-biografia de Scott Weiland, "Not Dead & Not For Sale", lançada em 2011 e, basicamente, resume a via crucis de um dos últimos astros genuínos do rock. Uma vida repleta de excessos e sucessos, mas, sobretudo, uma vida sem rumo. Um homem que definhava, pouco a pouco, em praça pública, assim como outros grandes de sua geração, como Kurt Cobain e Layne Staley, até ser encontrado morto, dormindo, dentro do ônibus de sua outra banda, os Velvet Revolver.






Fora os maiores hits do STP que são clássicos, a morte de Scott Weiland  deixou um grande vazio para o rock. descance em paz Scott! 







domingo, 25 de outubro de 2020

Mark Lanegan Ataca Com Canções De Natal

Canções tradicionais de Natal, versões de temas daquela época e alguns originais sortidos. Assim será o próximo disco que o ex-Screaming Trees vai editar sob o pseudónimo Dark Mark.

Mark Lanegan vai lançar, através da Rough Trade, um segundo tomo de “Dark Mark Does Christmas 2012”, dando-lhe agora, obviamente, o nome de “Dark Mark Does Christmas 2020”.


O primeiro disco natalício de Lanegan, que data de há oito anos, apresentava seis canções, incluindo “We Three Kings”, “Oh Holy Night” e “Coventry Carol”, enquanto o sucessor vai apresentar cinco novas faixas, entre “canções tradicionais de Natal, algumas versões de temas de Natal e mais alguns originais“.


A lista de faixas do disco ainda não foi divulgada, no entanto, já se sabe que terá versões de “Burn The Flames” e “Christmas Eve Can Killy You”, de Roky Ericsson, dos The Everly Brothers. Um dos originais festivos de Langean, “A Christmas Song”, foi designado pela editora como “delicado e de partir o coração“.


Desta vez, o disco não estará apenas disponível em versão vinil, como também em CD e Lanegan assinará sob o sugestivo pseudónimo Dark Mark.

Para além dos planos de espalhar a alegria do Natal, Lanegan manteve-se ocupado durante o ano de 2020, tendo lançado o seu mais recente álbum a solo, “Straight Songs Of Sorrow”, em Maio, e ainda um livro de memórias, “Sing Backwards and Weep”, no início deste ano.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Michael Stipe explica letra de maior hit do R.E.M.


"É basicamente insegurança" disse Stipe, Song Exploder, é a série da Netflix bastante aguardada por fãs de música, finalmente estreou. Um dos convidados é ninguém menos que Michael Stipe, líder do R.E.M., para explicar um de seus maiores hits.

O seriado é derivado de um podcast do mesmo nome criado em 2014. O programa vai a fundo na criação de músicas icônicas, e tem outros convidados como Alicia Keys, Lin-Manuel Miranda e mais.


A plataforma de streaming divulgou um trecho do episódio com Stipe, que mostra o músico falando sobre a letra de “Losing My Religion”, canção do disco Out of Time, de 1991. Enquanto lê as palavras e se permite pensar nela depois de tantos anos, Michael revela que a letra descreve, basicamente, uma pessoa muito insegura.





Fonte: tenhomaisdiscosqueamigos.com


Veruca Salt: as várias faces de "Seether"

O VERUCA SALT é um quarteto de rock alternativo formado em 1992 em Chicago, EUA, pelas vocalistas e guitarristas Nina Gordon e Louise Post, pelo baixista Steve Lack e pelo baterista - e irmão de Nina - Jim Shapiro. Se você é do tempo da MTV em UHF no Brasil, em meados da segunda metade da década de 1990, pode ter se deparado com a banda na TV em algum momento.

Ao todo o grupo tem 5 álbuns lançados, sendo o último, o excelente "Ghost Notes", de 2015. Ao longo dos anos a banda teve altos e baixos e várias formações, incluindo a saída de Nina Gordon em 1998 após desentendimentos com Louise Post. A banda chegou a encerrar as atividades em 2012, quando anunciou um hiato em março. Gordon e Post resolveram suas diferenças somente em 2013 e reataram a amizade. Em 15 de março daquele ano a banda anunciou a volta de Nina e o retorno do lineup original.


O VERUCA SALT é bastante conhecido por sua canção "Seether", terceira faixa de seu ótimo álbum de estreia, "American Thighs", de 1994. A música, composta por Nina Gordon, se tornou um clássico da banda, indispensável em qualquer apresentação ao vivo. "Seether" foi reinventada ao longo dos anos, sendo tocada de maneiras diferentes pelo grupo.

Em 1994, quando a banda vivia os ares de seu recém-lançado primeiro disco, "American Thighs".


Em 1995, no festival Glastonbury em junho daquele ano. Tudo bem que o baterista Jim Shapiro teve sua caixa da bateria danificada no final, mas o brilho da canção não foi afetado. E o vestido de Louise Post fazendo alusão à capa de "American Thighs" também é um mero detalhe.


Em 1997, no Bizarre Festival, em agosto. Introdução diferente e já sem Shapiro nas baquetas.


Em 2014, em um show em San Francisco na Califórnia. Uma celebração ao retorno de Nina e à formação original.

