segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Nirvana: 20 curiosidades sobre "In Utero"


 Em fevereiro de 1993, Kurt Cobain, Krist Novoselic e Dave Grohl, do Nirvana, foram até o estúdio Pachyderm, em Cannon Falls, uma cidade de Minnesota, nos EUA, para gravar seu terceiro álbum, batizado de “In Utero”. Lançado em 21 de setembro daquele ano, o disco completa 27 anos nesta sexta-feira.

Da última vez que o grupo, liderado por Kurt Cobain, havia pisado em um estúdio de gravação, o Nirvana ainda era uma banda desconhecida de Seattle. Agora, a pressão era outra. Existia uma absurda responsabilidade em fazer um trabalho à altura dos anteriores — "Bleach", de 1989, e "Nevermind", de 1991. Mas Cobain tinha um objetivo na cabeça: retornar com um som mais punk-rock, diferente de “Nevermind”, que alcançou novos fãs, mas soava “muito comercial” para o gosto do músico.


Ele recrutou o engenheiro de som Steve Albini — que trabalhou com os Pixies, Breeders, Jesus Lizard e outros artistas admirados por Cobain — e foi para as florestas do Minnesota em busca de criar um disco mais parecido com o da estreia da banda. O resultado foi “In Utero”, com 41 minutos de rock cru e descompromissado.


Em homenagem ao aniversário de 20 anos do disco, reunimos curiosidades sobre “In Utero”. Confira:


1. Antes de chegar ao título definitivo, o álbum chegou a se chamar “I Hate Myself and I Want to Die”.


2. Kurt Cobain chamou o produtor Steve Albini, do Shellac, para ajudá-lo a fazer um disco que soassem como Pixies, como ele sempre quis fazer. Albini produziu "Surfer Rosa", lançado pelo Pixies em 1988, e esse era um dos álbuns favoritos de Kurt.


3. O engenheiro de som, no entanto, não era um grande fã do Nirvana quando foi chamado para colaborar no projeto.


4. Ele aceitou o trabalho pelo valor de US$ 100 mil, recusando um acordo em que receberia pelos royalties do disco.


5. Albini mandava trotes para Eddie Vedder durante os intervalos de gravação.


6. Para comemorar o fim da gravação de “In Utero”, os membros da banda atearam fogo em suas calças.


7. O disco foi gravado ao vivo (ou seja, com todos os músicos tocando juntos aos mesmo tempo em estúdio) em 14 dias.


8. Temendo que o álbum soasse muito “cru” para a maioria dos fãs, o Nirvana chamou o produtor do R.E.M., Scott Litt, para “amaciar” algumas faixas para que ficassem mais radiofônicas.


9. O anjo alado na capa de “In Utero” era um manequim de plástico utilizado em aulas de anatomia. Kurt acrescentou as asas.


10. A colagem na contracapa do disco foi feita por Kurt em sua sala de jantar.


11. As redes de supermercados Wal-Mart e Kmart se recusaram a vender “In Utero” por conta da faixa “Rape Me” ("me estupre", em português) e pela imagem na traseira do disco.



12. “Heart-Shaped Box” ("caixa em formato de coração", em tradução livre) foi escrita em um closet após Courtney Love pedir ao marido que criasse um riff para uma de suas canções.


13. O título original da faixa era “Heart-Shaped Coffin” ("caixão em formato de coração").


14. Courtney deu a Kurt uma caixa em formato de coração para cortejá-lo em 1990. Em 1994, eles tinham uma coleção delas em sua casa.


15. Kurt Cobain, Krist Novoselic e Dave Grohl assinam a faixa “Scentless Apprentice”, algo raro no Nirvana, uma vez que Kurt escrevia a maioria das canções.


16. Kurt Cobain queria que o escritor beatnik William S. Burroughs estrelasse o clipe de “Heart-Shaped Box”.


17. O cara que interpretou Jesus no clipe da faixa entrou em colapso no set de gravação por conta de um câncer no intestino.



18. Kurt escreveu “Pennyroyal Tea” em 1990, originalmente para “Nevermind”, mas achou que a música era “demais” para o disco.


19. “Pennyroyal Tea” seria o terceiro single do álbum, mas a ideia foi cancelada após o suicídio do vocalista, em abril de 1994.


20. Kurt Cobain esperava que “In Utero” desafiasse o machismo que existe no mundo do rock.


Nenhum comentário:

Postar um comentário