Em 2015, quando o grupo já havia lançado o disco "Ghost Notes". Um set acústico de Nina e Louise para o "Noisey Acoustics". A dupla também tocou "The Museum of Broken Relationships" de seu último trabalho de estúdio.


Também em 2015, em uma outra sessão acústica para a RadioDBC em 30 de julho.



Em 2018, no festival Day on the Green em Brisbane. Grande forma!



Em 2018, no Lodge Room em Los Angeles.


Um brinde ao VERUCA SALT e a toda saudade e nostalgia dos anos 1990 que a banda carrega.




Fonte: whiplash.net



Breeders no rádio e na TV depois da gravação de Pod


O primeiro disco das Breeders, Pod (1990), foi feito rapidamente e com pouca grana. O selo 4AD deu a Kim Deal (voz e guitarra) e Tanya Donelly (guitarra e voz) a bagatela de 11 mil dólares para que as meninas se trancassem no estúdio por três semanas. O disco acabou sendo completado em dez dias.

Kim, que na época estava de saco cheíssimo do papel subalterno que exercia nos Pixies (basicamente cantar em poucas músicas, comunicar-se com o público da banda durante os shows e escrever uma ou outra canção), não tinha nem o grupo inteiro formado. Antes, três bateristas ajudaram a gravar a demo, já que a banda não oficializara nenhum (ou nenhuma).


Quando o estúdio já estava agendado, Josephine Wiggs, do grupo Perfect Disaster, entrou para o baixo. Steve Albini, que havia produzido Surfer Rosa, estreia dos Pixies (1988), foi chamado por Kim para cuidar de Pod e indicou o baterista Britt Walford (Slint), que assinou o job como Shannon Doughton.


Só que como a banda gravou Pod em menos tempo que o normal, as Breeders conseguiram fazer outras coisas. Em 22 de janeiro de 1990, aproveitaram até para gravar uma Peel Session, comandada pelo DJ da BBC John Peel, na Inglaterra. O grupo conseguiu levar para o estúdio até mesmo o engenheiro de som de Pod, Steve Albini, que cuidou da gravação. Walford continuou na bateria nessa gravação.


A banda estava surfando uma onda boa, já que a crítica havia curtido o disco. Kim costumava ouvir de repórteres questionamentos como “por que você não compõe mais nos Pixies?”. E na mesma época em que as Breeders gravaram o programa de John Peel, ainda deu tempo de fazer uma aparição no Snub TV, um dos programas mais quentes da música pop do fim dos anos 1980, exibido inicialmente na base do “faça você mesmo”, e depois pela BBC. Walford também apareceu com o quarteto dessa vez. Ficaria lá até 1992, com as Breeders ainda restritas a idas e vindas. Em 1993, com Kim, Josephine, Kelley Deal (irmã gêmea de Kim, guitarra) e Jim McPherson (bateria), viria o disco Last splash. O resto é história.



Fonte: popfantasma.com.br




Pixies: os fantasmas das glórias passadas


Quando perdeu John Cale, o Velvet Underground virou outro grupo. Quando Eno cansou de que Ferry não lhe deixasse lugar, o Roxy Music começou a ser outra coisa. O mesmo aconteceu no dia em que Kim Deal deixou o Pixies. O problema é que, diferentemente das outras duas bandas, a evolução do Pixies não está à altura de suas origens. Entre 1987 e 1991, eles foram um desses grupos que mudavam você por dentro, abriam portas, mostravam quem você é. Se eles cruzavam o seu caminho, se tornavam algo vital, necessário. Em sua segunda encarnação, a que começa em 2004 e chega até o presente, a importância de que o Pixies continue na ativa reverte sobretudo para seus membros originais.



Agora eles podem viver decentemente do seu trabalho, porque há milhares de pessoas que por nostalgia ou por inércia querem ver o grupo. O Pixies poderia ter seguido adiante sem Deal, que saiu em 2013 porque relutava em gravar novas canções, fazendo algo memorável, inclusive diferente, e cometer o heroísmo de existir com nobreza numa época que já não é a sua. Em lugar disso, desde 2014 lançaram três discos em que as novas ideias produzem indiferença, e as velhas soam somente a isso. Beneath The Eyrie dá fé do que digo.





Fonte: brasil.elpais.com



"Somos anti-rock and roll", dizem os Pixies

Em uma entrevista em 2010, o guitarrista Joey Santiago explica por que a banda nunca chegou a fazer sucesso mundial como o Nirvana.

Em show hoje no SWU, banda apresentará músicas dos seus quatro discos, lançados entre os anos 1980 e 1990

A história do rock está repleta de azarados. Os "quase famosos" são uma vertente à parte. O mais famoso deles, o baterista Pete Best, saiu dos Beatles antes de a banda estourar. Hoje, o festival SWU recebe outro célebre representante dessa turma.

Ainda que reis do mundo alternativo, os norte-americanos dos Pixies serão sempre lembrados pelo grande público como "a banda que inspirou Kurt Cobain na criação de "Smells like Teen Spirit" mas nunca ganhou muito dinheiro com isso".



A música, "o" hit dos anos 1990, impulsionou o último furacão na indústria fonográfica antes da era dos downloads ao superar nas paradas o então imbatível Michael Jackson e abrir espaço para o rock de garagem.

"Eu estava basicamente tentando copiar os Pixies", disse Cobain (1967-1994) à revista "Rolling Stone".

Enquanto o Nirvana vendia milhões de discos e se tornava uma das bandas mais populares do planeta, os Pixies lançavam discos elogiados pela crítica, mas naufragavam entre brigas internas e pelo desânimo de não "acontecerem". Encerraram as atividades em 1993.

"Não! Não, imagina!", responde rápida e enfaticamente o guitarrista do Pixies, Joey Santiago, 45, quando questionado se sente ciúmes do sucesso alheio.

"Como poderia sentir ciúmes? Como posso explicar.... Eu diria que nós ficamos à parte. Éramos um bando de esquisitos sem graça para a molecada", diz Santiago.

"Nós éramos muito honestos para não sermos do nosso jeito. Até hoje somos anti-rock and roll. Até nossos roadies aparentam ser mais roqueiros. Até nossos fãs são mais roqueiros!"


CULTO


O passar dos anos, no entanto, fez bem ao grupo. Viraram "cult", assim como Velvet Underground e Stooges, grupos que não atingiram sucesso comercial em seus dias, mas inspiraram inúmeros seguidores.

Weezer, Blur e Radiohead, além de vários outros que nunca saíram das garagens, devem algo aos Pixies. Foi a banda de Frank Black, Joey Santiago, Kim Deal e David Lovering quem tornou marca registrada a fórmula musical "parte calma/ parte pesada/ parte calma".

"Fico surpreso em ver nossa influência. Mas não foi por acaso. Trabalhamos duro para isso. Ensaiávamos o tempo todo", diz Santiago.

Em 2004, o Pixies resolveram voltar à ativa. Chegaram a tocar no Brasil, em Curitiba. Esta é a segunda vez deles no Brasil, a primeira em SP.

"Por que voltamos? Foi apenas porque teve interesse por parte do público. Foi uma correria para nos ver tocar", diz Santiago. O grupo, que não chegou a gravar disco novo, nunca escondeu que dinheiro foi uma das motivações para o retorno.

Atração do palco que terá tatuados, como Gloria e Incubus, os Pixies podem parecer ETs para o público mais jovem. Serão três tiozinhos e uma tiazinha que não se mexem muito no palco, com roupas "normais", daquelas de lojas de departamentos, a tocar músicas sobre OVNIs, alienígenas, Velho Testamento e temas surreais.



Fonte: Por BRUNO YUTAKA SAITO, Folha de São Paulo



Pixies lança single "Hear Me Out”


Lenda da década de 1990, lança single o single  "Hear Me Out” a banda Pixies, que foi uma das maiores influências do lendário Kurt Cobain, tem uma história marcada por muitos altos e baixos, mas jamais deixou de entregar música de qualidade para os fãs. Não à toa, todas as vezes que a banda “sai um pouco de cena”, muitas pessoas ficam ansiosas por novidades.


Bem, parece que a primeira novidade da banda, desde o lançamento do álbum “Beneath The Eyrie”, acaba de ficar ao alcance dos fãs. Afinal, a banda estadunidense acaba de lançar um novo single, intitulado “Hear Me Out”


Foi por meio do seu canal oficial, no Youtube, que a banda Pixies resolveu apresentar ao mundo o seu mais novo single. Na verdade, a “Hear Me Out” não é uma faixa tão nova assim, já que ela foi gravada durante as sessões do último álbum da banda.


quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Há 25 anos atrás morria Shannon Hoon

21 de outubro de 1995, Há 25 anos atrás morria Shannon Hoon, Depois de se formar no ensino médio em 1985, ele se juntou à sua primeira banda, um grupo local de glam-metal chamado Styff Kytten.

O vocalista dos Blind Melon,  a band aficou bastante famosa com o hit  "No Rain" atigindo o topo de uma das músicas mais tocadas na época. 

Ainda em pleno auge Shannon morreu de overdose acidental de cocaína a bordo de seu ônibus de turismo, que estava estacionado na St. Charles Ave. no distrito de Warehouse, perto dos Kingsway Studios. Chris Jones, o empresário da banda, disse a EW: “Isso definitivamente foi um choque completo e devastador. Ele estava lutando contra as drogas há algum tempo - eu o coloquei na reabilitação duas vezes - [mas] é difícil avaliar o quão longe alguém está. ” Na época, os membros da banda decidiram tirar um tempo e decidir se queriam ficar juntos após o falecimento. Obviamente, a turnê foi cancelada depois que Hoon faleceu.


A banda deu a Hoon sua primeira experiência no palco, e ele logo começou a escrever suas próprias canções, incluindo “Change”, que mais tarde faria parte do álbum de estreia do Blind Melon.

Hoon rapidamente se cansou da vida em uma cidade pequena. Ele se referiu à sua cidade natal de Lafayette, Indiana, como “uma pequena comunidade reprimida. Você pode viver toda a sua vida lá e realmente ficar bem confortável, mas eu queria ver mais. ” Aos 18 anos, o aspirante a roqueiro arrumou seu carro e foi para Los Angeles.


“Ele falava muito, não parava de calar a boca. Lembro-me daquela primeira noite em que decidimos que íamos entrar em uma banda - ficamos muito bêbados ”, acrescentou Stevens. "Estávamos batendo no meu apartamento e ele tentou brigar comigo! Ele ficou bravo porque eu estava rindo dele - ele disse algo realmente estúpido. Essa era a coisa sobre Shannon: ele dizia tudo que entrava em seu Muitas vezes seria como, 'Por que você disse isso?' Milagrosamente, ele não deu um soco - poderia ter terminado ali. ”

Os três começaram a tocar regularmente, com o guitarrista Christopher Thorn e o baterista Glen Graham mais tarde trazidos para o grupo. Em 1990, nasceu o Blind Melon.


Eddie Vedder e Dave Grohl juntam-se à ‘Letter to You Radio’ de Bruce Springsteen.



Quando a carta de Bruce Springsteen para você Radio foi anunciada pela primeira vez pela Apple Music, foi efetivamente garantido que os convidados do show seriam um quem é quem na história do rock. Hoje, essa formação apresentou Eddie Vedder e Dave Grohl para conversar sobre Pearl Jam, Nirvana, Foo Fighters e muito mais.


A conversa fluiu por tópicos como crescimento pessoal e musical, a arte da demo, ascensão à fama musical e a irmandade entre as bandas.


“Qual foi a diferença entre fazer essa jornada com o Nirvana e fazê-la com o Foo Fighters?” Springsteen perguntou a Grohl em um ponto.



"Bem, provavelmente assim como você, eu imagino, você começa a tocar música quando é jovem, porque algo pega seu coração, certo?" Grohl respondeu. “E para mim, pessoalmente, foram os Beatles. E nunca imaginei que poderia ser um Beatle. Nunca imaginei que poderia ser uma das estrelas do rock que tinha na minha coleção de discos, ou em pôsteres na parede. Eu apenas pensei, para mim, era este quebra-cabeça. Havia algo sobre o quebra-cabeça de harmonia, composição e arranjo. E eu estava obcecado com a ideia de que vários instrumentos podem criar algo emocional, ou algo que pode fazer você sentir. E foi quando eu tinha uns oito ou nove anos. ”




Fonte: https://www.spin.com/

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Pearl Jam: VS (versus) uma pérola do grunge

Vs. foi o segundo álbum dos Pearl Jam, lançado em 19 de outubro de 1993 (27 anos) a banda continuava afiada e faminto como nunca. eles ainda tinha tacos de barulheira inconsequente para queimar, ao mesmo tempo que ganhara uma identidade a ser lapidada e um imenso público para satisfazer. Seu primeiro disco, Ten, de 1991, os levou para além da estratosfera, sendo que o esperado era que a banda no mínimo mantivesse o nível.

E o curioso é que essa expectativa, apesar de gigantesca, analisando historicamente hoje, nem é muito relevante, pois a impressão é que a banda atropelou o mito do segundo disco sem sequer sentir cócegas: era desde cedo um grupo destinado a ser adorado por muitos, subestimado e superestimado por outros tantos, na mesma medida. Não que a banda assim o quisesse, mas daí já é outra discussão.



O fato é que o grupo não se intimidou diante do desafio. Lançou um grande disco, que já mostrava sinais efetivos de maturidade e ainda mais pegada do que o debut. Os dois trabalhos que viriam a seguir são provavelmente suas melhores obras: Vitalogy é o álbum mais diferenciado da banda, e o mais próximo que o Pearl Jam chegou até hoje da genialidade, e No Code é o elo de ligação entre aquilo que a banda foi em seu princípio e é hoje, condensando essas duas facetas de forma primorosa. Mas Vs é imbatível no feeling e na quantidade de grandes composições — Ten é um adversário de nível nesses aspectos, mas é um disco dificil de se ouvir hoje, enquanto que Vs ainda soa fresco e criativo, o Pearl Jam em seu auge.

Neste segundo trabalho, a tática é quase covardia: 1) Eddie Vedder está cantando muito e todos os membros mandam muito bem em seus instrumentos; 2) as composições são menos retas e mais surpreendentes do que aquilo apresentado em Ten, e com o mesmo nível de excelência em matéria de melodia; 3) os caras descem o braço sem piedade em boa parte das músicas, e por fim; 4) se dão ao luxo de gravar duas daquelas músicas que entram no seletíssimo grupo das músicas perfeitas. Vs é basicamente isso. Possui elementos para arrebanhar ainda mais fãs e credenciar o grupo a, naquela altura, ser um dos de Seattle que provavelmente escaparia do destino esvaecente do grunge.


A sequência de abertura, Go e Animal, é contundente: a primeira é frenética e carregada, guitarras despolidas no talo sobrepondo-se em profusão. Animal é não menos vigorosa, puxa mais pra melodia, mantendo a garra. Com essa abertura incendiária, o Pearl Jam já mostra que estava encaminhando mais um clássico, assim como fizera em seu primeiro disco. Mas a similiaridade com a abertura de Ten fica por aí: sai a densidade sufocante em prol do punch esmagador. Sai também a produção pobre e sombria e entra a competência de Brendan O’Brien — consequência positiva do estrelato.



A terceira faixa começa e nada explode, mas o nível aumenta. Daughter vai na base dos violões e do carisma de Eddie Vedder, que manda muito bem em uma das faixas relax do disco. No desenrolar da música, Mike McCready e Stone Gossard tomam a frente novamente com suas guitarras, construindo um fim que fica meio que em aberto, e nos shows eles costumavam usar isso muito bem como uma ponte para algum cover (como Another Brick in the Wall no fabuloso bootleg Live in Atlanta, disponível para download aqui).


Glorified G é das canções mais descontraídas do Pearl Jam e, junto com Satan’s Bed, aquela que eu mais gosto. Geralmente as tentativas da banda nesse sentido não são muito bem sucedidas ao meu ver (acho Do the Evolution, Evacuation e Don’t Gimme No Lip muito fracas, por exemplo), mas aqui eles acertam a mão. O que já não acontece na faixa seguinte, que é o único ponto baixo do disco, merecedor de um forward: Dissident me soa uma música meio… gordurosa. Tá tudo certinho, as guitarras bem sincronizadas, os solinhos, o vocal sempre emocionante de Vedder, o refrão, mas a receita não fica boa no fim, enjoando rapidamente e sem acrescentar nada.


A faixa seguinte faz você esquecer Dissident logo. WMA (White Male American) é um dos pontos mais altos de Vs: batida tribal, backing vocals ritualísticos, baixo ditando o ritmo, guitarras esparsas e macabras, refrão marcante. Uma música turbulenta, que fica ecoando na cabeça por horas e horas depois de sua audição. De quebra, uma boa letra politizada sobre autoridade, o que prova que essa característica da banda não é de hoje.


Blood põe tudo abaixo sem dó e nem refresco, uma porrada ensurdecedora alucinante. Vedder solta a garganta sem o menor senso de auto-preservação (“it’s / my / bloooooooood”) e o então baterista Dave Abbruzzeese destroça seu kit nos menos de 3 minutos da música. Os ouvidos ainda estão zunindo quando inicia-se Rearviewmirror, a primeira canção perfeita do disco. Esta é uma das músicas mais queridas pelos fãs do Pearl Jam, e com todos os motivos. Não há muito o que falar de uma música perfeita: a se destacar novamente o vocal de Eddie Vedder — bastante contido ao longo da canção, mas explodindo no clímax (“saw things / saw things / saw things / saw things / clearer / clearer / once you / were in my / rearviewmirror”) — e o entrosamento excepcional da dupla McCready e Gossard.


Três boas faixas pavimentam o fim do álbum. Nada de excepcional, mas que conseguem manter o bom nível que imperou até aqui: Rats fala de ratos (ou homens?) com baixo e guitarra duelando em igualdade, e Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town (“longest title in the Pearl Jam catalog”) é uma baladinha meio insípida, que não chega a ter condições de ser comparada com outras baladas mais inspiradas do Pearl Jam, mas tem lá suas virtudes. Leash é a última paulada do disco: rasgada e empolgante até o limite, na medida para fazer um show se transformar em um inferno. Aliás, música para show é o que não falta aqui.


O melhor e mais surpreendente de Vs fica reservado para seus últimos minutos. Novamente, o dilema: o que falar de uma música perfeita? Indifference é singela, baixinha, levada no baixo e nos teclados, guitarra solando precisa e sutil e Eddie Vedder em mais uma atuação de gala. A pergunta “how much difference / does it make?” encerra Vs de um jeito que não poderia ser melhor.


1993 assistiu o Pearl Jam vender mais de um milhão de discos em menos de uma semana, uma marca impressionante. Passados mais de 10 anos, a banda continua na estrada, sem o estardalhaço de antes, mas com uma base fiel de fãs que acompanhou a evolução do grupo. A artilharia pesada de Vs dificilmente se repetirá, e este disco deverá ser para sempre o auge do Pearl Jam nesta categoria. Não é brilhante do início ao fim, mas duas músicas perfeitas em um mesmo álbum é algo para poucos, por isso as 10 estrelinhas lá em cima são mais do que justas.


Tad: Inhaler (1993)

Tad era uma banda grunge de Seattle formada em 1988, apesar de terem sido uma das primeiras bandas a assinar com a Sub Pop, eles foram a última banda local notável a conseguir uma assinatura de uma grande gravadora. Eles nunca se tornaram famosos. Após este álbum, sua estreia em uma grande gravadora, eles foram descartados devido a um controverso pôster promocional. Depois de mais 1 álbum que recebeu críticas negativas, eles se separaram em 1998 após vários anos sem assinar com uma gravadora. Este álbum, entretanto, é aparentemente o melhor. É também um dos álbuns de grunge mais pesados ​​já feitos. Para mim, esse álbum quase define o grunge. Independentemente do hype em torno do termo, este álbum é grunge. É pesado, distorcido, tem aquele som sujo de guitarra. Eu também gosto da bateria, eles parecem ter um bom baterista, ele usa contrabaixo ocasionalmente também. Tad Doyle não é realmente um bom cantor objetivamente, mas ele funciona bem aqui. Acho que ele também toca violão. O álbum abre com "Grease Box", possivelmente a melhor música do álbum e, na verdade, uma das minhas músicas favoritas. Ele abre com uma ótima linha de baixo que agrada. Na verdade, uma vez, alguns meses atrás, ele começou a tocar na minha cabeça e eu não tinha ideia de onde ele veio. Mas eu tinha certeza de que tinha ouvido em algum lugar, então descobri quando me lembrei dessa música. Mas começa com aquela linha de baixo, e então a guitarra distorcida, suja e "suja" começa a tocar a mesma coisa. É realmente ótimo. No verso em que guitarras tocando no alto-falante direito, então no meio o outro toca no outro alto-falante e eu realmente não sei como descrever, mas é demais. Eu também gosto da parte "e você não precisa ficar em pé ..." no refrão. E o solo é incrível, quer dizer, talvez não seja como um solo de thrash metal ou algo assim, mas parece legal para mim. A próxima música "Throat Locust" arrasa e rola. Ele começa e simplesmente te ataca com aquele riff, é apenas um power acorde ou algo assim, mas chuta a merda de qualquer coisa que Nickelback poderia sonhar com um power acorde. E então o refrão com seu "Não vai significar uma coisa ..." é legal, e eles têm a guitarra solo ou qualquer coisa tremendo sobre o acorde de força ou algo assim, é tão simples, mas é legal, eu não sou músico, pode ser difícil para mim descrever o que ouço, mas, mesmo assim, tento. Leafy Incline começa com o ritmo forte, com seus versos fortes até o refrão alto, com sua parte meio cativante de "Eu não estou sozinho". É uma boa música. "Luminol" tem um monte de bumbo que tem um ritmo legal e meio que direciona a música. Até o meio, quando fica mole com o violão um pouco, exceto as guitarras elétricas batendo caoticamente, então volta para a bateria legal. Em seguida, fica ainda mais suave com um piano e violão. Isso é legal. Em seguida, ele volta a ficar elétrico e começa a parte final da música. Mas não vou entrar em detalhes sobre cada música. "Ulcer" é bom, mas realmente não me impressiona muito. Não parece se destacar muito. "Lycanthrope" praticamente é uma merda. Eu não gosto disso "Just Buy the Farm" é uma música legal. Não é muito ruim, não é muito bom. "Rotor" é muito pesado. Ele abre com essa linha de baixo, então a guitarra entra por um momento, então ele volta apenas para baixo. É tão simples, mas acho legal. Tem um riff legal também, é pesado e groove. E eu gosto da forma como Tad Doyle Belts o refrão. "Paregoric" é, junto com "Grease Box" uma das melhores músicas aqui. Tem um ótimo riff crescendo que fica preso na sua cabeça também, o riff soa bem legal. Além disso, tem aquele "Tarde demais!" canto da banda também. "Pansy" tem um riff realmente pegajoso. A música mais próxima "Gouge" é uma balada, com violões misturados com elétricos, e é a música mais melódica aqui. Termina com um monte de ruídos de feedback. É uma boa música. Resumindo, este é um ótimo álbum de heavy metal / grunge. Um álbum que balança e rola, isso é exatamente o que parece, um grunge realmente pesado. 8 de 10 



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“Inhaler” é a maldita fera de um álbum que, em um mundo justo, teria atingido o triplo de platina e pelo menos tornado Tad Doyle tão famoso quanto os caras de Screaming Trees e Mudhoney, ou foi o tema de comentário sarcástico idiota sobre Beavis e Butthead. Produzido por J Mascis (você pode dizer que tem um pouco de vibração de Dinosaur Jr. sob o ataque esmagador de riffs saturados de grunge), “Inhaler” é a pedra angular da era. O álbum é sobre riffs em primeiro lugar, e é provavelmente o álbum mais grunge do metal desse lado de “Facelift”. O que torna seu anonimato ainda mais desconcertante, entretanto, é o fato de “Inhaler” ser carregado com refrões melódicos e refrões ferozmente cativantes. “Gafanhoto da garganta” deve ser mencionado ao mesmo tempo que o “Homem nas Caixas” e “Outshined’s” e “Come as You Are’s” do mundo; em suma, deveria ser conhecido como um clássico do grunge. O filme de abertura "Grease Box" não fica muito atrás, embora a peça publicitária que ganhou por rodar durante os créditos finais de um filme de merda de Ed Furlong não significa muito hoje em dia. Do monstruoso "Lycanthrope" ao fervilhante "Leafy Incline", "Inhaler" é difícil, consolidando seu status como o maior disco de grunge do qual você nunca ouviu falar.


No final, o que realmente matou Tad foi o idealismo colossalmente idiota que tem decaído e destruído a América nos últimos 20 anos: politicamente correto. A gravadora os largou enquanto eles estavam em turnê com "Inhaler" porque um pôster promocional saiu com uma foto de Slick Willie Clinton dando uma tragada e dizendo "é uma merda pesada, cara." Realmente não parece ser um bom motivo para mim, e é apenas mais um motivo para odiar o consanguíneo do Arkansas que transa feio-interno. Independentemente do fato de que Tad Doyle deva estar realmente chateado por perder a corrida do ouro, devemos preservar a memória de Tad através do que eles teriam desejado. Riffs e punhos.


Pearl Jam convoca Pixies e IDLES para seus maiores shows até hoje em Londres


O Pearl Jam prometeu fazer história em seu retorno aos palcos,  a banda liderada por Eddie Vedder acaba de marcar suas maiores apresentações até hoje em Londres.

Por lá eles farão dois shows seguidos, em 9 e 10 de julho de 2021, no BST Hyde Park, onde eles já deveriam ter se apresentado neste ano. O evento, claro, teve que ser adiado devido à pandemia do novo coronavírus.

E não é só o Pearl Jam que vai subir ao palco no BST Hyde Park 2021. Farão a abertura das noites para eles as bandas Pixies e IDLES.


Pearl Jam

Enquanto o Pixies acompanhará o Pearl Jam na noite de sexta-feira, dia 9 de julho, o IDLES ficará responsável pelo show de abertura de sábado, dia 10 de julho.


Vale lembrar que o IDLES aparece na nossa lista de bandas que são a nova cara do punk, pós-punk e rock alternativo vindas da Europa, em um especial que pode ser visto em vídeo logo abaixo.


O BST Hyde Park 2021 está sendo anunciado com grandiosidade e terá seus ingressos à venda a partir do próximo sábado, dia 10 de outubro, custando a partir de 70 libras, cerca de 513 reais.


Confira abaixo o vídeo de divulgação dos shows do Pearl Jam em julho do ano que vem, em Londres.













Fonte: tmdqa









A história do grunge em 15 discos (de acordo com a NME)

De Rust Never Sleeps, do Neil Young, a Nevermind, do Nirvana, conheça a trajetória do gênero musical.

O grunge ganhou fama mundial com Pearl Jam e o Nirvana, mas, definitivamente, não foi criado por essas duas bandas. De acordo com a NME, a história do gênero musical começou no final dos anos 1970 e continua até os dias de hoje. 

Para relembrar a trajetória do grunge, o site britânico listou 15 discos que marcaram o subgênero do rock. Quem abre a lista é Rust Never Sleeps, do Neil Young, que foi lançado em 1979. 

Com 9 músicas, o disco explora um som mais elétrico e sombrio na segunda metade, como na canção “Hey Hey, My My (Into the Black)”. É com este trabalho que Young ganha o apelido de “Padrinho do Grunge”. 

Em seguida, o veículo cita Is This Real, do Wipers. Quando a cena punk ainda dominava a cena underground, a banda decidiu investir mais na distorção do que na velocidade para criar um som inédito, que inspirou muitos nomes do grunge nos anos seguintes. 


Para representar a década de 1980, foram escolhidos Come on Down, do Green River, o disco homônimo do Skin Yard, Gluey Porch Treatments, do  Melvins, e Superfuzz Bigmuff, do Mudhoney.


Então, a lista segue para os lendários anos 1990. O primeiro disco a marcar década é Ten, do Pearl Jam, que não foi um sucesso imediato, mas garantiu notoriedade para o gênero nas listas da Billboard. 


Assim com o Pearl Jam, o Soundgarden trouxe novos tons para o grunge ao misturá-lo com outros gêneros musicais, como o heavy metal, no disco Badmotorfinger, em 1991. Neste mesmo ano, o Nirvana lançou Neverminde levou o gênero para o mainstream, influenciando todo o cenário cultural da época. 


O grunge não é só formado por homens e o L7 é a prova disso. O grupo liderado por Donita Sparks agitou a cena com o ativismo feminista e ganhou apoio do Nirvana, Red Hot Chili Peppers e Rage Against the Machine.


Hole, banda de Courtney Love, deu continuidade ao debate de questões feministas com o disco Live Through This, lançado em 1994. E Alanis Morissette foi a sucessora deste legado no post-grunge com o clássico Jagged Little Pill.  


O último disco dos anos 1990 citado pela NME é o álbum homônimo do Garbage, que misturou os resquícios do grunge com o pop e conseguiu se tornar um marco para o post-grunge. 


Em um pulo de 10 anos, a lista termina com Feels Like, do Bully, que até hoje mostra que, após mais de quatro décadas de existência, o grunge ainda está vivo. 


Confira 15 discos que contam a história do subgênero do rock e as canções mais marcantes de cada um deles, segundo a NME:













































































DOSSIÊ RIOT GRRRL: O MOVIMENTO QUE COLOCOU MULHERES À FRENTE DO PUNK


Na década de 1990, o gênero foi movido pela força impetuosa de mulheres com vocais uivantes e discursos agitados contra o sexismo que influenciaram uma geração de garotas a criarem a própria música.

Foi em Olympia, Washington, que o punk liderado e pensado por mulheres começou a criar corpo e conquistar o próprio espaço. A partir de Kathleen Hanna, peça fundamental da Bikini Kill, a frase “Girls to the Front” (“Meninas na Frente” em português), foi popularizada e tomou significados que reverberam na cultura contemporânea.

Inicialmente, o comando foi literal: homens, abram espaço para que as mulheres possam ficar à frente do palco durante os shows. A expressão, contudo, acabou sintetizando o sentimento de urgência da época de ter mulheres ocupando espaços nas músicas, nas ruas e nos palcos.

Tendo os zines como o primeiro formato de divulgação concreto dessas ideias, além de cartas, fitas K7, e claro, os próprios shows, Bikini Kill, Bratmobile, Babes in Toyland, 7 Year Bitch, Excuse 17 e Heavens to Betsy — responsáveis por construírem essa linguagem acessível e visceral — reuniram uma legião de mulheres que buscavam por identificação e, com o tempo, fomentaram o cenário do movimento que conhecemos por Riot Grrrl. 

Em um dos primeiros manifestos que circularam em 1991 na Evergreen State College — escola de Kathleen Hanna —, dizia: "Nós, garotas, queremos discos, livros e fanzines que conversem conosco. Estamos de saco de cheio dessa sociedade que diz que "Garota" é sinônimo de burra, ruim e fraca. Toda vez que pegamos uma caneta, um instrumento ou fazemos qualquer coisa, estamos criando a revolução. Nós somos a revolução".

Sendo assim, com canções eletrizantes e uma atitude ousada — até mesmo para o punk —, mulheres subiram aos palcos sem saber necessariamente tocar os instrumentos e quebraram a mística em torno da figura do homem detentor de todo o conhecimento. Provaram, inclusive, serem melhores que eles. "Aprender a tocar os nossos instrumentos na frente de uma plateia ao vivo foi feito para incentivar jovens a começarem as próprias bandas", explica Tobi Vail, integrante da Bikini Kill, em entrevista ao The Stool Pigeon. 

A celebração do imperfeito e o fervor das composições — que abordam temas como abusos sexuais, patriarcado e o empoderamento feminino — se tornaram força política e cultural que inspirou várias mulheres a serem produtoras dos próprios conteúdos e buscarem cada vez mais representação dentro da indústria do entretenimento.

Ainda que a união do punk e a consciência feminista tenha sofrido uma dissolução ao alcançar o mainstream com uma roupagem menos agressiva e mais comercial, a movimentação feita durante o início da década de 1990 continua sendo uma força vital.

Sendo assim, ao refletir sobre as compilações, singles e projetos da época, a Rolling Stone Brasil separou um guia essencial de discografias para desbravar o movimento. Veja abaixo:

1. Bikini Kill, Bikini Kill — (1992)



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2. 7 Year Bitch, Sick ’Em — (1992)




No primeiro registro da Bikini Kill, lançado em 1991, KathleenHanna estava faminta pelo punk-rock e a revolução feminista. Com riffs ardentes e versos crus sobre a misoginia, abusos sexuais e violência contra a mulher, o EP produzido por Ian MacKaye, de Fugazi, é um debute poderoso. Gravado no verão de 1991 em Washington, DC, o disco marcou o primeiro encontro das quatro integrantes do grupo em uma gravação profissional. É desafiador, honesto e um convite para um motim. 

3. Bratmobile, Pottymouth — (1993)



Disco de estreia do grupo, Pottymouth é mais despojado — ainda que muito político. O projeto foi um grande marco para o movimento Do-It-Yourself (Faça Você Mesmo em português) e traz a união entre o rock feroz com composições divertidas. Além disso, o disco tem uma versão sarcástica de "Cherry Bomb", hino do The Runaways. 

4. Heavens to Betsy, Calculated (1994)




O primeiro e único disco de Heavens to Betsy já era poderoso antes mesmo de pensarmos em Sleater-Kinney. Calculated foi lançado em 1994 e recebeu críticas positivas de veículos especializados. Segundo Kurt Morris, do AllMusic, elas têm o "tipo de poder que muitas bandas na cena hardcore nem são capazes". Logo depois, Corin Tucker se juntou ao SK.



Sleater-Kinney, Call the Doctor — (1996)



Também peça fundamental na disseminação das ideias do Riot Grrrl, Sleater-Kinney, formado por Corin Tucker, Carrie Brownstein e Laura MacFarlane (à época, baterista do grupo), tem energia vibrante, brincalhona, sarcástica e riffs infreáveis. Lançado em 1996 pela Queinsore Chainsaw Records, Call the Doctor foi escrito em três semanas e gravado em apenas quatro dias. Em 2010, o disco foi eleito em 49º lugar na lista dos 100 maiores lançamentos dos anos 1990 pela Rolling Stone EUA. 

Bikini Kill, The Singles (1998)



Essencial para a escuta desse movimento, esse registro reúne o material mais próspero do Bikini Kill e canções viscerais do punk. "Rebel Girl", "I Like Fucking", "I Hate Danger" e "New Radio" são alguns destaques do registro.

Le Tigre, Le Tigre — (1999)


Além da Bikini Kill, Kathleen Hanna assumiu um papel na Le Tigre ao lado de Johanna Fateman, escritora de zines, e Sadie Benning, cineasta. A aparição do grupo foi logo após a BK ter assinado com a gravadora Reject All American. O lançamento, feito em 1999, trouxe uma faceta divertida cheia de synth-pop e vocais frescos. As composições do grupo também conversam bastante com a comunidade LGBTQ+.


Fonte: rollingstone.uol.com.br